Mostrando postagens com marcador Francisco Gil Messias. Mostrar todas as postagens

Gosto de chuva. Não sou sertanejo, mas gosto de chuva. Gosto gratuitamente, sem nenhum interesse, salvo o prazer físico - e metafísico, di...

literatura paraibana chuva tranquilidade calma som relaxamento
Gosto de chuva. Não sou sertanejo, mas gosto de chuva. Gosto gratuitamente, sem nenhum interesse, salvo o prazer físico - e metafísico, diria - de vê-la cair, também gratuitamente, sobre o mundo, sobre a paisagem, como que lavando e purificando tudo, até mesmo o que dela se encontra protegido, sob um teto. Fosse eu do campo, compreensível seria esse talvez esdrúxulo gosto pluvial, pois que lá, na campanha, tudo ou quase tudo depende da água que cai do céu, que a tudo dá vida, como se participasse, em alguma medida, da própria divindade fecundante. Mas, não. Sou urbano, profundamente urbano, nascido, criado e formado na urbe, mesmo que aldeã, todavia, urbe, em suas mais autênticas vocação e expressão citadinas.

Já faz algum tempo. Li a notícia na coluna de João Pereira Coutinho, na Folha de S. Paulo, e não resisti a comentá-la. Uma estátua em bron...

literatura paraibana historia apagada vandalismo monumentos fotos falsas russia stalin trotsky
Já faz algum tempo. Li a notícia na coluna de João Pereira Coutinho, na Folha de S. Paulo, e não resisti a comentá-la. Uma estátua em bronze do navegador Cristóvão Colombo, descobridor da América, tinha sido recentemente retirada do Grand Park, em Los Angeles, EUA, pela Prefeitura da cidade. Motivo? Pressão de organizações indígenas americanas, sob a risível alegação de violências cometidas pelo navegador contra os nativos, à época do descobrimento. O leitor está rindo? Eu também ri. Não só pela comicidade do caso, mas também para não chorar de vergonha destes nossos tempos ridículos.

Sobral Pinto – Heráclito Fontoura Sobral Pinto - foi um dos heróis brasileiros do século XX. Uma das unanimidades nacionais, um dos orgulh...

literatura paraibana sobral pinto comunismo anticomunismo ditadura democracia magistratura
Sobral Pinto – Heráclito Fontoura Sobral Pinto - foi um dos heróis brasileiros do século XX. Uma das unanimidades nacionais, um dos orgulhos da raça, assim como também o foram Oscar Niemeyer, Pelé, Villa-Lobos, Tom Jobim e alguns poucos outros. Um homem e um nome que se tornaram legenda, pairando por sobre as controvérsias, as querelas miúdas e contingenciais, como acontece com aquelas figuras de grandeza indiscutível, impondo-se até mesmo aos eventuais adversários.

Reconheço que é um tema delicado. Corre-se o risco de parecer elitista, tal como ocorre em qualquer análise que aponte males – ou problema...

literatura paraibana turismo problemas veneza exodo moradores
Reconheço que é um tema delicado. Corre-se o risco de parecer elitista, tal como ocorre em qualquer análise que aponte males – ou problemas — decorrentes da massificação em qualquer setor da vida social. Para muitos, talvez a maioria, a massa tornou-se um valor por si mesma, depositária de virtudes absolutas e imune a quaisquer críticas. Decorrência provável do apreço cada vez maior – no mundo ocidental — à democracia generalizada, também esta convertida em valor por si mesma. Não vamos entrar nessa discussão por falta de espaço, de preparo e de ânimo. Mas é claro que vejo – ou intuo – as dificuldades advindas da absolutização do que talvez seja – ou deva ser – apenas relativo.

Porque a vida não basta é que existe a arte, afirmou, com toda razão, o poeta Ferreira Gullar. Pegando carona na frase, acrescentaria que ...

literatura paraibana utopia tirania autoritarismo ditadura sovietica
Porque a vida não basta é que existe a arte, afirmou, com toda razão, o poeta Ferreira Gullar. Pegando carona na frase, acrescentaria que pelo mesmo motivo, ou seja, pelo fato de a vida apenas não nos bastar, é que são sonhadas as utopias. Poderia ir mais longe e dizer que é por isso, porque a vida em si mesma, isto é, a realidade, é insuficiente, que são sonhados todos os sonhos, desde os mais comezinhos, como a milhar do jogo do bicho, até os mais grandiosos, como as referidas utopias. O fato é que, criando arte ou utopias, os homens estão sempre indo além do aqui e agora, transcendendo, enfim, mesmo que não necessariamente pelo viés religioso, pois que há muita transcendência laica por aí.

Vá se entender os prêmios literários. Vá se procurar entender os requisitos que levam a uma premiação como o Nobel de literatura, por exem...

literatura paraibana jorge luis borges premiacao politica academia sueca
Vá se entender os prêmios literários. Vá se procurar entender os requisitos que levam a uma premiação como o Nobel de literatura, por exemplo. Esforço totalmente vão, certamente. Afinal, quais os critérios determinantes, além dos óbvios? Quais as razões subjetivas ou não literárias que habitam a cabeça dos que escolhem os premiados? Quais as influências de todo tipo (políticas, geopolíticas, ideológicas, econômicas, culturais, sexuais etc.) que terminam influindo sobre os julgadores? Nunca saberemos.

Muito já se escreveu sobre os intelectuais, sua atuação e sua função social. Podemos citar três obras praticamente clássicas sobre o tema,...

literatura paraibana intelectualidade omissao neutralidade etica imparcialidade magisterio
Muito já se escreveu sobre os intelectuais, sua atuação e sua função social. Podemos citar três obras praticamente clássicas sobre o tema, sem demérito de outras, claro: A traição dos clérigos, de Julien Benda, Os intelectuais e o poder, de Norberto Bobbio e O ópio dos intelectuais, de Raymond Aron. Aqui não se pretende, evidentemente, tratar destas três obras, as quais demandam, cada uma, espaço para outro livro. Assim, abordarei o assunto em suas linhas mais gerais, suficientes, ao meu ver, para o modesto fim ora almejado.

A história que narrarei resumidamente a seguir é verídica, apesar de ter tudo para ser tida como fantasiosa. Colhi-a de fonte absolutamen...

literatura paraibana senador pinheiro machado forca do bem coincidencia retribuicao gratidao
A história que narrarei resumidamente a seguir é verídica, apesar de ter tudo para ser tida como fantasiosa. Colhi-a de fonte absolutamente fidedigna, conforme mostrarei mais adiante, de modo que nenhuma dúvida pode haver a respeito. Até porque, sabemos, a vida, sempre plena de mistérios que desafiam a razão, é farta de episódios semelhantes, o que muito serve à nossa humildade diante de tudo que ultrapassa as explicações simplesmente racionais, lógicas e científicas da realidade.

Estava a conversar pelo telefone com o amigo Wilson Marinho e ele me dá ciência de uma boa nova: seu neto foi promovido e vai trabalhar e...

literatura paraibana cronica minas gerais transformacoes pico caue mineracao jose poema
Estava a conversar pelo telefone com o amigo Wilson Marinho e ele me dá ciência de uma boa nova: seu neto foi promovido e vai trabalhar e viver em Belo Horizonte. Começamos então, com o sadio descompromisso das conversas fiadas, a comentar sobre as vantagens de BH sobre o Rio e São Paulo, metrópoles hoje difíceis de habitar, por tantas razões que sabemos. A capital mineira, ao contrário, soube crescer guardando um certo ar pacato de suas origens, o que lhe dá um encanto especial dentre as grandes cidades do país. Vai nisso, estou certo, muito da chamada mineirice dos habitantes das montanhas, sábios desde sempre e mestres na arte do bem viver, indiferentes às modas e novidades de outras plagas ditas cosmopolitas.

Conheci Walter Galvão aos poucos: primeiro de nome, depois por telefone e só por último pessoalmente. De nome, porque na aldeia seria imp...

literatura paraibana francisco gil messias jornalista walter galvao
Conheci Walter Galvão aos poucos: primeiro de nome, depois por telefone e só por último pessoalmente. De nome, porque na aldeia seria impossível alguém que lesse jornal não conhecê-lo, ele que não só escrevia como editava, transitando entre os diários da capital com uma competência que era toda sua. Por telefone, quando iniciei minha colaboração quinzenal no Correio da Paraíba, de que ele era então editor. Pessoalmente, já não lembro exatamente quando e onde, tendo me chamado a atenção seu físico franzino, até mesmo frágil, que tinha tudo a ver com a doçura de sua voz gentil e tímida.

Seu amigo fará uma cirurgia em breve. Caso não muito simples, com perspectivas incertas. Sem dúvida, uma situação delicada, daquelas em qu...

literatura paraibana conversa dificil situacao grave dificuldades vida
Seu amigo fará uma cirurgia em breve. Caso não muito simples, com perspectivas incertas. Sem dúvida, uma situação delicada, daquelas em que é preciso pisar em ovos e pesar e medir cada palavra. Qualquer erro poderá ser constrangedor, numa hora em que todo e qualquer embaraço deve ser rigorosamente evitado. Você sabe que tem que falar com o amigo antes dessa cirurgia, mas não é simples. Mesmo que por telefone, sem a saia justa do olho no olho, esse diálogo é dificílimo. Para ambas as partes. Uma, por ter que encontrar a forma mais adequada e suave de abordar o assunto, mostrando amizade e solidariedade, contornando a gravidade da situação; a outra, por ter que se apresentar forte, dentro do possível, buscando forças onde muitas vezes não há.

Nessa conversa incontornável, sabemos, as palavras nem sempre expressarão a verdade completa dos fatos e dos sentimentos. Mas não se trata de hipocrisia, claro, e sim de compaixão recíproca, uma forma de amor ao próximo, que, infelizmente, só costuma revelar-se – quando o faz – nos momentos em que os empecilhos abundam. É preciso coragem para fazer a ligação – e também para atendê-la.

Um dos amantes deixou de gostar do outro, não importa a razão. Pode ser por nenhum motivo aparente, pelo simples deixar de gostar, que isso acontece. Ou por uma paixão inesperada e avassaladora por outrem. Nos dois casos, não é fácil para o parceiro que sai comunicar ao parceiro que fica. Principalmente quando o que termina a relação guarda um certo bem-querer e algum respeito pelo outro. Pois, nesse caso, não se trata simplesmente de ir embora, como muitos fazem, sem qualquer explicação, deixando atrás de si mágoas e perplexidades para sempre. Fazer isso até que seria cômodo. Mas não. Aqui é o caso de ir-se embora com alguma dignidade, alguma decência. Por isso, é preciso conversar com quem se deixa, buscando justificar o que, para o outro, a priori, não se justifica. É preciso ter coragem para começar o penoso colóquio da separação; é preciso cautela e tato para selecionar palavras e frases, de modo a, se possível, minorar a dor e o trauma do(a) abandonado(a).

O funcionário é bom, eficiente, cumpridor de suas obrigações. O patrão simpatiza com ele e aprecia sua dedicação. Ele trabalha já há algum tempo na empresa. Não é um simples estagiário. É casado, tem filhos e não é mais nenhum garoto. Ocorre que os negócios não vão bem, as despesas estão altas, a receita mingua e a necessidade de demitir impõe-se com todas as suas consequências sombrias.
O bom funcionário terá que ir embora. E o patrão terá que dizer-lhe isto olhando nos seus olhos estupefatos. Mas como fazê-lo, de modo a amenizar o impacto de tal notícia devastadora? Como fazê-lo sem que o empregado leal não se afunde mais que o necessário? O sofrimento e o desconforto do chefe, que, diga-se, não é nenhum capitalista insensível, são tão incômodos quanto serão os do funcionário logo a seguir. A boca do que falará primeiro está tão seca e sem voz quanto a do que ouvirá calado sua sentença. Aqui não há margem para diálogo, pois nenhum argumento em contrário poderá prevalecer. Aqui a palavra única, árdua e definitiva pertence exclusivamente ao que manda – e que se constrange – e sente - ao fazê-lo.

Três situações típicas. Muitas outras existem, o leitor sabe, viveu ou ouviu falar. A vida é também feita dessa matéria espinhosa, cotidianamente. Nada a fazer. E nunca estaremos suficientemente preparados para isso. Todavia, uma coisa percebo: a cada experiência dessa, quando somos a parte ativa do processo e conseguimos desempenhar relativamente bem nosso ingrato papel, saímos como que mais fortes, mais maduros, exatamente porque mais calejados, mais sofridos, o que confirma a máxima de que só crescemos nas dificuldades.

Conversas difíceis. O leitor certamente terá tido as suas.

Lendo agora as memórias de um intelectual brasileiro que acompanhou de perto, e atentamente, o desenrolar da célebre revolta estudantil, a...

literatura paraibana revolta estudantil paris maio 1968 manifestacao politica
Lendo agora as memórias de um intelectual brasileiro que acompanhou de perto, e atentamente, o desenrolar da célebre revolta estudantil, até hoje comentada e que iria se espalhar pelo Ocidente, pus-me a refletir sobre a imprevisibilidade de certos acontecimentos da história. Não de todos, concedo, pois que existem aqueles cujas premissas vão se formando de forma tão clara e inequívoca, à vista de todos, que sua eclosão não chega a surpreender, já que vêm marcados pelo selo das coisas inevitáveis. Mas em muitos casos, não há dúvida de que os acontecimentos surgem fora de qualquer previsão, desencadeados por causas às vezes banais, só podendo ser compreendidos a posteriori,

Diz-se, não sem razão, que a primeira impressão é a que fica. Sim, mas não sempre. Vejamos. Claro que a impressão inicial tem muita força,...

literatura paraibana cronica auto ajuda imagem social aparencias relacionamentos
Diz-se, não sem razão, que a primeira impressão é a que fica. Sim, mas não sempre. Vejamos. Claro que a impressão inicial tem muita força, até porque é a que fica para sempre quando não temos a oportunidade de aprofundá-la e de revê-la (quando é o caso). Vê-se, portanto, que não raro essa impressão inaugural é equivocada, motivo pelo qual ela não fica, não deve ficar. E aí o que vai ficar é a segunda ou a terceira impressão, aquela que nos oferta a versão mais verdadeira ou mais aproximada da verdade das pessoas e dos fatos. Ainda bem.

Um dia Antonio Carlos Villaça estava mostrando a alguém a sacristia do Mosteliteratura paraibana cronica mosteiro sao bento indiferenca au...

literatura paraibana cronica mosteiro sao bento indiferenca auto ajuda
Um dia Antonio Carlos Villaça estava mostrando a alguém a sacristia do Mosteliteratura paraibana cronica mosteiro sao bento indiferenca auto ajudairo de São Bento do Rio de Janeiro. Trata-se de uma sacristia muito bonita, comprida, com paredes de azulejos antigos, um lugar muito especial, cheio de história e arte. Observou, no entanto, que a dita pessoa tudo olhava distraída, como se não estivesse verdadeiramente vendo o que lhe era mostrado. Villaça então se perguntou: “Por que os seres não prestam atenção às coisas que lhes estão próximas? Cismam sempre com outras, distantes. E isto me intriga”.

Pois é, a mim também. O leitor certamente sabe do que se está falando; já vivenciou o indisfarçado desligamento de algum interlocutor a quem falava ou apresentava algo,

Em texto publicado em 17.8.2009 na Folha de S. Paulo, Luiz Felipe Pondé comenta um encontro recente com um amigo de infância. Segundo ele,...

literatura paraibana amizade infancia auto ajuda gil messias luiz augusto ponde amigo amizade infancia
Em texto publicado em 17.8.2009 na Folha de S. Paulo, Luiz Felipe Pondé comenta um encontro recente com um amigo de infância. Segundo ele, “esses encontros são marcantes para mim porque sempre acabo percebendo como hoje sou outra pessoa. Diante das lembranças compartilhadas, a distância no tempo se impõe como distância no afeto”. Ou seja, o que Pondé está corajosamente afirmando é que para ele o amigo de infância de certa forma tornou-se um estranho, ou quase. Em outras palavras, o tempo e a distância consumiram o antigo afeto, a antiga amizade que o ligava ao velho amigo.

Aconteceu, mas não foi, claro, no divã de Freud, salvo simbolicamente. Foi no mais modesto divã de minha psicanalista (ou psicoterapeuta)...

literatura paraibana psicoterapia auto ajuda análise analista psicoterapeuta freud
Aconteceu, mas não foi, claro, no divã de Freud, salvo simbolicamente. Foi no mais modesto divã de minha psicanalista (ou psicoterapeuta), com quem conversei, quinzenalmente, durante uns dez anos. Dez anos que, para algumas coisas, pode ser muito tempo. Mas para falar de si mesmo, escavar a alma em busca do que for, buscar compreender-se para poder compreender a vida como ela é, voltar ao passado mais longínquo, porque lá é que está a explicação de tudo, enfim, para isto e ainda mais, não é tanto tempo assim. Quem já deitou no divã, sabe. Pois bem.

Quem afirma é Rosa Freire D’Aguiar, viúva de Celso Furtado, no prefácio do livro Correspondência Intelectual – 1949-2004, organizado por e...

literatura paraibana comunismo merito ensino ufpb carlos prestes leonel brizola joao goulart celso furtado
Quem afirma é Rosa Freire D’Aguiar, viúva de Celso Furtado, no prefácio do livro Correspondência Intelectual – 1949-2004, organizado por ela e recentemente publicado pela Companhia das Letras: “Em 1975, tendo recuperado os direitos políticos cassados por dez anos, ensaiou uma volta para o Brasil. A convite da Universidade Católica de São Paulo, lá esteve por um semestre, responsável por um curso sobre economia do desenvolvimento. Era a primeira – e seria a última – vez que lecionava numa universidade brasileira”. Veja só.

Ser o primeiro, no sentido de ser o titular, o superior, o chefe, nunca foi fácil, em qualquer circunstância. Mas ser o segundo, no sentid...

literatura paraibana cronica humildade principe philip felipe rainha elizabeth inglaterra
Ser o primeiro, no sentido de ser o titular, o superior, o chefe, nunca foi fácil, em qualquer circunstância. Mas ser o segundo, no sentido de ser o substituto, o vice, o sub, então nem se fala: é mais difícil ainda. Se não é todo mundo que sabe ser o primeiro, como os exemplos nos mostram, menos gente passa no teste de ser o segundo. Claro que muitos não veem nenhum problema, nenhuma dificuldade em ser o primeiro ou o segundo. Tiramos de letra, dizem esses açodados que geralmente se saem muito mal, tanto sendo o primeiro como também o segundo. Tudo é arte: ser o primeiro e ser o segundo, mas a de ser adjunto é mais sutil e exigente, não há dúvida.

A história da família Rolim dá um romance. Mas essa não foi a opção do engenheiro e historiador paraibano Sérgio Rolim Mendonça ao escrev...

literatura paraibana beaune chanceler nicolas rolin sergio rolim cajazeiras sertao paraiba
A história da família Rolim dá um romance. Mas essa não foi a opção do engenheiro e historiador paraibano Sérgio Rolim Mendonça ao escrever sobre sua ascendência familiar em seu mais recente livro, A saga do Chanceler Rolin e seus descendentes, publicado, em caprichada e bonita edição, pela Editora Labrador, de São Paulo. Talento literário para isso, se fosse o caso, não lhe faltaria nem falta, à vista do que já mostrou quando da publicação de suas memórias (ou autobiografia),

Normalmente, quando um artista, um escritor, um pensador desaparece, sinto-me atraído por um retorno às suas obras. Certamente é uma ma...

literatura paraibana cronica contardo calligaris filosofia incertezas debates discordancias
Normalmente, quando um artista, um escritor, um pensador desaparece, sinto-me atraído por um retorno às suas obras. Certamente é uma maneira de afirmar sua presença ainda entre nós, uma espécie de vitória sobre a morte, tão pertinente nestes tempos de Páscoa cristã. Realmente, quem deixa uma obra atrás de si sobrevive à parada do coração, pelo menos por uns tempos. E às vezes resiste para sempre, como é o caso dos verdadeiramente grandes. Shakespeare, por exemplo.