Brainstorming ? Com quem? Uma voz interior: – Você não tem autocrítica? Ri ao me lembrar de um filmezinho, genial, de animação, Geri’s ...

Brainstorming? Com quem?

Uma voz interior:

– Você não tem autocrítica?

Ri ao me lembrar de um filmezinho, genial, de animação, Geri’s Game, do Pixar Studio, no qual um velhote (a cara do Ariano Suassuna), se vê sozinho ante o tabuleiro de xadrez sobre uma mesa com duas cadeiras, e não resiste: movimenta um peão. Aí... vai pro lado oposto, move outro, volta pra primeira posição, revida, etc., etc., num crescendo em que se cria um feroz antagonismo entre os “dois”.

A nossa opção por Tarcisio Burity ao lembrar seu nome num painel de homenagens aos 80 anos da Academia Paraibana de Letras, acontecimento ...

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A nossa opção por Tarcisio Burity ao lembrar seu nome num painel de homenagens aos 80 anos da Academia Paraibana de Letras, acontecimento a que se associa a Fundação Joaquim Nabuco, pode ser vista até sob suspeição, diante da pontinha que fui chamado a fazer em suas duas gestões no governo do nosso Estado. No primeiro, como auxiliar direto, no segundo governo como coautor de publicações destinadas à preservação em álbuns de tratamento gráfico compatível com a singularidade histórica e monumental da terceira cidade mais antiga do Brasil.

NENHUM OLHAR Nem um olhar Nenhum olhar Que ninguém veja. Há apenas o silêncio Em conserva, Preservando nosso Sopro de vida, Esse ...

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NENHUM OLHAR
Nem um olhar Nenhum olhar Que ninguém veja. Há apenas o silêncio Em conserva, Preservando nosso Sopro de vida, Esse vento de morte Essa boca atada, Calada sobre tudo, Prostrada sobre o mundo. E eis que sou convocado A acordar o mundo Depois que o imundo Interceptou o sexo, Tomou-me sem nexo, Depois que o verbo Foi adjetivado. Descobri que não sei A gramática dos afetos. A sintaxe do tempo Virou somente ausência, Semântica sem morfologia, Afônico amor, A nos sugerir A preposição do (per)verso Na conjunção da carne. Todo silêncio é refletido Quando a voz é passiva. Todo silêncio é reflexo Da voz ativa. Sinto falta da voz recíproca. Eu quero um “a gente” Paciente. Eu quero um nós Que possa ser Conjugado em todo Tempo, modo, pessoa. Quero um sujeito plural Que seja singular.
TEMPORAL
Tempo (in)vestido nos teus olhos. Tenho revertido em meus olhos o íntimo que já não se intimida, ao revelar uma eternidade que já se mostra utópica. Nostalgia talvez seja o ressentimento de todas as expectativas frustradas pelo eu e as circunstâncias às quais nos rendemos e de que somos reféns Se ao menos eu pudesse ser mais pai de mim quanto Deus é do nada, mas eu sinto que há um Tudo que se emerge nos delicados sinais: Ele está no aparente desconexo, no surpreendente sexo, suspenso num abraço infantil.

Sigam meu conselho; pulem a fase de pais, sejam avós diretamente, sem escalas. Dona Creusa Pires dizia que casa de avô é cabaré de neto. É...

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Sigam meu conselho; pulem a fase de pais, sejam avós diretamente, sem escalas. Dona Creusa Pires dizia que casa de avô é cabaré de neto. É bom, viu? Você conversa, brinca, deseduca e quando eles começam a chatear devolve aos pais. E é cada conversa... minha linda neta Aurora até pouco tempo devia imaginar que eu nasci tão antigamente que na cabeça dela convivi com os dinossauros, tantas eram as perguntas escalafobéticas.

O assunto que tem ecoado bastante nas páginas de arte e cultura do Brasil é a acusação de plágio contra a cantora Adele, vencedora de um t...

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O assunto que tem ecoado bastante nas páginas de arte e cultura do Brasil é a acusação de plágio contra a cantora Adele, vencedora de um total de 15 prêmios Grammy, o “Oscar da música”. A acusação partiu recentemente do compositor mineiro Toninho Geraes, autor da canção ‘Mulheres’, um dos grandes sucessos do sambista Martinho da Vila. Para o autor, a canção ‘Million years ago’, lançada pela cantora inglesa em 2015, “tem quase 80% da melodia de ‘Mulheres’”, informação confirmada por uma perícia encomendada por ele.

Quo Vadis Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me preenche, uma crença na embriaguez (Um tom de cor que não percebem...

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Quo Vadis
Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me preenche, uma crença na embriaguez (Um tom de cor que não percebem os olhos claustrofóbicos) Conforme os cartazes, não existo, uma impossibilidade me percorre como um sangue incolor

Quem valoriza produtos orgânicos, não resiste à uma banca de frutas em plena estrada... e, se existe uma falta real de uma apreciada, just...

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Quem valoriza produtos orgânicos, não resiste à uma banca de frutas em plena estrada... e, se existe uma falta real de uma apreciada, justifica e faz necessária a procura. A maior possibilidade seria não encontrar, em pleno sábado à tarde, algum remanescente vendedor. O olhar atento perscrutava adiante.

Restou-me de alguma leitura uma frase que, como a água do pote a que se refere, parece-me inesgotável. A frase de duas linhas sugere a via...

Restou-me de alguma leitura uma frase que, como a água do pote a que se refere, parece-me inesgotável. A frase de duas linhas sugere a viagem de quem foi e nunca deixou de ser esperado. E com dureza de itacoatiara não larga minha memória:

“A jarra está com a mesma e igual porção que ele deixou quando partiu, há mais de meio século.”

A ela vem juntar-se o parecer de um velho advogado da antiga amizade que me vendo chegar e sentar a seu lado, no lugar e hora de sempre, em tempos da sede central do Cabo Branco, tentou me adivinhar: “Você ri como defesa, para se enganar, mas o banzo é seu natural”. Ficávamos na calçada do clube, sob uma empanada que encobria a visão inquisitorial da Misericórdia. Já aposentado, doutor Jeremias Maurício de Sena mantinha lugar cativo entre os convivas, sempre reservado, ouvindo uma hora para falar um minuto. Eu ainda moço, sem escola formal, era atraído pela sabedoria menos despretensiosa daquele amigo velho. Sabedoria da lei e da vida.

No universo dos mitos, a origem do mundo é feminina. A narrativa que conta a origem do universo, a Cosmogonia, apresenta as quatro Forças...

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No universo dos mitos, a origem do mundo é feminina. A narrativa que conta a origem do universo, a Cosmogonia, apresenta as quatro Forças Primordiais, Caos, a primeira delas, depois Gaia, a Terra de amplo seio, em seguida Tártaro nevoento e Eros, a força cujo surgimento passou a promover a vida. A primeira ação de Eros foi impulsionar à geração da vida Gaia, que, a partir de si mesma, deu à luz Urano, o Céu, primeiro rebento da primeira linhagem divina. Trata-se do elemento masculino com quem ela gerará, agora através do coito, seus outros filhos. Após a decepação dos seus órgãos genitais por Crono, seu filho mais novo, enquanto realizava o coito com Gaia, encontrando-se no ventre da mãe Terra sem poder sair à vida, pois o pai não permitia, Urano passará a fertilizá-la constantemente através da chuva. Logo, é a partir dela, de Gaia, da força feminina, que surge o elemento masculino, Urano.

Toda manifestação homofóbica se resume na falta de amor, de respeito para com o próximo, com a comunidade e com a vida íntima alheia. Resp...

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Toda manifestação homofóbica se resume na falta de amor, de respeito para com o próximo, com a comunidade e com a vida íntima alheia. Respeito que não deve se limitar às relações entre homens e mulheres, mas entre quaisquer indivíduos que desfrutem comunhão afetiva. A harmonia de um relacionamento, de um ambiente familiar transcende a questão de gênero, pois é uma virtude de caráter e de nobreza. Há muitas relações homoafetivas em que existem muito mais dignidade, amor e respeito do que entre casais de sexo oposto.

Muito nos impressionaram as notícias recentemente divulgadas sobre a maneira discriminatória com que o empresário depoente na CPI da Covid se referiu ao senador Fabiano Contarato,
bem casado há mais de uma década com o fisioterapeuta Rodrigo Groberio, com quem tem dois filhos. Infelizmente isso ainda acontece, conquanto vivamos uma época em que o preconceito e a discriminação, sob qualquer forma, têm sido rejeitados pela sociedade pensante, com ênfase na mídia nacional e internacional, inclusive no Jornal A União, que dedica amplos espaços de abordagem correta acerca da diversidade humana, com séria rejeição a manifestações de comportamento homofóbico.

A ciência da psique já atestou que não há possibilidade alguma de redirecionamento de perfil sexual através de nenhuma terapia. A tendência para comunhão afetiva entre iguais é visceralmente pessoal, espontânea, e pode variar com as condições, o meio, as emoções e todo um contexto que envolve cada individualidade. Além de ser uma questão puramente pessoal e que não diz respeito a ninguém, as modernas pesquisas científicas apontam para que a tendência à comunhão afetiva entre pessoas do mesmo sexo pode até vir na genética, com a própria vida, ou na formação biológica. Por isso que a OMS a retirou de sua lista de doenças, desvios ou perturbações psíquicas, há algum tempo.

Há meia dúzia de anos, foi espantosa a repercussão positiva em cidades do mundo inteiro por conta da decisão da Corte Suprema dos Estados Unidos reconhecendo o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Curiosamente, a mesma decisão de nosso Supremo Tribunal Federal, há alguns anos, não teve igual acolhimento da opinião pública, ainda que o nosso país haja se antecipado, estendendo os direitos matrimoniais por unanimidade.

Chico Xavier, eleito em votação nacional como o “Maior brasileiro de todos os séculos”, aborda o assunto de forma sensata e educativa, no livro Vida e Sexo, ditado pelo espírito Emmanuel:

“A homossexualidade, definida no conjunto de suas características por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas. Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais”.

Como símbolo de uma vida dedicada ao amor fraterno com uma produção de centenas de livros, dos quais nunca se disse autor e não quis receber nem um centavo, tendo doando às causas sociais todos os lucros obtidos, Chico coloca o amor muito acima da identidade de gênero. Afinal, espírito não possui sexo e o sentimento entre eles, que é o que perdura além da vida material, está em outro nível. Jamais deveria incomodar a quem quer que seja.

E prossegue:

“Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender porque razão esse ou aquele preconceito social impedirá certo número de pessoas de trabalhar e de serem úteis a vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. “Acreditamos que o tempo e a compreensão humana traçarão normas sociais susceptíveis de tranquilizar quantos se vinculam a semelhante segmento da comunidade, assegurando-se-lhes a benção do trabalho com o respeito devido a todos os filhos de Deus. Até que isso se concretize, não vejo qualquer motivo para críticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com os nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas”.

Chico Xavier conclui brilhantemente, com a dignidade que pautou seu exemplo de amor:

“Dia virá em que a coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos”.

Isso é amor!

Não há seringueiras na Rua das Seringueiras, assim como não existem imburanas na Rua das Imburanas ou pinheiros na via batizada com o nome...

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Não há seringueiras na Rua das Seringueiras, assim como não existem imburanas na Rua das Imburanas ou pinheiros na via batizada com o nome da árvore simbólica do Natal. A exceção deve ser as castanholas na Rua das Castanholas, já que essas plantas parecem se adequar a qualquer espaço pelas vias da cidade.

Uma pena não encontrar as belas cerejeiras no logradouro que homenageia a planta símbolo do Japão. Decepcionante também não descobrir um lugar cheio de flores na Rua das Flores. Afora o nome poético, a foto revela um lugar comum.

O budismo, cuja filosofia me interessa muito, diz que nós inventamos desejos e nos tornamos dependentes deles. Sei disso a partir de vária...

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O budismo, cuja filosofia me interessa muito, diz que nós inventamos desejos e nos tornamos dependentes deles. Sei disso a partir de várias experiências. Uma delas foi o cigarro. Sim, já fui fumante. Aliás, acho que quase todo mundo da minha geração foi.

Não conheço ninguém que gostou do cigarro da primeira vez que provou. Gosto ruim na boca, tontura, enjoo. Com o tempo, a pessoa aprende a gostar, e vou dizer, pense numa coisa difícil de largar. Quem já fumou sabe disso. Conheço muita gente que largou há anos e ainda sente falta. Não é o meu caso. Foi a própria filosofia do budismo que me ajudou nesse sentido.
O meu pensamento foi simples: se eu já vivi sem isso, posso voltar a viver. Assim consegui me livrar de um mau hábito que mantive por muitos anos e, o que é pior, consciente dos prejuízos que aquilo me causava.

Vez por outra penso nisso com relação às redes sociais. Lembro quando uma amiga me sugeriu abrir uma conta no Facebook. Fui resistente no início, mas cedi. Foi muito interessante começar a encontrar amigos que não via há algum tempo, familiares que estavam morando fora, curtir postagens engraçadas, músicas, fotos, fazer amizade com gente que não conhecia "em carne e osso". Com o passar do tempo, fui me animando e comecei a escrever alguns textos e publicá-los ali. As pessoas interagiam, curtiam e isso foi se tornando cada vez mais divertido. Uma ou outra treta também acontecia, mas era algo raro.

Um dia escrevi um texto chamado "Você não é obrigado a nada". Postei e, de uma hora para outra, centenas de pessoas estavam me solicitando amizade. Essa frase até virou "meme" ou o "meme" serviu de mote. Isso foi em 2015 e esse texto continua sendo muito compartilhado. A experiência permaneceu interessante e segui escrevendo e postando. Novos amigos foram chegando, alguns passaram a me ajudar, corrigindo erros, incentivando que escrevesse mais, sugerindo temas. Algumas deles, até viajei para conhecer pessoalmente. Outros, recebi aqui em João Pessoa, inclusive na minha casa. Não me desapontei. Pelo menos os que encontrei aqui, em São Paulo, Curitiba e Fortaleza foram do tipo "o santo bateu".

Continuei escrevendo e fazendo amigos novos e antigos. E a outra verdade é que criei uma necessidade. O Facebook passou a fazer parte da minha vida diária. E deve ser assim na vida de muitos. Plataforma política, paqueras, muro de lamentações, poesia, literatura, humor, gente talentosa e, claro, coisas desagradáveis também. As últimas eleições presidenciais exacerbaram demais o lado tóxico das redes.

Cancelamento, linchamento virtual, agressividade, intolerância.

Muitos começaram a abandonar a interação para se protegerem. Sim, tudo pode se tornar nocivo. Mas, preciso admitir, para mim sempre foi mais prazeroso do que ruim. Vez por outra acontece de retirar alguém do meu grupo de amigos ou de ser retirado. Enfim, é o mundo virtual permitindo que você "dê sumiço aos seus desafetos".

De todas as gostosuras que essa rede me trouxe, o contato com o povo das artes foi a coisa mais gratificante. Poetas e escritores que admiro interagindo comigo. Artistas plásticos que amo, atores e atrizes, músicos, palhaços. E pessoas interessadas nesse universo, que fazem postagens lindas, divertidas e inteligentes.

A semana passada, levei um susto gigante. Um amigo comentou a minha idade e fui nas minhas informações ver o que estava ali registrado. Minha conta foi desativada. Não foi bloqueio, coisa pela qual alguns têm passado. Simplesmente recebo um aviso que não tenho idade suficiente para usar o Facebook e por isso não tenho acesso à minha conta. Eles me pedem que mande um documento de identidade, que comprove meu tempo no planeta, mas de nada adianta. Que sensação horrível. Foi como se tivesse chegado em casa de uma viagem e a encontrasse completamente vazia, saqueada.

Aquilo me deu um desamparo enorme. Bia, minha amiga, falou em "morte virtual". E foi assim que me senti. Pensei numa música em que Gil fala da morte. Eu "morri" mas ainda estava lá. Me botaram para fora da festa. Desapareci para meus amigos, que ficaram sem saber o que aconteceu. E cada vez que lembro de alguém que gosto ou de um texto que não salvei meu peito congela.

Ainda conversando com Bia, ela me perguntou se vou criar nova conta. Respondi que não sei, que talvez eu ressuscite no sétimo dia. Ela falou — entendendo ao que me referia — que é no terceiro. Sete foi a criação do mundo. Rimos juntos e já surgiu a ideia para a primeira música da TRILHA SONORA: Meu Mundo Caiu, de Maysa


As outras são:

Volta (Lupicínio Rodrigues), com Gal Costa ▪ Coragem, Coração (Carlos Rennó / Cláudio Monjope), com Ney Matogrosso ▪ Não Tenho Medo da Morte , Gilberto Gil ▪ Começar de Novo (Ivan Lins / Vitor Martins), com Simone

A pandemia não foi de todo embora; persiste em casos esparsos, que assustam e às vezes matam. Ainda assim, é grande a pressa das pessoas p...

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A pandemia não foi de todo embora; persiste em casos esparsos, que assustam e às vezes matam. Ainda assim, é grande a pressa das pessoas para voltar ao antigo normal. Isso se explica pelo longo tempo em que o coronavírus privou-as de liberdade, modificando hábitos, dificultando a convivência e fazendo a maioria se enfurnar em casa.

A casa existe como um contraponto da rua, é o lugar para onde se volta depois de sair (com todas as ressonâncias simbólicas que esse gesto possui).

Alcançar a plenitude da vida exige sacrifícios, algumas dores e inúmeras inquietações. Do desejo à concretização, é preciso ser paciente...

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Alcançar a plenitude da vida exige sacrifícios, algumas dores e inúmeras inquietações.

Do desejo à concretização, é preciso ser paciente! É imprescindível acreditar no que se faz e naquilo que, verdadeiramente, se quer alcançar!

Somente após este inquietante processo interno, a vida se exterioriza, revelando a mais absoluta das belezas e plenitudes!

Angela Merkel, a primeira-ministra alemã, como se sabe, está se aposentando, após quase vinte anos à frente do governo do mais importante ...

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Angela Merkel, a primeira-ministra alemã, como se sabe, está se aposentando, após quase vinte anos à frente do governo do mais importante país europeu, pelo menos em termos econômicos. É uma aposentadoria voluntária e não imposta por alguma derrota eleitoral ou por qualquer outro tipo de desgaste político. Foi anunciada já há algum tempo, o que é surpreendente, pois significa a espontânea renúncia ao poder, objeto de tanto apego por parte da totalidade dos que o detêm, por parte de uma líder no auge de seu prestígio e de sua popularidade. Um gesto, portanto, absolutamente raro e admirável, num mundo extremamente marcado pela ambição e pela total ausência de desprendimento.

Quem passou dos 60 e viveu a infância no interior, certamente, lembra disso. Os grãos – esverdeados e separados em duas bandas – chegavam ...

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Quem passou dos 60 e viveu a infância no interior, certamente, lembra disso. Os grãos – esverdeados e separados em duas bandas – chegavam das feiras livres e mercados públicos para os quintais onde um tacho e o fogo os aguardavam.

Na minha e na casa de muitos, qualquer que fosse a região do País, o melhor café não vinha empacotado das prateleiras de armazéns, ou bodegas. Surgia, isto sim, dos tachos sobre fogo de lenha.