“A gente quer viver a liberdade A gente quer viver felicidade” A liberdade e a felicidade são gêmeas univitelinas! Passamos a vida pro...

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“A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade”

A liberdade e a felicidade são gêmeas univitelinas! Passamos a vida procurando por elas em diferentes momentos e situações, cada fase da vida, cada idade nos deparamos com felicidades e liberdades diferentes, mas com a maturidade e dependendo das experiências de vida, entendemos que a vida é feita de várias felicidades, várias liberdades diferentes...

A provocação veio de Bauru, de Amanda Helena, para falar aqui sobre Astrud Gilberto e João Gilberto. São dois nomes que me encantam sempre...

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A provocação veio de Bauru, de Amanda Helena, para falar aqui sobre Astrud Gilberto e João Gilberto. São dois nomes que me encantam sempre.

Sobre João Gilberto, meu irmão tinha um disco com mais de trinta músicas do baiano e vez em quando colocava pra tocar. Adorava a música do pato. Astrud vim conhecer depois, embora os dois tenham sido contemporâneos e até formaram um casal.

Foi na época em que trabalhei no Núcleo de Arte Contemporâneo (NAC), órgão da Universidade Federal da Paraíba, que ouvi, pela primeira vez...

Foi na época em que trabalhei no Núcleo de Arte Contemporâneo (NAC), órgão da Universidade Federal da Paraíba, que ouvi, pela primeira vez, a expressão fazer fotografia. Até então, só escutara o termo tirar fotografia. E como estava lendo o monumental “Mimesis”, de Eric Auerbach, procurei estabelecer, meio intuitivamente, um cotejo entre as duas expressões.

O tema das celebridades é contemplado à exaustão em diferentes modalidades pela sétima arte e aparece majestoso no filme O Crepúsculo dos ...

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O tema das celebridades é contemplado à exaustão em diferentes modalidades pela sétima arte e aparece majestoso no filme O Crepúsculo dos Deuses (1950), retratando a decadência da estrela Norma Desmond, que envelheceu e sendo esquecida, enlouquece e mata o jovem amante, quando descobre que perdeu o amor, o glamour e a glória do passado. O clássico Sunset Boulevard (no original) antecipa a histeria das pessoas em busca de fama e visibilidade no campo midiático,
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algo que vai ganhar intensidade no século XXI, na era dos realities shows.

O filme atira contra o sistema opressivo da "sociedade do espetáculo" (Debord), denunciando a crueldade da indústria do cinema que explora os atores, absorvendo-lhes o talento, a energia, o vigor da juventude e depois os atira à margem da vida, quando chegam irremediavelmente à velhice.

Abordando o mundo dos ídolos e celebridades, Woody Allen atualiza a sua verve irônica no filme sintomaticamente chamado Celebridades (1998), uma leitura ácida da indústria cinematográfica. Lançando um olhar satírico sobre os famosos, Allen desconstrói o esquema das mitologias da fama, exibindo os superstars como pessoas emocionalmente desequilibradas.

O desejo extremo da fama midiática constitui a substância principal de um trabalho insólito, encarnado por Nicole Kidman, Um Sonho sem Limites (Gus Van Sant, 1995), cuja personagem representa uma ambiciosa "moça do tempo" e ajudada por dois adolescentes problemáticos, mata o marido (Matt Dillon), que lhe ameaça o sucesso pessoal. No desfecho final, a metáfora da aspirante à celebridade morta e congelada, deslisando sob a superfície de um lago canadense é implacável.

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Porém, mais radical na exposição da ânsia dos indivíduos de ficarem famosos é a película 15 Minutos (John Herzfeld, 2001), no qual um emigrante russo (ajudado pelo cúmplice) exagera no desejo mórbido de realizar os seus "quinze minutos de fama", deixando-se filmar enquanto mata as suas vítimas com requintes de crueldade.

Com estilo mais clean, bonito e sofisticado, o cineasta Robert Altman modela um retrato irônico e divertido do mundo das passarelas, em Prêt-à-Porter (1994), satirizando os repórteres e outros agentes do "mundo fashion".

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São impagáveis as cenas das editoras de moda nuas, ajoelhadas, implorando os favores de um fotógrafo profissional. A estória se passa na cidade de Paris, onde estão reunidos os estilistas, modelos, jornalistas e celebridades para a temporada dos desfiles da alta costura; dentre eles circulam oportunistas, bajuladores, ladrões, envolvidos em falcatruas, em luta ferrenha para se sobressair no cobiçado e lucrativo mundo da moda.

Contudo, nada parece mais extremo do que Assassinos por Natureza (Oliver Stone, 1994), que narra a odisséia sinistra de uma dupla de jovens facínoras, usando a mídia eletrônica e câmeras portáteis roubadas para contar suas estórias macabras.

Um repórter inescrupuloso os adula, os coloca no ar em cadeia nacional, fazendo deles celebridades criminosas. Mas os assassinos exibicionistas superam a perversidade do jornalista, tomam-no como refém e atiram nele, preferindo o testemunho da câmera automática que registra as suas proezas sádicas, assegurando seu lugar na posteridade.

Do livro "Epifania das Imagens - Apolo e Dionisio no Cinema", disponível na Amazon

Morrer é verbo depoente em latim. Isto significa que o verbo apresenta uma forma passiva, mas com um sentido ativo. Assim, “mŏrĭor”, prime...

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Morrer é verbo depoente em latim. Isto significa que o verbo apresenta uma forma passiva, mas com um sentido ativo. Assim, “mŏrĭor”, primeira pessoa do indicativo infectum de “mŏrī”, “morrer”, não é “eu morro”, embora traduzamos e digamos assim, mas é qualquer coisa como “algo me faz morrer”. Na realidade, ninguém morre, a não ser que provoque deliberadamente a sua morte. É sempre "algo" que nos leva a morrer. Tanto é que o atestado de óbito deve sempre deixar claro qual foi a causa mortis.

* Sobre a “Igreja” no Brasil Em 30 anos, o percentual dos que se dizem “evangélicos” no Brasil passou de 6,6%, em 1980, para 22,2% da po...

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* Sobre a “Igreja” no Brasil

Em 30 anos, o percentual dos que se dizem “evangélicos” no Brasil passou de 6,6%, em 1980, para 22,2% da população, em 2010.

A covardia no ser humano se manifesta de várias maneiras. Há os covardes explícitos, aqueles que não escondem o comportamento pusilânime, ...

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A covardia no ser humano se manifesta de várias maneiras. Há os covardes explícitos, aqueles que não escondem o comportamento pusilânime, e os covardes medrosos, passivos, apáticos. Ambos são perigosos e nocivos à sociedade. Uns se revelam agressivos, principalmente quando atacam indefesos. Outros se fingem de bonzinhos, mas na prática causam danos a outros sem qualquer constrangimento.

Noel Rosa é considerado, atualmente, um dos maiores nomes da música popular do Brasil em todos os tempos. A obra do “Poeta da Vila Isabel...

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Noel Rosa é considerado, atualmente, um dos maiores nomes da música popular do Brasil em todos os tempos. A obra do “Poeta da Vila Isabel” vem sendo objeto dos mais elaborados estudos acadêmicos e, frequentemente, regravada pelos nossos principais intérpretes. Mas, nem sempre foi assim. Nos anos imediatamente posteriores a sua morte, Noel Rosa e as suas músicas foram praticamente esquecidos. Para o jornalista e escritor Ruy Castro:

Parte 2: Paris Desde a juventude que uma das minhas canções francesas prediletas é "Dimanche à Orly", na voz de Gilbert Béc...

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Parte 2: Paris


Desde a juventude que uma das minhas canções francesas prediletas é "Dimanche à Orly", na voz de Gilbert Bécaud. E foi com essa música na cabeça que desembarcamos no aeroporto de Orly, ao sul de Paris. Isso após havermos passado uma semana em Barcelona.

“A narração transcorre pela pessoa que recebeu diretamente e em circunstâncias que ignoro, a confidência dos principais personagens deste...

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“A narração transcorre pela pessoa que recebeu diretamente e em circunstâncias que ignoro, a confidência dos principais personagens deste drama único.“
José de Alencar

Aurélia é uma moça linda, de origem humilde, vivendo com muitas privações e cuidando da mãe doente. É uma filha dedicada à família e trabalhadora.

Sabe quando você pensa no quanto já viveu e surge aquele pensamento de dúvida sobre o quanto existe para viver mais? Estou assim, ocupando...

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Sabe quando você pensa no quanto já viveu e surge aquele pensamento de dúvida sobre o quanto existe para viver mais? Estou assim, ocupando o tempo sem realmente entender as noites e dias, os acontecimentos abalando o mundo, as pessoas distantes que não abraço mais.

Microconto, miniconto ou nanoconto são como uma tentativa de drible no futsal: tento fazer no menor espaço possível e, na maioria das veze...

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Microconto, miniconto ou nanoconto são como uma tentativa de drible no futsal: tento fazer no menor espaço possível e, na maioria das vezes, com uma palavra ou tema prévios. Algumas vezes faço o título gigante; em outras, acrescento informações adicionais. Às vezes também imponho a rima, para aumentar a dificuldade.

SÓ ELE SABIA, MAS... – Não, não conto!
FICOU CLARO QUE NÃO DAVA MAIS PRA CONTINUAR. TINHA QUE ACABAR TUDO DE UMA VEZ POR TODAS, MAS É DIFÍCIL, TALVEZ UMA CARTA, OU QUEM SABE, UM TORPEDO... – Fui!
FOI-SE Levou tudo que era dela. Meu coração, inclusive...
ÚLTIMO CONTO Foi dormir bem, absorto. Quando acordou... ‘stava morto.
TORRES De tanto, o Torres, falar da torre. Ouviu da noiva um: — NÃO TORRES!
QUEDA CÔMICA Palavra do dia: revestrés. Dois do dois de vinte vinte, plena data palindrômica. Levantei de revestrés e levei uma queda cômica.
FUBÁ — ONOMATOPÉIA SUICIDA Palavra do dia: fubá. Pistoleiro de aluguer, de regra, o luso Vavá, sempre depois de atirar, soprava seu revólver. Na hora do bafafá, ordem era: bá e fú. Se distraiu e... fu bá!
JEKYLLHYDESTELENSON Palavra do dia: monstro. Esquento, mas não demonstro. Ora médico, ora...
DOMINGO NO PARQUE Palavra do dia: paralelepípedo. João o rei da confusão, José o da brincadeira, viu no parque a Juliana em atitude traiçoeira. Lançou-lhes como um torpedo, paralelepípedo, vil tragédia domingueira. (Saudade do tempo em que Gil fazia só música.)
TRATADO SOBRE ELA Ela some e sou fantasma. Se me aparece, asma...
ATROPELO Palavra do dia: Matrícula. Cruzava a rua o poeta e achou a morte ridícula. Colheu-lhe uma bicicleta. – Alguém anotou a matrícula?
TORNOZELO À MOSTRA Palavra do dia: tornozelo. A conheci num lava a jato e foi paixão de primeira, mas não pôs o pé no laço, era arredia e inzoneira. Usava um longo modelo a esconder-lhe o tornozelo e aquela tornozeleira.
BENEPLÁCITO Palavra do dia: beneplácito. Com o maridão Benedito havia um acordo tácito, ela dançar despacito, mas sob seu beneplácito. Eis que surge a confusão, aparece um ricardão e ele o mesmo Bené, plácido.
ESPIRRO Palavra do dia: espirro. Hipocondríaca, a Cássia, esvaziou a farmácia. Mas foi vitória de Pirro, tudo água a baixo: um espirro!
HELIOPATIA Palavra do dia: heliopatia. A lua amava o sol desde as mais remotas eras. Somente desconhecia, que a heliopatia causava aquelas crateras... (Olha o verão aí, gente!)
CHOVA VACINA, SÃO JOSÉ! Palavra do dia: proteção. Chuva e proteção divina, era a prece recorrente. Hoje o pleito é diferente, pede chuva de vacina!

Histórias não obrigatoriamente nasciam de cordel fictício ou repassador de notícias, ou de almanaque ibérico abarrotado de mitologia mour...

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Histórias não obrigatoriamente nasciam de cordel fictício ou repassador de notícias, ou de almanaque ibérico abarrotado de mitologia moura, e não necessariamente exalava-se de senzala ou de floresta indígena, nem mesmo de origem facilmente rastreável, mas, é certo que boa parte delas tinha brotado da memória de uma tradição oral que se veio firmando, muito provavelmente desde o tempo, ainda não tão longevo, em que nós, aldeões serranos, vimo-nos encantados — e mais ainda, alvoroçados —, por conta não de que um império tivesse acabado de virar república, mas pela novidade de um governo cujos contornos embora se assomassem para nós ainda indecifráveis, surpreendia ao dar a impressão de piscar uma luzinha de interesse por nossas vidas remotas.

A degradação como espetáculo. É o que me vem à mente quando me deparo com essas maratonas impostas a participantes de programas de tevê, t...

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A degradação como espetáculo. É o que me vem à mente quando me deparo com essas maratonas impostas a participantes de programas de tevê, tipo Big Brother. E, isso, porque sou assaltado pela lembrança de “A noite dos desesperados”, filme de 1969 sob a direção primorosa de Sydney Pollack.

A pandemia amedronta, foge ao controle, e outras doenças agravam-se com ela. Angústia, desespero, pavor, depressão, estupidez, maldade ou ...

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A pandemia amedronta, foge ao controle, e outras doenças agravam-se com ela. Angústia, desespero, pavor, depressão, estupidez, maldade ou mesmo ignorância. A pior de todas talvez seja a desavença oriunda da guerra ideológica, de posições egocêntricas, pessoais ou coletivas. A qualquer fato que ocorre no país, tem que ser atribuída imediatamente uma bandeira política. E, justamente no momento em que mais o povo e seus gestores precisariam se unir, desentendem-se. Vacinas, medicamentos, terapias, pesquisas, noticiários, tudo passa a ter cor, sexo, raça, partido e posição política. E daí se origina o desentendimento geral que só traz prejuízos.

O IBGE editava, até 2019, uma revista de poucas páginas, RETRATOS, dirigida aos jovens, que traduzia o essencial para o universo de inter...

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O IBGE editava, até 2019, uma revista de poucas páginas, RETRATOS, dirigida aos jovens, que traduzia o essencial para o universo de interesses de uma mente em formação sobre o espaço em que habita. Traduzia com as palavras do cotidiano o que a estatística apurava em sua linguagem técnica de leitura não muito fácil a quem não é do ramo.