“Quintilius Varus, devolve as minhas legiões!” Quintili Vare, legiones redde! . Suetônio nos relata que o grande desastre romano na ...

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“Quintilius Varus, devolve as minhas legiões!”
Quintili Vare, legiones redde!.

Suetônio nos relata que o grande desastre romano na batalha de Teutoburgo, em 9 d.C., na Germânia, onde três legiões foram massacradas com seu general, Quintílio Varo, seus oficiais e todas as tropas auxiliares, causou grande consternação ao imperador Otávio Augusto César, ao ponto de ele deixar crescer a barba e o cabelo por vários meses, e, de tempos em tempos, bater a cabeça contra a porta vociferando contra Varo, para que lhe devolvesse as suas legiões. Diz ainda Suetônio, que o aniversário desse desastre (clades) foi doravante para

'Eu dei tudo o que pude dar. O que eu consegui aqui, nunca mais alcançarei'. Assim Camille Saint-Saëns falou sobre a última Sinfon...

'Eu dei tudo o que pude dar. O que eu consegui aqui, nunca mais alcançarei'. Assim Camille Saint-Saëns falou sobre a última Sinfonia, uma das glórias de sua prodigiosa vida na música. A “Sinfonia do Órgão”, a terceira, é tida como uma das obras orquestrais mais significativas e tecnicamente sofisticadas do final do século XIX. Nela desfruta-se de uma notável concatenação de melodias, cores e invenção temática caleidoscópica que a tornaram tão apreciada, desde sua estréia em 1886.

As rodas de conversa são um caminho para compartilhar os medos, desejos, fragilidades. Ela precisa ter medo para preservar o tempo e a vid...

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As rodas de conversa são um caminho para compartilhar os medos, desejos, fragilidades. Ela precisa ter medo para preservar o tempo e a vida.

Ela precisa do medo para o autocontrole e ruptura do insensato. Ela precisa. O olhar ficou sofisticado e o espaço pequeno. Ela busca a expansão no divã do analista e no diário escrito à mão.

Minhas primeiras lágrimas no cinema datam de 1957, ou 58, por aí assim, se é que se possa tratar por cinema a tela pequena instalada por S...

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Minhas primeiras lágrimas no cinema datam de 1957, ou 58, por aí assim, se é que se possa tratar por cinema a tela pequena instalada por Seu Zé Ribeiro no Mercado Público da paraibana Pilar, às noites das quartas-feiras, dos sábados e domingos para a exibição de filmes alocados no escritório da Metro, no Recife, sobretudo ali.

Seu Zé tomava um dos trens da Great Western (depois Rede Ferroviária do Nordeste) pela manhã e regressava ao fim da tarde com sua bagagem mágica

Nascido Marcos Antônio Carlos Alberto Bertoso seu nome foi diminuindo até se consolidar como Macêpa. Estreou no Manaíra e foi adotado pel...

Nascido Marcos Antônio Carlos Alberto Bertoso seu nome foi diminuindo até se consolidar como Macêpa. Estreou no Manaíra e foi adotado pelos poderosos porque tomava conta dos seus carros. Chegou a ganhar uma casa que trocou, três meses depois, por uma geladeira. Registro que em 15 dias a tal geladeira quebrou para nunca mais.

Uma vez eu o levei para morar em meu apartamento no Rio de Janeiro, onde lhe franqueei conta aberta no restaurante que havia em frente ao prédio. Dias depois ele me surpreendeu dizendo que queria voltar porque não me aguentava mais. Paciência; fazer o que? Embarquei-o de volta a João Pessoa e no dia seguinte fui ao tal restaurante pagar o seu consumo. Em 10 dias aquela hipótese humana (no dizer do Professor Dorgival) havia comido “apenas” 22 estrogonofes de camarão.

Quando, com salário insuficiente, trabalhei também com publicidade, colecionava publicidade impressa. Um anúncio dos anos 70, 80, reco...

Quando, com salário insuficiente, trabalhei também com publicidade, colecionava publicidade impressa. Um anúncio dos anos 70, 80, recortado de uma revista Visão ou Veja, me chamou atenção: o da nova Olivetti – máquina de escrever a caminho do computador - , em que essa provocativa chamada “O que eles tinham que você não tem?” vinha com retratos de Einstein, Leonardo e Freud.

Resposta:

Imaginemos a seguinte situação: Antes de levar o livro para seu editor, Machado de Assis pede para alguém qualificado fazer a leitura crít...

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Imaginemos a seguinte situação: Antes de levar o livro para seu editor, Machado de Assis pede para alguém qualificado fazer a leitura crítica de seu “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.

— Tem um problema gravíssimo nesse livro, meu caro! Não vai dar certo uma obra cujo narrador é um defunto. Nem Augusto dos Anjos ousou enredo tão mórbido! – diz o cara após a leitura crítica.

      FECHADA PARA O MUNDO Havia esse ritual De pôr a mesa Na esperança de Congregarmos o pão. Mas a mãe não Sentava à mesa ...

 
 
 
FECHADA PARA O MUNDO
Havia esse ritual De pôr a mesa Na esperança de Congregarmos o pão. Mas a mãe não Sentava à mesa Porque não sabia Segurar os talheres Comia com a boca

Dona Clotilde até que gostava de após as duas refeições maiores, o almoço e o jantar, de dar uma bicadinha num golezinho de cachaça. Coisa...

Dona Clotilde até que gostava de após as duas refeições maiores, o almoço e o jantar, de dar uma bicadinha num golezinho de cachaça. Coisa pouca, menos que um dedinho. Segundo ela, era bom para a digestão, fazia bem ao quilo. Já Epaminondas, o marido, não encarava nada que fosse alcoólico, nem um tiquinho, mesmo que fosse daquele licor de jenipapo que guardavam na geladeira para fazer sala às visitas.

Ele não reclamava do hábito da esposa e nem ela insistia para que o consorte experimentasse uma cervejinha que fosse. Epaminondas era (eu disse, era) o homem com o qual muita mulher gostaria de ter juntado os panos. Um maridão! - diziam. Trabalhador, não fumava, não jogava e...E? Não bebia. Mas sabem os meus leitores como é essa tal de vida.
Sempre tem alguém para desencaminhar um homem de bem. Tanagildo Garrafa era um desses elementos que gostava de tirar um vivente do bom caminho.

A criatura em questão era irmão de Dona Clotilde, o que nos permite sem exigir muito dos neurônios, concluir que era cunhado de Epaminondas. Dizem uns, que cunhado não é parente, é castigo. O caso aqui confirma o postulado. Pois foi esse biltre que desencaminhou o pobre.

Tudo começou quando foram chorar um defunto. No avançado da noite, pouca gente velando o falecido, um frio de rachar e os dois ali prestando solidariedade à viúva. Lá pelas tantas Tanagildo chamou Epaminondas para um particular.

– Cunhado, sei que você não bebe, mas vamos dar uma saída e tomar um golinho pra rebater a friagem?

– Não bebo, você sabe disso. Um café bem quente até que eu encarava.

– Umazinha só, pra espantar o capeta. Defunto como Tiãozinho merece nossa consideração. Era um homem de bem e olha só como é o destino Tá aí, vai virar refeição de minhoca.

Epaminondas começou a matutar. De que valia a vida? Olha só o Tião, ontem bonzinho da silva e hoje aí, todo esticado. Que Deus dê um bom lugar a ele e conforto à família. – Quer saber de uma coisa, Tanagildo? Vou aceitar um golinho pra espantar os maus pensamentos – e tudo começou com aquele golinho. Dias depois vieram outros, outros…

Para encurtar a história, Epaminondas se tornou um cachaceiro e dos mais aplicados nesse, digamos, atributo. Tomava todas. Aquele homem dedicado ao trabalho e à família, escafedera-se. Tornou-se irresponsável e não raros eram os dias em que passava completamente embriagado. E começou a ser figurinha fácil em botecos e velórios. Isso mesmo, começou a frequentar velórios. E todo mundo sabe, em velório que se preza rola uma “água-benta”, discretamente, mas rola. Nessas centrais especializadas em cerimônias fúnebres, não. Mas se as exéquias são na casa do defunto, sempre a “marvada” aparece.

Dona Clotilde já andava até desanimada com a metamorfose daquele com quem dividia os travesseiros e passara a ter que suportar um bafo de bode daqueles. Estava difícil, mas como não há mal que não se acabe e bem que sempre dure, assim, meio de surpresa, Deus chamou Epaminondas para uma conversa. Ele foi.

Então agora, o “homenageado”, ia ser ele, o nosso pinguço. Os homens da funerária levaram o corpo para o “Caminho do Céu”, uma casa especializada em despachar gente para a chamada última viagem. Velório concorrido. Compareceram os familiares, amigos da repartição em que trabalhara, os vizinhos e como não poderia faltar, a turma da manguaça, dentre eles o cunhado Tanagildo.

Aos presentes, a casa oferecia água e um cafezinho servido em copinho de plástico e olhe lá. Foi então que o cunhado tomou a iniciativa de organizar aquele encontro.

– Epaminondas merece nossa consideração. Onde já se viu despedir de um amigo dessa qualidade sem tomar uma coisinha. E vai ser whisky e dos bons. Vamos fazer uma vaquinha.

E passou a recolher os donativos. Trocados de um, de outro, e foi juntando o que podia. A turma do alambique não deixou de dar sua contribuição. Até que a viúva viu o alvoroço e chegou junto.

– Juntando dinheiro pra quê, Tanagildo?

– Irmã, você me desculpe, mas é a última vez que vemos esse homem que era só bondade; então resolvemos tomar uma coisinha pra gente se despedir.

Dona Clotilde até se comoveu com a singela homenagem:

– Então me digam quanto é a minha parte. Com quanto eu entro?

– Não precisa, não. Você já entrou com sua parte.

– Como assim?

– Minha irmã, você entrou com o defunto.

Outro dia estava com meu amigo, num restaurante, e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom, muito cortês, logo perguntou se quería...

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Outro dia estava com meu amigo, num restaurante, e vimos um vinho daqueles bons e caros. O garçom, muito cortês, logo perguntou se queríamos aquela safra para acompanhar o pedido. Meu amigo, sem pensar duas vezes, disse: “mete o saca-rolha”.

Depois de dar boas risadas com a expressão, ele me contou que a frase servia para a vida; que tempos atrás havia perdido um grande amigo possuidor de uma grande adega com vinhos caríssimos, e os deixava lá, sem abrir.

O mercado de trabalho no Brasil experimenta uma realidade preocupante: jovens se adaptando a condições de sub-emprego, sem registro na C...

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O mercado de trabalho no Brasil experimenta uma realidade preocupante: jovens se adaptando a condições de sub-emprego, sem registro na CLT e com baixa renda. Vivendo de “bicos”, passam a integrar o grande número dos que estão envolvidos nas atividades que ficam à margem da formalidade. É um efeito atrasado da crise econômica que atinge o país nos anos recentes, alcançando fortemente a juventude.

Fiz o Exame de Admissão ao Ginásio no Lyceu, no final de 1963, ainda no tempo de provas escritas e orais. Estudando no Lyceu de 1964 a 197...

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Fiz o Exame de Admissão ao Ginásio no Lyceu, no final de 1963, ainda no tempo de provas escritas e orais. Estudando no Lyceu de 1964 a 1970, uma vez ou outra eleito Presidente de Turma (cada turma ou classe elegia seu representante junto ao Diretório Central), seria inevitável o envolvimento com política estudantil. O movimento estudantil era um imã poderoso que atraía todo mundo, inclusive o sujeito mais desligado em matéria de política, que muitas vezes se via correndo da polícia pelo simples fato de estar no protesto acompanhando a namorada.

Sou do tipo que entende que as boas coisas da vida devem ser compartilhadas. E as coisas ruins, esquecidas ou denunciadas. Por isso é qu...

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Sou do tipo que entende que as boas coisas da vida devem ser compartilhadas. E as coisas ruins, esquecidas ou denunciadas. Por isso é que estou aqui neste momento pensando em dividir com vocês a boa experiência que tivemos a oportunidade de vivenciar, recentemente.

Se há algo que ainda me faz acreditar na vida é a capacidade de pensar e, como consequência, de escolher. Pensar bem, embora outras vezes...

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Se há algo que ainda me faz acreditar na vida é a capacidade de pensar e, como consequência, de escolher. Pensar bem, embora outras vezes nem tanto, mas pensar de forma que reflita o produto de minhas experiências.

Pensar mesmo com algumas imperfeições, mas como resultado do que me passaram meus pais, meus livros, os filmes que vi, a música que ouvi e as pessoas com as quais me identifiquei.

É comum se discutir a eficiência da psicanálise. Segundo alguns, como método terapêutico ela tem perdido terreno para procedimento...

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É comum se discutir a eficiência da psicanálise. Segundo alguns, como método terapêutico ela tem perdido terreno para procedimentos mais práticos e objetivos, como os da psicologia cognitivo-comportamental. Para outros, entre os quais me incluo, o valor da psicanálise situa-se além do divã; está em seus reflexos na Cultura.

A psicanálise não é apenas um método clínico. É sobretudo uma forma nova de ver o ser humano. Antes de o mestre vienense descobrir o inconsciente, o homem contentava-se com a soberania da razão. Achava, com Descartes, que existia porque pensava. Freud alargou a dimensão do eu; mostrou que há domínios obscuros, irracionais, que determinam o que somos – ou o que desejamos ser.

Manoel Jaime (Xavier Filho) faz parte de uma confraria de médicos intelectuais que muito tem abrilhantado a cultura paraibana e brasileira...

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Manoel Jaime (Xavier Filho) faz parte de uma confraria de médicos intelectuais que muito tem abrilhantado a cultura paraibana e brasileira ao longo de nossa história. Sem nenhum prejuízo para o competentíssimo exercício da gastroenterologia, sua especialidade, é notável seu interesse, sua dedicação e – por que não dizê-lo – seu amor pelas coisas da literatura, da história, da arte, enfim, da cultura como um todo. E não é de hoje. Sua trajetória profissional e humana está aí para provar esse “namoro” antigo com as manifestações culturais, já que seu “casamento” foi mesmo com a medicina, sem nenhum demérito para Iracema, sua querida e valorosa companheira de vida. A propósito, quem primeiro vi chamar a atenção para essa dualidade afetiva (medicina e cultura) foi o também médico e também intelectual Guilherme D’Ávila Lins,