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Sabedores que desde a juventude sou apreciador de um bom vinho, meus amigos durante regresso de viagem à França, sempre me contavam histórias sobre os famosos vinhos da região de Bordeaux.

Entretanto, escrevi no meu mais recente livro “A saga do chanceler Rolin e seus descendentes”, um capítulo sobre os vinhedos da região da Borgonha, grandes rivais dos vinhos de Bordeaux. Esse livro começará a ser distribuído pela editora paulista Labrador nas principais livrarias brasileiras, a partir do fim da primeira quinzena deste mês de novembro.

Em 1910, realizou-se, no Brasil, a primeira eleição presidencial em que houve efetiva participação popular. Disputaram o pleito o marechal...

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Em 1910, realizou-se, no Brasil, a primeira eleição presidencial em que houve efetiva participação popular. Disputaram o pleito o marechal Hermes da Fonseca, o candidato apoiado pelo governo, e pela oposição o senador baiano Ruy Barbosa, cuja campanha eleitoral passou para a história como a “Campanha Civilista”. Naqueles tempos, de eleições feitas “a bico de pena”, era praticamente impossível a vitória de um candidato oposicionista. O vencedor, obviamente, foi Hermes da Fonseca, que era sobrinho de Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República.

Monólogo ao espelho Passou como um raio a fase de enlevo! Mais fugaz que um beijo terno Em que os lábios mal se tocam. ...


Monólogo ao espelho
Passou como um raio a fase de enlevo! Mais fugaz que um beijo terno Em que os lábios mal se tocam. Como, pois, despertar de longo inverno Florescer em nova primavera Emergindo das cinzas e ser reconhecida,

A Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu a arte de Flávio Tavares como forma de reavivar no rosto de cada um dos seus protagonistas o...

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A Sociedade Brasileira de Cardiologia elegeu a arte de Flávio Tavares como forma de reavivar no rosto de cada um dos seus protagonistas o progresso dos estudos e conquistas da medicina brasileira em seus 100 anos de atuação e congraçamento.

Durante esta campanha eleitoral tenho dito: nem todo mundo é Patrícia Pilar. Refiro-me à sua disponibilidade de se entregar à campanha do ...

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Durante esta campanha eleitoral tenho dito: nem todo mundo é Patrícia Pilar. Refiro-me à sua disponibilidade de se entregar à campanha do marido com unhas e dentes, como o fez na campanha do seu então marido, Ciro Gomes. Admirável! E palmas para ela.

A fotografia de José Américo de Almeida sentado na cadeira de balanço no terraço de sua casa na Praia do Cabo Branco, com a mão no queixo c...

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A fotografia de José Américo de Almeida sentado na cadeira de balanço no terraço de sua casa na Praia do Cabo Branco, com a mão no queixo contemplando o mar, impressiona porque se supõe que esteja com o pensamento voltado para a Areia do seu tempo de criança. Assim como ele, nós repetimos esse gesto de olhar ao largo horizonte quando nos debruçamos na janela para olhar a paisagem guardada na memória. Tem sido assim com Gonzaga Rodrigues que ancorou nesta cidade há quase setenta anos, repetidas vezes nas crônicas expressando a saudade de sua Alagoa Nova, como numa fotografia que nunca desbota.

Para Ricard Ele escolheu praticar a difícil arte da escuta. Desde que a porta do consultório se abria até lá pras tantas da noite...

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Para Ricard

Ele escolheu praticar a difícil arte da escuta. Desde que a porta do consultório se abria até lá pras tantas da noite, naquele cenário desfilavam uma profusão de palavras, muitas delas entrecortadas por lágrimas, risos, gagueiras e silêncios atrozes.

A ruidosa contemporaneidade e suas vicissitudes tutelam a criação de muitos artistas. O reconhecimento do próprio punho, a  manu propria ,...

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A ruidosa contemporaneidade e suas vicissitudes tutelam a criação de muitos artistas. O reconhecimento do próprio punho, a manu propria, em autoria, tem sido algo discutível hoje em dia, senão diluído, num mundo pós-baumaniano, cuja liquefação de valores e princípios já afeta diretamente a criatividade em gerações de artistas.

Até a primeira letra A incapacidade das palavras rabiscadas muitas vezes apagadas outras tantas em folhas virtuais

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Até a primeira letra
A incapacidade das palavras rabiscadas muitas vezes apagadas outras tantas em folhas virtuais

Catulo é múltiplo, diverso. O mesmo poeta capaz de se mostrar compungido ao prantear um irmão morto e enterrado longe da família ( Carmen ...

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Catulo é múltiplo, diverso. O mesmo poeta capaz de se mostrar compungido ao prantear um irmão morto e enterrado longe da família (Carmen CI – Ad infera), mostra-se bem-humorado ao convidar um amigo para jantar em sua casa, desde que o amigo leve a comida, a bebida e as moças, pois nada há em sua bolsa a não ser teias de aranha (Carmen XIII – Ad Fabullum).

Numa das estações da minha vida, eu e o meu sócio de então finalmente realizamos um bom negócio em nosso escritório não tão bem sucedido. ...

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Numa das estações da minha vida, eu e o meu sócio de então finalmente realizamos um bom negócio em nosso escritório não tão bem sucedido. Felizes da vida viajamos ao Rio para as assinaturas. Tudo resolvido ainda na primeira metade da manhã, sobrou tempo para um bom passeio, pois as nossas passagens estavam agendadas apenas para o dia seguinte.

Não sei onde estava que não mereci o convívio literário de um leitor e escritor de tantas afinidades, morando tão perto das minhas moradas...

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Não sei onde estava que não mereci o convívio literário de um leitor e escritor de tantas afinidades, morando tão perto das minhas moradas espirituais e, aqui e ali, liberando franquezas que seriam minhas se não fora a timidez. Um exemplo: minha resistência ao best-seller, que não chega a ser incomum entre os impaludados das velhas letras. E como sobro ouvindo coisas das quais não faço a menor ideia. Outra, a minha dificuldade em ler a aclamadíssima Clarice Lispector, escrevendo para o mundo mas “vivendo em sua redoma”, como bem vê Cony num texto em que vem à luz Maura Lopes Cançado, cuja obra é vista por Ferreira Gullar como “um dos mais contundentes depoimentos humanos já escritos no Brasil”.

Mandacaru é uma planta verde, mas não é um verde feito verde de esperança. É um verde escuro, fechado e que está mais para saudade. E tem m...

Mandacaru é uma planta verde, mas não é um verde feito verde de esperança. É um verde escuro, fechado e que está mais para saudade. E tem muito espinho, muito mesmo, uma infinidade. Sombra, quase não existe, pois no lugar de folhas, tem uns galhos feito esbirros escorando o nada, qual os braços de um espírito clemente, de um cristão crucificado. Deve se por isso que ninguém se encanta com mandacaru.

Ela era princesa, filha de reis de um antigo império rico e exuberante. O reino vivia tempos de glória. Fortuna e beleza física eram motiv...

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Ela era princesa, filha de reis de um antigo império rico e exuberante. O reino vivia tempos de glória. Fortuna e beleza física eram motivos de cobiça, inveja, e a vaidosa rainha orgulhava-se ostensivamente de sua própria formosura.

Na obra de Carlos Drummond de Andrade , melancolia e ironia se alternam ou se confundem, concorrendo para traduzir com desencanto e humor ...

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Na obra de Carlos Drummond de Andrade, melancolia e ironia se alternam ou se confundem, concorrendo para traduzir com desencanto e humor o percurso existencial do eu lírico. Desde o primeiro livro, "Alguma poesia" (1930), Drummond se utiliza de procedimentos estilísticos em que se destaca o enlace entre a representação melancólica e o contraponto irônico. A própria autoatribuição de

Tive a felicidade de viver a fase de transição da adolescência nos anos sessenta, a década das transformações. O mundo experimentava mudan...

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Tive a felicidade de viver a fase de transição da adolescência nos anos sessenta, a década das transformações. O mundo experimentava mudanças em todos os sentidos. Os paradigmas eram quebrados. Os costumes eram alterados. Os conceitos questionados e reformulados. O sentimento de liberdade era o estímulo para o grito por renovação.

Como hoje é o Dia dos Mortos, segundo a tradição, não vejo outro assunto para uma crônica. Eu gostaria de usar, aqui, um eufemismo. E assi...

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Como hoje é o Dia dos Mortos, segundo a tradição, não vejo outro assunto para uma crônica. Eu gostaria de usar, aqui, um eufemismo. E assim, ao invés de Dia dos Mortos, substitui-lo por Dia dos Ausentes, embora Victor Hugo preferisse chamá-los de invisíveis. Jamais chamar a um fulano que morreu de "finado".E, aqui para nós, será que os que morreram, desapareceram para sempre? Que duro materialismo! Será que Deus criou o tudo para o nada?

Aprender as lições que a vida oferece é dever não só dos filósofos mas de todos nós, simples mortais, que almejamos, mesmo sem maiores er...

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Aprender as lições que a vida oferece é dever não só dos filósofos mas de todos nós, simples mortais, que almejamos, mesmo sem maiores erudições e metafísicas, um mínimo de sabedoria que nos permita viver (e morrer) melhor. Tive um amigo, um dileto amigo, que teve, como poucos que conheci, a graça desse aprendizado existencial, cujo acesso não é propriamente gratuito, pois que exige um mínimo de sensibilidade perscrutadora para as experiências banais e extraordinárias da existência

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Esse amigo, pode-se dizer, teve uma vida plena de vivências fundamentais. Conheceu, na carne e na alma, altos e baixos da Fortuna, e teve a Virtude de saber colher os ensinamentos, não raro dolorosos, ofertados pelo instável girar da roda da vida. Tudo isso com um detalhe precioso: não tornou-se amargo, nem irônico nem ressentido. Pelo contrário. Conservou até o fim uma saborosa leveza de espírito, uma capacidade sempre renovada de achar graça nos e dos acontecimentos, como se dissesse a todo momento para si e para os outros: “É assim mesmo. Vamos em frente”.

Sua máxima filosófica resumia-se a uma frase que repetia a cada contratempo, a cada contrariedade: “É preciso colaborar com o inevitável”. Máxima que ele muitas vezes tratava de explicar, como que para reforçar o significado do que dizia: “Não adianta sofrer demais com o que não se pode mudar. O mais certo – e mais producente – é aceitar o inevitável, administrá-lo, e, se possível, superá-lo”. Em outras palavras, seguir com a vida, ir sempre em busca do que ainda poderá vir, não prender-se melancolicamente ao ingrato presente ou ao passado sombrio, ter olhos abertos para o futuro, o qual costuma nos acenar, ilusoriamente ou não, com a possível realização de nossas humanas esperanças.

Lendo recentemente um texto sobre os estoicos, antigos filósofos gregos e romanos (Zenão, Epiteto, Cícero e Sêneca, entre outros), constatei que o meu amigo pertenceu, em alguma medida, e mesmo sem sabê-lo, a essa escola do pensamento, cuja ideia central era – e é - “a de que só deveríamos nos preocupar com as coisas que podemos mudar e não deveríamos nos perturbar com mais nada”. Os estoicos acreditavam (e acreditam) que “podemos escolher como será nossa reação à boa e à má sorte”. Ou seja: “não temos de nos sentir tristes quando algo que queremos dá errado; não temos de sentir raiva quando alguém nos engana”. Vejam só.

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Não digo que o meu amigo tenha sido um estoico na plena expressão da palavra, ao ponto de não sentir raiva nem entristecer-se com os reveses. Mas o certo é que ele, passado o primeiro e humano desabafo, logo voltava ao sábio refrão: “É preciso colaborar com o inevitável”, o que demonstra que procurava, dentro do possível, manter o extravasamento das emoções sob controle. E nisso estavam, simultâneas, a sua humanidade e a sua sabedoria.

É certo que, levado ao extremo, o estoicismo pode nos conduzir à indiferença, o que também não é bom. Segundo o professor britânico Nigel Warburton, “o estado de indiferença defendido pelos estoicos pode diminuir a infelicidade diante dos eventos que não conseguimos controlar. Contudo, talvez tenhamos de pagar o preço de nos tornar frios, insensíveis e talvez até menos humanos. Se esse for o preço da tranquilidade, talvez seja alto demais”. Concordo plenamente. Nem tanto nem tão pouco, como se diz. Tenhamos bom senso. Controlar as emoções e as paixões, sim, mas não ao ponto de suprimi-las de nossa experiência.

Uma frase célebre, atribuída parece que equivocadamente a José Américo de Almeida, em seu livro “A bagaceira”, insere-se também nessa linha estoica. Refiro-me a “O que tem de ser, tem muita força”. Sim, porque reconhecer a força do que tem de ser é aceitar sua inevitabilidade, o que implica renunciar a brigar com o que não pode ser diferente. No fundo, trata-se tão só de aceitar nossas limitações, nossos pequenos recursos perante o poder imenso das circunstâncias, dos acontecimentos, do acaso, do destino, da Providência ou seja lá do que for. Trata-se de baixarmos humildemente a orgulhosa cabeça diante do que é maior do que nós. E aqui, claro, não se está defendendo um generalizado conformismo por parte dos homens, mas apenas a ciência de não se dar, inutilmente, murro em ponta de faca, como bem recomenda a sabedoria popular.


Sabemos por experiência que não é fácil suportar as vicissitudes. Nossa tendência, quase incontrolável, é nos zangarmos, nos revoltarmos. Mas nada que uma noite de sono não acalme e esclareça. E aí, sim, com a ira dominada, podermos nos dar ao luxo de humanamente colaborarmos com o inevitável.

A Tadeu , nosso irmão, de quem não nos despedimos, apartado que foi de nós, repentinamente, tendo encontrado sepultura nas terras das Min...

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A Tadeu, nosso irmão, de quem não nos despedimos, apartado que foi de nós, repentinamente, tendo encontrado sepultura nas terras das Minas Gerais.

Catulo, poeta latino do século I a. C. (84—54), é o único dos neóteroi (literalmente, "os mais jovens"), assim chamados, polêmica e pejorativamente, por Cícero, para designar os novos poetas que procuravam inovações na poesia latina, imitando os alexandrinos gregos. Desses novos, Catulo é o único cuja obra sobreviveu, sendo considerado um dos criadores da lírica latina.

O episódio nº 10 da Pauta Cultural entra no ar na ALCR TV com atualidades do mundo cultural participação dos autores leitores e telespec...

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O episódio nº 10 da Pauta Cultural entra no ar na ALCR TV com atualidades do mundo cultural participação dos autores leitores e telespectadores do Ambiente de Leitura Carlos Romero.