Interessante é que Ridley Scott sempre foi um diretor do tipo “ame ou deixe-o”. É possível gostar, de um modo avassalador, de alguns de se...

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Interessante é que Ridley Scott sempre foi um diretor do tipo “ame ou deixe-o”. É possível gostar, de um modo avassalador, de alguns de seus filmes. De outros, no entanto, detesta-se de uma maneira quase doentia. Por sorte, um dos maiores filmes da história do cinema (ouso dizer), Blade Runner, o caçador de androides, entra para a lista dos filmes geniais do diretor inglês.

O ambiente conflituoso em que estamos mergulhados, impede a reflexão sobre as nossas ações e sentimentos. O mundo moderno cheio de inj...

O ambiente conflituoso em que estamos mergulhados, impede a reflexão sobre as nossas ações e sentimentos. O mundo moderno cheio de injustiças e insegurança, faz com que fiquemos enfraquecidos para o despertar da esperança. O egoísmo humano da contemporaneidade promove a indiferença em relação às questões coletivas e ao bem comum. Predomina o lema: “salve-se quem puder”.

Em seu último jornal literário, Terceiro Céu, Ascendino Leite explora um incidente de forma pouco literária e mesmo destoante das sut...

Em seu último jornal literário, Terceiro Céu, Ascendino Leite explora um incidente de forma pouco literária e mesmo destoante das sutilezas ou segredos de estilo que caracterizam a sua escrita. Uma obra, sobretudo, de escritor refinado, assim na prosa como no jornal de crítica em que mais se esmerava.

O Zé Lins e o Zé Américo Trocaram correspondências Vasta documentação São cartas, experiências Dois amigos literatos Que merecem reverênci...

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O Zé Lins e o Zé Américo Trocaram correspondências Vasta documentação São cartas, experiências Dois amigos literatos Que merecem reverências.
Raniery Abrantes

As mãos da sinceridade apontam para um alvo em comum e desenham um bem maior em direção à singularidade. Da mesma forma que a beleza bem se encontra e se expressa nos grandiosos e dadivosos olhares da simplicidade.

Li que Thomas Edison teria dito: “O maior elogio que ouvi em toda a minha vida de inventor foi: ‘nunca vai funcionar’.” Encare, também, ...

Li que Thomas Edison teria dito: “O maior elogio que ouvi em toda a minha vida de inventor foi: ‘nunca vai funcionar’.”

Encare, também, como elogio quando ouvir: ‘não és capaz’; ‘não é para você’; ‘nunca alcançarás’; ‘não passa de sonho’; ‘não dará certo’; ‘coisa de novela’; enfim, quando acharem, ou você mesmo achar, que algo está além da tua capacidade.

Haveria um tipo qualquer de conexão histórica capaz de relacionar a raiz do algodão mocó a um - mesmo que - eventual, breve uso de cache...

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Haveria um tipo qualquer de conexão histórica capaz de relacionar a raiz do algodão mocó a um - mesmo que - eventual, breve uso de cachecóis na Paraíba? À pergunta tão disparatada cabe a quem a fez responder, no caso, e antecipadamente pronto para a resposta, este que vos escreve: num esforço adaptativo de luta pela sobrevivência, a raiz do algodão mocó (assim chamado por conseguir viver entre pedras e cascalhos, bem ao modo do roedor homônimo) mergulhou na direção do centro da terra, num impulso que redundaria profundamente feliz, por conseguir atingir o lençol freático, e a partir dali tornar-se uma fonte de riquezas para o homem dessa relativamente vasta região que compreende sertões nordestinos, desde sempre considerada a mais pobre do país.

Quando o maestro José Alberto Kaplan ficou paraplégico (em virtude da siringomielia que terminaria por derrubá-lo em 2009), passei a levá...

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Quando o maestro José Alberto Kaplan ficou paraplégico (em virtude da siringomielia que terminaria por derrubá-lo em 2009), passei a levá-lo em meu carro, todas as manhãs de sábado, à residência de seu grande amigo – logo meu, também - advogado Dr. Paulo Maia -, dono da maior coleção de LPs, vídeos, CDs e DVDs de música erudita da Paraíba. Era um hábito do amigo judeu argentino – de quem eu fora parceiro na Cantata pra Alagamar e no musical Burgueses ou Meliantes - , que vinha de décadas. Tomando um bom gin com tônica (“a bebida da rainha”, dizia o Dr. Paulo) , vendo o mar logo ali, atrás da vidraça, era incrível, naquelas sessões matinais, não só acompanhar as riquíssimas programações de grandes concertos em som e imagem de alta fidelidade, como absorver algo da vasta cultura musical dos dois e dos outros frequentadores, os benditos poucos, the happy few, band of brothers: jornalista Luiz Carlos Nascimento Souza, Yerko Pinto – então spalla da Sinfônica local e integrante do prestigiado Quinteto Paraíba, além de Hector Rossi - que fora professor de contrabaixo de meu filho Alexei Dmitri (1966-2017), mais o ex-governador Tarcísio Burity (1938-2003) que, em tempos áureos, não só construíra o gigantesco Espaço Cultural José Lins do Rego da capital,

Num dos episódios de “ The Crown ”, o personagem do príncipe Philip recebe a visita dos três astrona...

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Num dos episódios de “The Crown”, o personagem do príncipe Philip recebe a visita dos três astronautas que foram à Lua. Ele está ansioso pelo que vai ouvir. Espera um relato condizente com a extraordinária experiência pela qual aqueles homens passaram. Como tem lá os seus dilemas metafísicos, imagina que o grupo possa lhe dar alguma indicação de que vale a pena crer em Algo Maior.

A história que narrarei resumidamente a seguir é verídica, apesar de ter tudo para ser tida como fantasiosa. Colhi-a de fonte absolutamen...

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A história que narrarei resumidamente a seguir é verídica, apesar de ter tudo para ser tida como fantasiosa. Colhi-a de fonte absolutamente fidedigna, conforme mostrarei mais adiante, de modo que nenhuma dúvida pode haver a respeito. Até porque, sabemos, a vida, sempre plena de mistérios que desafiam a razão, é farta de episódios semelhantes, o que muito serve à nossa humildade diante de tudo que ultrapassa as explicações simplesmente racionais, lógicas e científicas da realidade.

Quem, dentre os parnasianos, cumpriu à risca o conteúdo programático do Parnasianismo? Quem, dentre os simbolistas, românticos, modernista...

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Quem, dentre os parnasianos, cumpriu à risca o conteúdo programático do Parnasianismo? Quem, dentre os simbolistas, românticos, modernistas etc., se confinou nos limites dessas correntes literárias? Aqui, cabe a pergunta: o parnasiano foi apenas parnasiano e o modernista apenas modernista?

Alguns poetas nem sempre se submetem passivamente ao espaço claustrofóbico das periodizações literárias, mas, antes, procuram extrapolá-lo para dar vazão ao ecletismo do qual Mário de Andrade fez profissão de fé: “Eu sou trezentos, trezentos-e-cinquenta...”

Virou Carlinhos, porque nas redondezas de seu sítio havia outros dois Carlos. Dois homenzarrões brutos e grossos como papel para embrul...

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Virou Carlinhos, porque nas redondezas de seu sítio havia outros dois Carlos. Dois homenzarrões brutos e grossos como papel para embrulhar prego. Esses nem eram parentes e a semelhança parava por aí. Já o nosso Carlos, o Carlinhos, não era um tiquinho de gente como possa parecer, apenas era menor que os outros dois Carlos. Natural então, que o diminutivo fosse acoplado ao nome.

Antes do mergulho no horizonte o Sol dispõe um rastro de luz a um homem e seu barquinho. Em retribuição, ganha, nessa despedida, os belos ...

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Antes do mergulho no horizonte o Sol dispõe um rastro de luz a um homem e seu barquinho. Em retribuição, ganha, nessa despedida, os belos acordes do Bolero, a imortal composição do francês Maurice Ravel. O espetáculo repete-se, quase diariamente, há uns 20 anos. E já mudou a vida de muita gente porquanto inscrito no Calendário Turístico da Paraíba.

Estampada no jornal, a reação de um padre, de um pastor e de seus rebanhos, diante da escultura de Jackson Ribeiro, parecia a reprodução d...

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Estampada no jornal, a reação de um padre, de um pastor e de seus rebanhos, diante da escultura de Jackson Ribeiro, parecia a reprodução de uma página da Idade Média.

A princípio desconfiei, e até desejei, que fosse manobra política. Mas era coisa ainda pior. Uma metástase do câncer do obscurantismo e da arrogância. Doença que ataca as sociedades de todos os séculos.

A Santa Inquisição, com suas fogueiras que ardem até hoje, foi a epidemia maior. O símbolo que ficou para a História, como ficaram os Campos de Concentração de Hitler. Exemplos que a intolerância e o fanatismo insistem em reeditar,

GLOSA Da morte não tenho medo Acontecer é normal Pois ninguém é imortal Pode chegar tarde ou cedo, Vou lhe contar um segredo...


GLOSA Da morte não tenho medo Acontecer é normal Pois ninguém é imortal Pode chegar tarde ou cedo, Vou lhe contar um segredo, Não faço por fantasia Quando chegar o meu dia Faço um pedido paterno PEÇO QUE MEU SONO ETERNO ACONTEÇA EM SERRARIA

De computador no reparo, venho navegando em um emprestado. O que me serve é velho de uns onze anos. E estranhei que o novo entrasse na red...

De computador no reparo, venho navegando em um emprestado. O que me serve é velho de uns onze anos. E estranhei que o novo entrasse na rede sem conexão visível, sem o fio à mostra.

Liguei para um dos filhos: “É isso mesmo, pai. Os mais novos já vêm providos.”

E suspendi o que vinha escrevendo uma vez mais, desorientado com o filme de ficção científica que nos tornou reflexos das comunicações. Uma interação com a qual eu nem sonhava. E a mais bem distribuída das mercadorias em todos os níveis sociais. Talvez ainda perca para a caixa de fósforo.

Há no Evangelho duas parábolas muito próximas, que se complementam por terem sido construídas com concepções figuradas diferentes. Trata-s...

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Há no Evangelho duas parábolas muito próximas, que se complementam por terem sido construídas com concepções figuradas diferentes. Trata-se da “Parábola da ovelha desgarrada”, presente em Mateus e em Lucas, e da “Parábola do filho pródigo”, uma exclusividade do Evangelho de Lucas. Esta tem uma estrutura metonimicamente, quando opta pela parte em lugar do todo: o filho pródigo é o ser humano, cuja alma se desvia com facilidade do caminho a ser percorrido. Aquela é alegórica, com Jesus utilizando-se de uma linguagem do pastoreio, íntima das pessoas a quem ele se dirigia: a ovelha desgarrada é, ainda uma vez, a alma humana, errando por caminhos ínvios.