Nunca me canso de cultivar reflexões acerca das maravilhas desse mundo, tão pequenino diante da infinitude cósmica, quanto imenso perante o universo microscópico, ainda mais espantoso. Imagino que se aqui na Terra nos foi permitida inteligência humana capaz de criar uma música como a Nona Sinfonia de Beethoven ou o Adagio da Gran Partita de Mozart, o que se pode esperar do além mundo? Maravilhas ainda mais extraordinárias, evidentemente.
Guilhem Vellut
Naquele transe íntimo e extasiante pude saborear um pedacinho do Reino dos Céus que Jesus conferiu às crianças, aos humildes, aos “pobres de espírito”, carentes de perspicácia, mas ricos de pureza e bondade. É o mesmo que sentimos ao olhar para esse céu brilhante, escutar o barulho do mar que se movimenta acolá em ondas macias, e ouvir o pio que a corujinha entoa pela noite adentro na relva orvalhada.
Assim, consolido um entendimento profundo em torno da fé que tais imagens refletem na expansão da consciência, provocando um estado d'alma raro e precioso, que nunca deveríamos esquecer. Quisera pudesse permanecer assim, mesmo diante das vicissitudes, da frenética correria urbana, das nuances de saúde, próprias da condição humana, dos fatos que se nos apresentam equivocadamente como infortúnios e inoportunos por nossa limitada visão.
Andy Chilton
Órgão da Igreja Notre Dame de Paris





















