Desejo Os raios Da manhã O som da concha Morta A liberdade Dos peixes no mar E o vento que sustenta As asas dos voantes

A cor que custou a maior das dores

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
 
 
Desejo Os raios Da manhã O som da concha Morta A liberdade Dos peixes no mar E o vento que sustenta As asas dos voantes Desejo a rocha Que forma montanhas Águas que se somam mares E as estrelas que fazem Sistemas solares Luas que regulam poemas de amores Além das escalas das marés Um banco de praça E uma poesia para a alegria dos cornos Desejo a imensidão De eus Desejos E revoltas Alegrias E a porta aberta Para todas as outras portas Que se banhem de sol





Absinto Tonto Átomo Como coisa Única Universo Um átomo Embriagado





Meu reino Meu cão leal Minha alma As cores que vejo Os véus que me Envolvem Tiáras Meias-luas Bengala como cetro Meu reino De humano Coroa raspada Trono de rodas Cadeira flutuante E o governo do tempo Tempo Meu cão leal A minha alegria





As cores dos homens Estão em suas almas Em seus deuses Em seus desejos As cores dos homens Moram mais em bandeiras Que em suas peles — As convenções dos homens Mas a cor preta nos homens É um caso à parte, Porque sua cor Custou a maior das dores: Dor de existência, De servidão, De estigma, De exclusão. A cor dos homens Não é única, E minha alma É negra.

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  1. Parabéns Amigo Poeta Aurélio! Sua poesia é encantadora em todos os sentidos!

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