Assisti, por esses dias, a um documentário sobre essa famosa peça de ir à praia: o biquíni. Não foi a primeira vez que vi a história desse...

Assisti, por esses dias, a um documentário sobre essa famosa peça de ir à praia: o biquíni. Não foi a primeira vez que vi a história desses dois pedaços de pano que as mulheres vestem nas areias.

Diariamente me encontro às voltas com as plantas do jardim. É sempre um hábito diário que cultivo assim que acordo. Nasci com o “ dedo v...

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Diariamente me encontro às voltas com as plantas do jardim. É sempre um hábito diário que cultivo assim que acordo. Nasci com o “ dedo verde “. Para quem desconhece o termo, significa que tenho facilidade em fazer brotar as minhas plantinhas com certa facilidade... dom que Deus me deu e que herdei da família. À medida em que vejo florescer uma folhinha nova... um galho mais saliente, percebo que os dias estão minuto a minuto se escoando em minhas mãos.

Após passarmos o mês de janeiro de 1976 no Pantanal do Mato Grosso, participando do Projeto Rondon, Ilma, eu e Alcides Diniz tomamos um ...

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Após passarmos o mês de janeiro de 1976 no Pantanal do Mato Grosso, participando do Projeto Rondon, Ilma, eu e Alcides Diniz tomamos um trem e partimos para aquela que seria a maior de nossas aventuras: a nossa Conquista dos Andes.

Fausto Cunha escreveu que Augusto dos Anjos foi salvo pelo povo. Ele se referia ao entusiasmo e à fidelidade do homem comum ao poeta, em c...

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Fausto Cunha escreveu que Augusto dos Anjos foi salvo pelo povo. Ele se referia ao entusiasmo e à fidelidade do homem comum ao poeta, em contraste com a má-vontade de certos críticos que não teriam compreendido o significado do “Eu” para a literatura brasileira. De fato, o povo amou Augusto desde o início, e o declamou e vem declamando nos mais diversos rincões deste país. Sobretudo no interior, tem sempre alguém cujo avô ou o pai possui um exemplar do único livro do poeta, e o recita em momentos de solidão ou de congraçamento familiar.

Tenho uma amiga que adora fotografar a natureza. Adora a natureza porque a natureza está no sangue e na alma dela. Também estudou as esta...

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Tenho uma amiga que adora fotografar a natureza. Adora a natureza porque a natureza está no sangue e na alma dela. Também estudou as estações para melhor compreender as mudanças que ocorrem a cada período do ano. Mais que amar a terra, as plantas, os animais e o mar, ela busca entender a essência da espiritualidade que edifica a paz interior. Quer entender a beleza da poesia que emana da Natureza com seus componentes.

“O homem possui sua essência eterna como antecipada e entregue a ele em sua liberdade e reflexão, à medida que experimenta, sofre e atua ...

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“O homem possui sua essência eterna como antecipada e entregue a ele em sua liberdade e reflexão, à medida que experimenta, sofre e atua sua história.”
Karl Rahner

Este ensaio não visa a uma abordagem de crítica musical, e sim de uma analítica histórico-estética, ou seja, uma análise que se fundamenta em notas biográficas interrelacionadas com impressões sonoras de personalidades do jazz, suas obras e músicas. Não se trata de um ensaio sobre a rica e complexa história do jazz, o que requereria uma abordagem cronológica, por isso o recorte de músicos e gêneros, recorte esse procedimental, na medida em que se faz necessário em termos metodológicos quanto à especificação dos tópicos analíticos abordados. Também um procedimento comparativo entre autores e obras se faz presente ao longo deste ensaio, assim como uma perspectiva deleuziana (p. 12-150), já que a analítica histórico-estética em seus desdobramentos buscará a conceituação, sempre que possível, para além do mero campo delimitador de sentido, ou seja, como criação filosófica ante o objeto analisado. Ademais, o leitor encontrará neste ensaio um certo itinerário, um convite ao mundo de certas personalidades, obras e músicas do jazz. Um itinerário inconcluso, imperfeito, e que por isso de maneira alguma se quer como guia absoluto por esse rico universo musical vivo, criativo e sempre em permanente transformação.


Parte II - O Açude Velho O garoto tinha atingido o alto e já não estava longe de casa, sendo-lhe inútil agora correr ou apressar o pas...

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Parte II - O Açude Velho

O garoto tinha atingido o alto e já não estava longe de casa, sendo-lhe inútil agora correr ou apressar o passo, pois estava ensopado, fora alcançado pelo temporal no meio do caminho, onde se pôs às pressas depois que o homem, quase gritando lhe ordenara correr para casa Senão vai adoecer e sua tia põe a culpa em mim / não se esqueça da panela Debaixo do que parecia ser o céu se abrindo e fechando em questão de segundos, produzindo interferências no som apenas para não deixar escapar mais que estilhaços de ira vocálica, de imprecação escandalosa e fragmentada, e isto numa escala de som quase insuportável – brados terríveis, entrecortados, de algum deus antigo e esquecido, mas que dele não fosse aquilo resultado de nenhuma ação presente, mas apenas o eco ou memória virtual auditiva de situações remotas e incompreensíveis, sendo as falhas de voz defeitos naturais de registro, causados pelo tempo.

O bom humor do amado mestre amenizava a disciplina ensinada. Direito Comercial, árido, enfadonho, pelo menos para mim, recebia uma ducha de...

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O bom humor do amado mestre amenizava a disciplina ensinada. Direito Comercial, árido, enfadonho, pelo menos para mim, recebia uma ducha de verdor, quando o professor mesclava a matéria exposta com sutil anedota. Um passarinho, quase que declamava poemas, enquanto trocava sorrisos com o alunado.

Não é nostalgia, qualquer coisa assim que entristeça, que nos leve ao banzo por alguns momentos. É relembrança mesmo, um mimo, um brinde, ...

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Não é nostalgia, qualquer coisa assim que entristeça, que nos leve ao banzo por alguns momentos. É relembrança mesmo, um mimo, um brinde, uns picos de memorialismo perenizado, inevitáveis, que nos fazem iniciar viagens pelas décadas de ouro das noites antigas de nossa encantadora capital paraibana.

Em seu 21º episódio, a Pauta Cultural da ALCR-TV traz comentários de leitores e resume alguns textos recentemente publicados no Ambiente d...

Em seu 21º episódio, a Pauta Cultural da ALCR-TV traz comentários de leitores e resume alguns textos recentemente publicados no Ambiente de Leitura Carlos Romero.

Eu posso afirmar, com certo grau de verdade, muita coisa sobre a Iracema de José de Alencar, figura de ficção, mas não posso afirmar quase...

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Eu posso afirmar, com certo grau de verdade, muita coisa sobre a Iracema de José de Alencar, figura de ficção, mas não posso afirmar quase nada sobre Iracema, pessoa tangível, minha vizinha.

A Itália, por razões óbvias, sempre exerceu um imenso fascínio nos escritores e nos estrangeiros em geral. Sua história milenar, sua arte ...

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A Itália, por razões óbvias, sempre exerceu um imenso fascínio nos escritores e nos estrangeiros em geral. Sua história milenar, sua arte incomparável, seu clima, sua gastronomia, seus vinhos, enfim, seu patrimônio cultural inigualável explicam e justificam esse apreço universal pela terra de Dante e tantos outros. Pode-se dizer que todos os lugares na Itália, desde os menores lugarejos até as grandes cidades, valem a pena. Entretanto, creio que também é lícito afirmar-se que, do todo admirável, três urbes se destacam por sua presença marcante nas artes e, particularmente, na literatura: Roma, Florença e Veneza. Desta última, ocupar-me-ei brevemente a seguir, a partir de dois livros emblemáticos: Morte em Veneza, do alemão Thomas Mann, e Despedida em Veneza, do norte-americano Louis Begley.

Pó terra Era o desfarelar da terra envergonhada, desunida, desfalecida desmisturava-se em nada antítese de si mesma

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Pó terra
Era o desfarelar da terra envergonhada, desunida, desfalecida desmisturava-se em nada antítese de si mesma

Manaus sentada às margens do Rio Negro, respirando o ar da maior floresta do mundo e morrendo por falta de oxigênio. Acabaram os supriment...

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Manaus sentada às margens do Rio Negro, respirando o ar da maior floresta do mundo e morrendo por falta de oxigênio. Acabaram os suprimentos, remediados com urgência urgentíssima dos estoques vizinhos e dos que a cidade de São Paulo pôde mandar de avião. O intérprete da opinião da Globo, William Bonner, atinge o patético. Quatrocentas ou quinhentas pessoas estão pelos corredores sem ar e sem mais esperança de atendimento.

Descendente de imigrantes italianos, ele nasceu em São Paulo, em 1924. Formou-se em Medicina pela USP, em 1947. No ano seguinte, foi para ...

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Descendente de imigrantes italianos, ele nasceu em São Paulo, em 1924. Formou-se em Medicina pela USP, em 1947. No ano seguinte, foi para os Estados Unidos, onde fez o doutorado em Zoologia na renomada Universidade de Harvard. De volta ao Brasil, vinculou-se ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), onde trabalhou pelo resto da sua vida, mesmo depois de ter se aposentado.

Quando injetava sangue novo em formas poéticas já debilitadas e conseguia soerguê-las sob uma nova aparência, Mario Quintana procedia com...

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Quando injetava sangue novo em formas poéticas já debilitadas e conseguia soerguê-las sob uma nova aparência, Mario Quintana procedia como um “construtivista”. E quase sempre procedeu como tal, já que possuía um temperamento oposto ao de Oswald de Andrade, cuja fama de “demolidor” fez história nos arraiais do modernismo e fora dele.