Como acentuei na crônica passada, o ingresso de Rubens Nóbrega na imprensa se deu quando dei as costas ao batente das redações, da afanosa responsabilidade com a notícia, dificilmente isenta por completo do julgamento velado do repórter ou redator, por mais que busque a exatidão. Fica explícita, na ressalva que faço, a experiência particular de quem fez tudo para seguir o manual, mas precisaria cortar as mãos para cobrir, com isenção, o conflito agrário que se estendeu às portas da nossa capital desde a criação das Ligas Camponesas, abafado pelo golpe de 1964. Com João Manuel, Adalberto Barreto, Severino Ramos, Hélio Zenaide, vivemos situações absurdas para quem tem noção dos direitos alheios. E só depois daquela manhã abençoada de 1973, quando Marcone Gois, sem motivo relevante, me despachou desses cuidados, alguns tormentosos, é que vim saber do verdadeiro significado do chamado “bilhete azul”.
Frutuoso Chaves
Rubens, Frutuoso, Agnaldo têm muito a ver com o nível técnico e a consciência profissional da geração de hoje, boa parte bem visível nas páginas de A União, a maioria no rádio, na televisão e no jornalismo de suporte volátil das chamadas redes sociais. Vivência que ele reparte com Carmélio Reynaldo, prefaciador e personagem; Duda Moura Teixeira de Carvalho; Fred Seixas; a competente e solícita Livramento; Pedro Moreira; o time que jogou com ele em sua estreia em O Norte. Não esconde como chegou a chorar com sua demissão da editoria do Correio, em 1988, o jornal que ele e equipe levaram “a arrebatar do ‘associado’ a liderança de circulação na Paraíba”, O Norte que, a partir de 1970, mercê da equipe que eu, com orgulho, havia aglutinado com Aluísio Moura, alcançou por quase 20 anos essa situação de liderança, embora eu tenha permanecido por poucos anos.
Com o tempo, resta-nos, isto sim, o conforto edificante dessas memórias, ainda que chorando diante das ruínas que restam hoje do prédio da Pedro II.





















