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Janeiro de 1940. O Brasil vivia em plena ditadura do chamado Estado Novo, que havia sido implantada, três anos antes, por Getúlio Vargas. ...

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Janeiro de 1940. O Brasil vivia em plena ditadura do chamado Estado Novo, que havia sido implantada, três anos antes, por Getúlio Vargas. Os opositores do regime abarrotavam as prisões e Vargas estendia o controle do governo sobre todas as manifestações sociais. No mês anterior, o ditador havia criado o Departamento de Imprensa e Propaganda, o famigerado DIP, como ficou conhecido o órgão que tinha, entre outras atribuições, a responsabilidade

Em janeiro de 1937, há 85 anos, dentro das comemorações do segundo aniversário da administração do governador Argemiro de Figueiredo, era ...

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Em janeiro de 1937, há 85 anos, dentro das comemorações do segundo aniversário da administração do governador Argemiro de Figueiredo, era inaugurada a Rádio Difusora da Paraíba, um marco na radiodifusão no Estado. Três meses depois, o governo estadual conseguia junto ao órgão nacional competente a alteração no nome da emissora, que passou a ser denominada Rádio Tabajaras.

João Agripino foi, na segunda metade do século passado, uma das mais destacadas figuras políticas do País. Iniciou a sua vida pública em 1...

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João Agripino foi, na segunda metade do século passado, uma das mais destacadas figuras políticas do País. Iniciou a sua vida pública em 1945, quando da redemocratização do Brasil após a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas, sendo eleito deputado federal à Assembleia Nacional Constituinte pela recém-fundada União Democrática Nacional – UDN. Foi, seguidamente, reeleito deputado federal em três legislaturas. Durante esse período na Câmara, Agripino integrou um grupo de parlamentares da UDN que ficou conhecido como “A Banda de Música da UDN” e que fustigou na tribuna da Casa, incansavelmente, os governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. Compunham a “Banda de Música da UDN”, além de João Agripino, respeitados juristas e oradores, entre outros, Afonso Arinos,

Os primeiros portugueses que chegaram ao Brasil, no final do século XV e início do XVI, não tinham a intenção de se fixarem no lugar que, ...

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Os primeiros portugueses que chegaram ao Brasil, no final do século XV e início do XVI, não tinham a intenção de se fixarem no lugar que, segundo o relato de um deles, não produzia nada mais do que um “pau vermelho, a que chamamos brasil”, macacos e papagaios, embora aquele “pau vermelho” fosse, na época, uma madeira de grande valor comercial pela sua utilização como material corante na indústria têxtil.

Em 1934, na voz do cantor Francisco Alves, saía o disco com a gravação de “Não tem tradução”, um dos melhores sambas do gênio de Noel Rosa...

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Em 1934, na voz do cantor Francisco Alves, saía o disco com a gravação de “Não tem tradução”, um dos melhores sambas do gênio de Noel Rosa. Letra e música do Poeta da Vila Isabel, conforme o registro de João Máximo e Carlos Didier, os mais rigorosos biógrafos de Noel. Embora tivesse, na ocasião, apenas 23 anos, Noel Rosa já se tornara um atento e aguçado cronista dos fatos do cotidiano da sua época. “Não tem tradução” é um primoroso exemplo do olhar de Noel sobre o seu tempo.

A revista semanal “O Cruzeiro” foi um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. Criada, em 1928, pelo jornalista paraibano Assis Chateaub...

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A revista semanal “O Cruzeiro” foi um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. Criada, em 1928, pelo jornalista paraibano Assis Chateaubriand (Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, 1892-1968) alcançou, nos anos 1940, uma circulação média de 300 mil exemplares, quando a população do País era de 50 milhões de habitantes. Em 1954, a edição com o noticiário da morte de Getúlio Vargas chegou a vender cerca de 720 mil revistas. “O Cruzeiro” era o mais importante veículo do grande império de comunicação construído por Chateaubriand, que se tornou um dos brasileiros mais poderosos, ao ponto do jornalista Fernando Morais ter dado a sua biografia o título de “Chatô, o Rei do Brasil”.

Ele foi um dos mais importantes cartunistas do Brasil. Criou tipos que ficaram marcados na história da caricatura no país: Capitão Zeferin...

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Ele foi um dos mais importantes cartunistas do Brasil. Criou tipos que ficaram marcados na história da caricatura no país: Capitão Zeferino, Graúna, Bode Orelana, Ubaldo, o paranoico e os insuperáveis “Fradinhos”, “Baixinho” e “Comprido”. Embora já tivesse feito alguns trabalhos em jornais, foi no semanário O Pasquim que o mineiro Henrique de Souza Filho — que assinava seus desenhos como Henfil — despontou como um dos grandes nomes do cartum brasileiro. Sua estreia ocorreu no segundo número, em julho/1969. Para o jornalista e escritor Zuenir Ventura,

Madame Natasha é uma personagem criada pelo jornalista Elio Gaspari em sua coluna publicada na Folha de São Paulo e em vários outros jorna...

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Madame Natasha é uma personagem criada pelo jornalista Elio Gaspari em sua coluna publicada na Folha de São Paulo e em vários outros jornais. Ela é uma Professora de Português, vigilante na aplicação do idioma e que concede bolsas de estudo para aqueles que se expressam de forma empolada e afetada para tentar dar a entender que são possuidores de conhecimentos inacessíveis aos pobres mortais.

No sábado 19 de janeiro de 1924, a primeira página do jornal “A União - Orgao do Partido Republicano da Parahyba do Norte” trazia uma maté...

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No sábado 19 de janeiro de 1924, a primeira página do jornal “A União - Orgao do Partido Republicano da Parahyba do Norte” trazia uma matéria que iniciava, assim:

“A Parahyba e seus Problemas – Sahiu, hontem, dos prélos da Imprensa Official a obra do sr. dr. Jose Americo de Almeida – ‘A Parahyba e seus Problemas’, mandada escrever pelo sr. dr. Solon de Lucena, presidente do Estado, em homenagem à actuação administrativa do sr. dr. Epitacio Pessôa na terra adorada do seu nascimento. [...]”

No início dos anos 1950, uma jovem brasileira que morava na Bélgica, onde o seu pai trabalhava como diplomata, participou de um concurso ...

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No início dos anos 1950, uma jovem brasileira que morava na Bélgica, onde o seu pai trabalhava como diplomata, participou de um concurso de canto lírico que tinha como prêmio uma bolsa de estudo no renomado conservatório musical Accademia di Santa Cecilia, em Roma. A moça acabou conseguindo o prêmio e foi estudar no conservatório, onde ficava pela manhã e, no resto do dia, era interna em um colégio de freiras. Só saía para passear pela cidade nos finais de semana.

Na década de 1940 e até meados dos anos 1950, a música nordestina tinha grande predominância no mercado fonográfico brasileiro e Luiz Gonz...

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Na década de 1940 e até meados dos anos 1950, a música nordestina tinha grande predominância no mercado fonográfico brasileiro e Luiz Gonzaga era, indiscutivelmente, a principal figura dessa música regional. Segundo o jornalista Tárik de Souza, no livro “Gostos e Rostos da Música Popular Brasileira” (Editora L&PM, 1979), nos anos 1940, a presença de Gonzaga era tão forte no mercado musical que “as 17 prensas da fábrica RCA trabalhavam só para seus discos”.

Eles formam a dupla de compositores de maior sucesso da nossa música popular. Desnecessário dizer que se trata de Roberto e Erasmo Carlos....

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Eles formam a dupla de compositores de maior sucesso da nossa música popular. Desnecessário dizer que se trata de Roberto e Erasmo Carlos. Nasceram no mesmo ano de 1941, em datas com menos de dois meses de diferença. Ao completarem, em 2021, 80 anos de idade, pode-se dizer que, embora tenham começado juntos a vida artística e mantido uma longeva parceria na composição, os dois trilharam, como intérpretes, carreiras distintas.

Aqueles que têm mais idade irão lembrar, principalmente, os nordestinos que chegaram a ter o prazer de assistir a shows, ou mesmo de dança...

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Aqueles que têm mais idade irão lembrar, principalmente, os nordestinos que chegaram a ter o prazer de assistir a shows, ou mesmo de dançar forró ao som do fole de Luiz Gonzaga. O Rei do Baião, por quase quatro décadas, abria as suas apresentações, com o seu vozeirão, acompanhado de um solo de sanfona, cantando:

O menino que se chamava Leonardo Francisco Salvatore Laponzina, nascido no Brooklin, filho de pais imigrantes sicilianos, sempre quis ser ...

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O menino que se chamava Leonardo Francisco Salvatore Laponzina, nascido no Brooklin, filho de pais imigrantes sicilianos, sempre quis ser bailarino, como ele contou em um depoimento dado, em 1962, ao jornalista e produtor Ronaldo Bôscoli:

Nos anos 1950, os conjuntos vocais alcançavam, nos Estados Unidos, a sua época de maior evidência. E dentre uma infinidade de grupos que e...

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Nos anos 1950, os conjuntos vocais alcançavam, nos Estados Unidos, a sua época de maior evidência. E dentre uma infinidade de grupos que existiam no gênero, que era conhecido como “doo wop”, se sobressaíam The Platters. Após um início sem muita repercussão, os Platters passaram a ser produzidos e empresariados pelo arranjador e compositor Samuel Buck Ram, que conseguiu torná-los um sucesso mundial. Buck Ram compôs alguns dos principais êxitos dos Platters, entre eles

Para o pesquisador José Ramos Tinhorão “o aproveitamento, por parte de compositores das cidades, de gêneros de música da zona rural, de c...

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Para o pesquisador José Ramos Tinhorão “o aproveitamento, por parte de compositores das cidades, de gêneros de música da zona rural, de caráter folclórico, remonta ao século XIX e tem sua origem no interesse que o tema dos costumes do campo começa a despertar no público urbano frequentador do teatro de revista”.

Há poucos dias (em 16 de abril), fez cem anos do nascimento do compositor Luiz Antonio. Muitos vão ouvir falar, aqui neste texto, pela pri...

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Há poucos dias (em 16 de abril), fez cem anos do nascimento do compositor Luiz Antonio. Muitos vão ouvir falar, aqui neste texto, pela primeira vez, no nome daquele que foi, nas décadas de 1950 e 1960, um dos principais compositores da nossa música popular. A data passou sem qualquer registro na mídia cultural do país, como escreveu, indignado, Ruy Castro, uma semana depois, em sua coluna publicada na Folha de São Paulo que, assim, principiava:

A passagem de efemérides, principalmente de datas cheias, leva ao reavivamento de fatos passados relacionados com as comemorações. E não...

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A passagem de efemérides, principalmente de datas cheias, leva ao reavivamento de fatos passados relacionados com as comemorações. E não seria diferente no caso dos oitenta anos de Roberto Carlos, indiscutivelmente nosso cantor mais popular.

“Sou um arquiteto igual a milhares, com o nome de William Blanco Trindade, que também se assina Billy Blanco , tirando de letra e música ...

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“Sou um arquiteto igual a milhares, com o nome de William Blanco Trindade, que também se assina Billy Blanco, tirando de letra e música as coisas da vida”

Assim o compositor Billy Blanco se apresentava na introdução do seu livro “Tirando de Letra e Música” (Editora Record, 1996). Nada mais correto. O arquiteto, que foi durante muitos anos da sua vida, era também um excepcional compositor que “tirava de letra e música as coisas da vida”, até porque, como ele costumava dizer,

Noel Rosa é considerado, atualmente, um dos maiores nomes da música popular do Brasil em todos os tempos. A obra do “Poeta da Vila Isabel...

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Noel Rosa é considerado, atualmente, um dos maiores nomes da música popular do Brasil em todos os tempos. A obra do “Poeta da Vila Isabel” vem sendo objeto dos mais elaborados estudos acadêmicos e, frequentemente, regravada pelos nossos principais intérpretes. Mas, nem sempre foi assim. Nos anos imediatamente posteriores a sua morte, Noel Rosa e as suas músicas foram praticamente esquecidos. Para o jornalista e escritor Ruy Castro: