As celebridades são sempre exigentes na hora de permitir que suas imagens sejam divulgadas em reportagens e anúncios comerciais. E o Photo...

photoshop


As celebridades são sempre exigentes na hora de permitir que suas imagens sejam divulgadas em reportagens e anúncios comerciais. E o Photoshop ajuda a alimentar essa vaidade.

michael jackson

A criação de uma senha geralmente é uma experiência enfadonha. Não se pode lançar mão de termos comuns, de caracteres repetidos ou mesmo d...

gerador de senhas


A criação de uma senha geralmente é uma experiência enfadonha. Não se pode lançar mão de termos comuns, de caracteres repetidos ou mesmo de datas, porque tornam a senha insegura. Diante dessas limitações, a palavra que criamos acaba por tornar-se difícil de fixar na memória.

O homem é um animal que deseja. Que deseja muitas coisas. E quando não as obtém, sofre forte frustração, que o leva à depressão. Ocorreu qu...

O homem é um animal que deseja. Que deseja muitas coisas. E quando não as obtém, sofre forte frustração, que o leva à depressão.

Ocorreu que no feriado dos, impropriamente, chamados mortos ou finados, pela manhã, andei a passear os olhos nos livros da minha biblioteca, quando um deles me chamou a atenção. Tratava-se de “Teoria e pesquisa em sociologia”, do sociólogo norte-americano Donald Pierson. Ora, e eu estava justamente desejando escrever sobre os desejos humanos, tema que aquele mestre estudou muito bem.

Segundo a ótica do professor Pierson, são quatro os desejos fundamentais do homem. Saberá você quais são? Quanto a mim concordo com a classificação do mestre, conquanto gostaria de incluir mais um na sua relação.

Mas vejamos, aqui, quais são os desejos humanos considerados fundamentais pelo Dr. Pierson: primeiro, desejo de correspondência, segundo, desejo de ser apreciado, terceiro, desejo de novas experiências e, finalmente desejo de segurança.
Com referência ao primeiro, aqui para nós, quem deseja ficar sozinho no mundo, isolado, sem amigos? Sinceramente, acho que ninguém. O outro é o nosso reflexo. Quanto ao segundo, não há nada a contestar. Gostamos bastante de ser apreciados, considerados, admirados. Aí entra a vaidade, a natural e humana vaidade.

Continuemos com a lista de desejos e vejamos o terceiro apontado pelo sociólogo: o desejo de novas experiências. Nele entra a viagem, a busca da aventura, da novidade, o apetite de novas emoções. E concluindo a relação, termos o desejo de segurança. Este, segundo o Dr. Pierson, se contrapõe ao desejo de novas experiências.

Diz o ditado popular que quem não arrisca, não petisca. É preciso, portanto, sair da rotina para a aventura, pois só assim ganharemos experiências. E a experiência é tudo na vida. Daí a vantagem do moço para o mais avançado no tempo. Nunca diga: “fulano é velho”, e sim: “fulano é mais experiente”.

A verdade é que concordo com a relação dos desejos humanos exposta pelo eminente sociólogo. E se eu tivesse de acrescentar mais um desejo, mencionaria o desejo de transcendência. O desejo de sair do horizontalismo material para a verticalimo espiritual. Vale lembrar que o homem é um animal que pensa, logo, que transcende. Transcendência que o leva à reflexão. Transcendência que é religiosidade. Há, portanto, necessidade de sair, vez por outra, da distração para a reflexão.

Mas, aqui para nós, estamos sempre procurando a distração, esquecendo estas profundas indagações: qual o sentido da vida, o que nos espera, depois da morte: o paraíso de uma consciência tranquila ou o paraíso do nada? E é justamente para esquecer estas indagações que surgem a distração, o esquecimento de si mesmo.

No passado mês de outubro, estivemos em  Montenegro  e pudemos constatar aquilo que já pressentíamos desde o momento em que avistamos algu...

kotor montenegro


No passado mês de outubro, estivemos em Montenegro e pudemos constatar aquilo que já pressentíamos desde o momento em que avistamos algumas ilustrações numa revista de viagem: o país é realmente sensacional, tranquilo e deslumbrante.

V i, numa foto do jornal, dois grupos de casinhas populares, de uma porta, duas janelas e uma rua no meio. Lembraram-me crianças, de mãos da...

Vi, numa foto do jornal, dois grupos de casinhas populares, de uma porta, duas janelas e uma rua no meio. Lembraram-me crianças, de mãos dadas, cantando o “marré-marré”, cantiga que ouvi muito, quando menino, ao tempo em que as ruas ofereciam segurança. Quase que não havia automóveis. O silêncio dominava a cidade impondo segurança absoluta às pessoas. Que lindo as crianças, pra lá e pra cá, cantando e namorando, que a vida não corria. A vida se escorria, sem pressa.

Pois bem, a foto que vi no jornal me trouxe essa lembrança, dois grupos de casinhas, lado a lado. O que uma tinha, todas tinham. Só não tinham quintais, quintais de terra batida, cheios de fruteiras, de galinheiro com galos cantando. As casinhas não tinham terraço na frente. Nenhuma podia se orgulhar. Ver uma era ver as outras. Não esquecer que eram casas de pobre, casas populares, que não tiveram engenheiros, nem arquitetos para construí-las.

E eu fiquei a refletir: será que à noite eles, os moradores, se reúnem para conversar, para fofocar, para se divertir? Evidente que sim. O ser humano necessita tanto de conversar como de se alimentar, e de respirar. Sem comunicação o homem morre. Ninguém nasce para viver isolado. Ninguém passa sem o outro, o outro, que para o filósofo Sartre é o inferno, como se ele, com seu habitual mau humor, fosse o paraíso para os outros.

Mas voltemos às casinhas, dir-se-ia de mãos dadas, lado a lado, longe das alturas, sem necessidade de elevadores, sem a presença de vigilantes, sem estacionamentos para automóveis, sem orgulho, sem piscina, sem “spa”, cinema, “kid-club”, espaço gourrmet... As casinhas que eu vi na foto do jornal, não têm nada disso. Tenho certeza, porém, que seus moradores se vêem como irmãos e nenhum deles pretendem ser mais ricos que os outros. Outra coisa: todos eles podem entrar e sair de suas casinhas, sem problema. Não são prisioneiros do conforto como os que moram “lá em cima”.

E me vem a indagação: os prisioneiros do luxo, da riqueza e do conforto são felizes? Dormem tranquilos? Volto a olhar a foto no jornal. Só lamento é que não tenham arborizado a rua que passa entre as casinhas, como um rio... Será que houve festa na inauguração ou no “lançamento” daquele conjunto habitacional?...

F oram tantos os que colaboraram nesta nossa recente viagem, às terras de além-mar, quando nos ausentando por uns quinze dias, da bem amada ...

Foram tantos os que colaboraram nesta nossa recente viagem, às terras de além-mar, quando nos ausentando por uns quinze dias, da bem amada terrinha, que não troco por nenhuma outra. É que, aqui, a gente deixa a nossa alma, a começar por esta João Pessoa, de quem hoje sou cidadão, graças à iniciativa de meu amigo Fernando Milanez, cujo pai deu-me lições de cavalheirismo e dignidade.

Mas, vamos à viagem, que me fez sair da rotina para a aventura. É bom, vez por outra, pular o círculo da rotina e arrojar-se à aventura. Dizem que se você riscar, com giz, um circulo no chão, e colocar nele um peru, o bichinho fica parado, não pula o risco, com medo, Assim, se possível, atravessemos, vez por outra, o nosso círculo, seja para um passeio a Londres, seja à Sousa ou Riacho dos Cavalos, em nosso pleno Sertão, onde nasceu meu amigo cabeleireiro Josias, do salão “Center Bella”.

Pois é, pulei mais uma vez o círculo de giz e saí numa nova aventura. com meus adoráveis familiares, como sempre costumo fazer. Mas, alem dos queridos familiares, que tal agradecer a... A quem, cronista? Aos que, em geral, ninguém se lembra de um agradecimento, a começar por estes meus olhos, que na viagem só fizeram registrar belezas por este mundo afora. Belezas naturais, belezas culturais, belezas humanas. E, para mim, o fenômeno humano está em primeiro lugar. Somos os outros. Já imaginou visitar Londres, Paris, Viena, Nova Zelândia, com suas ruas sem ninguém? O mar, por mais belo que seja, como o do nosso Tambaú, necessita do olhar humano.

Mas, como ia dizendo, graças aos outros, é possível viajar. Quantas mãos nos ajudando! Os que nos transportam, os que nos alimentam, nos hospedam, cuidam da limpeza dos nossos quartos de hotel, dos que vendem coisinhas lindas da terra que visitamos... Dos taxistas, que conhecem a sua terra na palma da mão.

Ergamos um brinde aos nossos humildes pés, aos nossos privilegiados olhos, às nossas mãos, aos ouvidos que nos levam a ouvir concertos maravilhosos.

Mas não esqueçamos dos outros. Sem eles não sairíamos do círculo de giz da rotina. Viva a nossa interdependência que a moderna tecnologia cada vez mais estimula. Graças a ela, a saudade está morrendo, e o distante cada vez mais perto...

Q uem foi que matou o eminente psicanalista, que descobriu uma coisa que vivia oculta há muito tempo, mas que ele com a sua perspicácia, des...

Quem foi que matou o eminente psicanalista, que descobriu uma coisa que vivia oculta há muito tempo, mas que ele com a sua perspicácia, desvendou? Terá sido algum lugar? Não. Alguma invenção, como o avião de Santos Dumont? Também não. Ele descobriu o nosso inconsciente, este porão de muitas das frustrações e inibições que nos chegam à superfície.

Mas, por causa dessa descoberta, o famoso psicanalista sofreu o diabo, sobretudo, dos seus colegas de profissão. E o pior é que é que ele achou de dizer que a libido, a energia sexual se manifestavam no nosso inconsciente.

Freud escreve uma obra que teve o efeito de uma bomba, denominada “Interpretação dos sonhos” e que veio à luz no início do século passado. Ora, ninguém antes dele pensou nisso. Desde que o mundo é mundo, que o homem sonha. Sonhos agradáveis, sonhos maus, que são os pesadelos; sonhos que nos deixam alegres ou deprimidos. Mas ninguém pensou que o sonho é a chave que abre o nosso inconsciente.

Quem trabalhou muito com ele, nesse negócio de psicanálise, foi o mestre suíço Jung, seu discípulo por algum tempo. Mas depois discordou do mestre, sobretudo no que tange à libido. Freud via sexo em tudo. Até no sugar do seio materno, por parte da criança.

A verdade é que o mestre vienense, sendo judeu, foi perseguido pelos nazistas, no tempo de Hitler. Os nazistas chegaram a impedi-lo de trabalhar. Humilhado, perseguido pelos asseclas do Reich, o eminente pensador viu Londres como um bom refúgio. E os nazistas impuseram um elevado pagamento, isto é, um resgate, que foi pago pelos amigos.

Só assim o mestre pôde ficar em paz. Estava livre dos inimigos. Ele só não se livrou do tabagismo, que lhe provocou um câncer na boca, o que o fez sofrer por muitos anos. E informam que sua boca exalava tanto mau cheiro, que o seu cãozinho saía de perto dele.

Curioso, a maioria dos biógrafos de Freud não informa de que o mestre morreu. Estranho, não? Pois é, o famoso psicanalista, que teve tantos inimigos, inclusive o Nazismo, não pôde se livrar do maior deles: o fumo, em forma de charuto. Seu sofrimento foi terrível. Submeteu-se a mais de trinta cirurgias. E saber que muita gente ainda continua soltando suas baforadas venenosas para desespero dos pulmões. Ainda bem que em tempo, eu larguei o fedorento vício...

S im, ela, a rainha, Rainha da Borborema, onde Jesus nasceu, segundo cantou Augusto dos Anjos, num de seus versos, esteve completando 149 an...


Sim, ela, a rainha, Rainha da Borborema, onde Jesus nasceu, segundo cantou Augusto dos Anjos, num de seus versos, esteve completando 149 anos de existência. Foi o que vi pelos jornais.

Se João Pessoa, a capital, tem o mar, sua maior referência turística. Campina tem a montanha, a serra. E fica difícil saber quem é mais belo. Eu diria que o mar é humano e a montanha é mística. Tanto é gratificante a subida como a descida. Tudo isso faz parte da vida. Jesus tanto subiu como desceu. Subiu para orar ao Pai e desceu para ensinar os homens. Subiu para se transfigurar e conversar com os espíritos de Eias e Moséis, e desceu para caminha sobre as águas do Mar da Galiléia.

Campina Grande, ao que se informa, nasceu de uma simples feira até chegar aonde chegou: uma senhora metrópole, orgulho da Paraíba, que vem se desenvolvendo progressivamente, a olhos vistos.

Mas o que é que eu tenho a ver com Campina Grande, eu que nasci numa de suas cidades satélites: Alagoa Nova? É que respirei o mesmo ar da Serra da Borborema, senti o mesmo friozinho, elevei meu olhar para o mesmo céu, um céu rico de estrelas.

Campina Grande, que tem um açude que é uma beleza, chamado Bodocongó, outro, igualmente belo, chamado Açude Velho, que agora tem até obra de Oscar Niemeyer. Campina do Treze, de seu altivo e admirável bairrismo, que não dá bolas à gente do sul, graças à sua autenticidade telúrica. Campina Grande de Argemiro de Figueiredo, o maior governador da Paraíba, o homem que remodelou a nossa capital. Campina Grande de Félix Araújo, o inspirado poeta que tanto exaltou o amor. Campina Grande do extraordinário Prefeito Elpídio de Almeida. Campina Grande do livreiro Pedrosa, que ensinou sua terra a ler, graças a sua movimentada livraria, que tinha como slogan “Faça do livro seu melhor amigo”...

Mas, aqui vai uma confissão: foi lá que nasceu meu primeiro filho, que tem o meu nome, e é hoje um Cosmólogo, Pós-Doutor em Física, de nossa Universidade Federal. E vá ver que ele ainda torce pelo seu time de predileção: o Campinense.
Sim, leitor, tenho dois filhos: um nascido em Campina Grande, e o outro, Germano, arquiteto e jornalista, nascido aqui, na Capital.

Portanto, não é sem motivo que muito me alegrei com os 149 anos de Campina, a Rainha do nosso sertão, a Capital da Borborema. E exultei quando vi, através de fotos, como a cidade aniversariante está bela e bem cuidada!

O mais importante, no entanto, é que Jesus nasceu na Serra da Borborema, segundo Augusto dos Anjos:

“Não! Jesus não morreu! Vive na terra.
Da Borborema, no ar de minha terra”.

S im, jamais imaginei que aquele fato acontecesse. A vida tem dessas surpresas. Estou me lembrando, agora, do Cavaleiro da Esperança. Que tí...

Sim, jamais imaginei que aquele fato acontecesse. A vida tem dessas surpresas. Estou me lembrando, agora, do Cavaleiro da Esperança. Que título romântico! Sim, este era o título que lhe deram.

A verdade é que ele se tornou um líder político admirado por muitos. Temido também. Era olhado com grande respeito, um respeito misturado com medo. O homem pretendia transformar o nosso país, num país comunista, ou melhor, numa ditadura igualzinha à da União Soviética. A ditadura de um Stalin, de um Lenine.

Pois bem, o Cavaleiro da Esperança conseguiu, com o seu charme, sua dialética, sua simpatia, convencer muita gente a se tornar comunista. Baixo de estatura, muito simpático, ele soube, com o seu carisma, trazer muita gente para o Partido Comunista Brasileiro.

Amado e temido, Luiz Carlos Prestes foi um líder admirável. Seus discursos eram de uma dialética convincente. E tinha uma vida limpa. Teve muitos e grandes inimigos. Mas também uma multidão de adeptos. Difícil não se convencer, ouvindo a sua palavra. Uma palavra muito diferente da do político comum. Uma palavra isenta de qualquer demagogia.

Sua maior inimiga era a Igreja. Ele era tido como um “satanás”. Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, vinha sempre à nossa capital, onde tinha muitos amigos, inclusive meu tio, João Batista Barbosa, em cuja residência se hospedava. Vinha, anonimamente, visitar o seu companheiro de partido.

E Luis Carlos Prestes, líder vermelho, Cavaleiro da Esperança, achou, certa manhã, de falar aos paraibanos. O local que o seu partido escolheu foi o Parque Sólon de Lucena, a popular Lagoa. Minha gente, aquele espaço se tornou pequeno para a multidão que desejava ouvir o líder vermelho, ao meio-dia, sob um sol de rachar. E sabe quem protestou contra a presença daquele líder? A Igreja Católica. E haja sinos chamando os fiéis para se refugiarem nos templos.

Foi aí que eu, adolescente, ouvi Carlos Prestes falando. E como o admirei, pois ele falava com muita convicção. Que simpatia no seu rosto que o sol a pino iluminava. A multidão cobria-lhe de aplausos. Os sinos se calaram.
Luiz Carlos Prestes, o líder comunista temido e respeitado, me deixou uma ótima impressão. Se estava equivocado ou não, o certo é que foi fiel ao seu ideal.

Passou-se o tempo. Aí aconteceu o que eu não esperava: anos depois, tornei a vê-lo, já bastante idoso. Não num comício, mas na Academia Paraibana de Letras, por ocasião da posse do escritor e jornalista Otacílio Queiroz. Ele estava bem perto de mim. Ele, que vivia tão longe dos meus olhos.

E com um certo cansaço, não resistiu ao sono. Um sono gostoso que me pareceu mais de criança do que de um temido líder. Eis aí uma surpresa que jamais esquecerei.