janeiro 19, 2025
Vem a ideia de ser dado, antecipadamente, à “ponte do futuro” o nome de Augusto dos Anjos. Seria uma forma de responder ao Brasil de ...
Vem a ideia de ser dado, antecipadamente, à “ponte do futuro” o nome de Augusto dos Anjos. Seria uma forma de responder ao Brasil de hoje àquela pergunta antiga de Gilberto Freyre a Zé Lins do Rego, bestificados diante da estátua imensa, na Praça do Bispo, a um general da nossa primeira República: “Quem é esse?“ – e diante da resposta: “E por Augusto dos Anjos o que vocês fizeram?”.
janeiro 19, 2025
janeiro 12, 2025
Sem formar ostensivamente no bloco dos saudosistas e, seja como for, respeitando-os, Cícero Lucena , o piranhense que pela quarta vez...
Sem formar ostensivamente no bloco dos saudosistas e, seja como for, respeitando-os,
Cícero Lucena, o piranhense que pela quarta vez administra a terceira mais antiga capital do Brasil, não parece estranho a esta (para nós riquíssima) peculiaridade histórica de João Pessoa.
janeiro 12, 2025
janeiro 05, 2025
Roço o dedo à procura do telefone de João Batista Simões, nesta passagem de ano e, sem que possa me queixar, surge Gil Messias no...
Roço o dedo à procura do telefone de João Batista Simões, nesta passagem de ano e, sem que possa me queixar, surge Gil Messias no
site de Romero inconformado com o tempo que levamos para vencer uma avenida de légua das muitas que dão nome à nova cidade litorânea sem atinar com o que lhe devemos e mesmo quem foi.
janeiro 05, 2025
dezembro 29, 2024
Indicam-me a farmácia de manipulação “que fica defronte o jornal O Norte”. Indicação de três dias atrás. Como gostei! Reparei na menina ...
Indicam-me a farmácia de manipulação “que fica defronte o jornal O Norte”. Indicação de três dias atrás. Como gostei! Reparei na menina que me falou assim e não a vi com idade para fazer de um jornal fechado há mais de quinze anos um ponto de referência. Menina recepcionista se muito nos seus 18 aninhos.
dezembro 29, 2024
dezembro 22, 2024
Será pelo nome de João Pessoa que a fome ainda campeia às margens das nossas cidades? Por mais que se invista (e como se tem investido!...
Será pelo nome de João Pessoa que a fome ainda campeia às margens das nossas cidades? Por mais que se invista (e como se tem investido!) fica difícil encontrar lógica nessa impertinência para mudar o nome da nossa capital ou abolir o que lhe foi dado, não pelo colonizador, menos ainda pelo poderes oficiais, mas pela pressão voluntária de um plenário que extravasou das portas do Teatro Santa Roza para a maioria das praças e ajuntamentos públicos acompanhados por todo o país.
dezembro 22, 2024
dezembro 15, 2024
Atraído por aforismo de Gide, saído da sombra para o Memorial que é página deste jornal, já me achava fechando a escrita à lu...
Atraído por aforismo de Gide, saído da sombra para o Memorial que é página deste jornal, já me achava fechando a escrita à luz do do poente, quando vem o pior: a tevê anuncia a morte de Dalton Trevisan. Ele de sua Curitiba, província literária isolada até então dos cânones, tornada epicentro do mais novo modo de contar. O conto clássico já havia encurtado fora das nossas matrizes, aqui e ali com Tchekhov, Katherine Mansfield, William Saroyan, para falar do que sei. Mas não havia chegado ao conto-síntese, “beirando o patético e o grotesco, a face oculta de um ser humano que sempre procura mostrar o que na realidade não é”, como flagra Afrânio Coutinho.
dezembro 15, 2024
dezembro 08, 2024
Não me lembrava mais desse título dado por Luiz Hugo Guimarães à sua experiência de encarcerado do regime de 1964 na ilha de Fernand...
Não me lembrava mais desse título dado por Luiz Hugo Guimarães à sua experiência de encarcerado do regime de 1964 na ilha de Fernando de Noronha. Publicado há 36 anos, reencontrado por acaso entre meus livros injustamente fora da estante, por alguma razão me dá as caras.
dezembro 08, 2024
dezembro 01, 2024
Deu pra notar a ausência daquele vendedor de livros usados empilhados a partir de um pé de parede da esquina esquerda do Paraíba Hote...
Deu pra notar a ausência daquele vendedor de livros usados empilhados a partir de um pé de parede da esquina esquerda do Paraíba Hotel? Era ele do lado oposto ao de Régis, este um dos antigos gazeteiros que fundou seu ponto e sua parte com o Ponto de Cem Réis à porta de entrada do hotel.
dezembro 01, 2024
novembro 24, 2024
Leio em Glauco Morais, em sua coluna da última terça-feira: “A Paraíba vive historicamente seu melhor momento econômico, tendo as ...
Leio em Glauco Morais, em sua coluna da última terça-feira:
“A Paraíba vive historicamente seu melhor momento econômico, tendo as indústrias do turismo e da construção civil como molas propulsoras do verificado desenvolvimento. Esses dois segmentos se entrelaçam numa conjunção de fatores que os permitem traçar diversos cenários futuros. (...) Outros segmentos, como os de alimentos e bebidas, entretenimento, lazer, também se irmanam com a construção civil, numa simbiose permanente de geração de empregos,
novembro 24, 2024
novembro 17, 2024
A energia de Carlos Aranha contagiou todos na noite em que lançou na Academia seu livro, “Nós / an insight” (poesia). Contagiou pri...
A energia de
Carlos Aranha contagiou todos na noite em que lançou na Academia seu livro, “Nós / an insight” (poesia). Contagiou principalmente a casa, que viu gente nova, de outras cogitações e auditórios, ocupando as cadeiras e reclamando a falta de espaços. Contagiou a crítica do acadêmico Hildeberto Barbosa, que foi da análise literária ao fervor poético.
novembro 17, 2024
novembro 10, 2024
Por mais próximo que Bayeux estivesse ou sempre esteja, meu olhar nunca se deteve em algo que se distinguisse como seu cartão postal. E...
Por mais próximo que Bayeux estivesse ou sempre esteja, meu olhar nunca se deteve em algo que se distinguisse como seu cartão postal. Em décadas e décadas de chegadas e saídas, de idas e vindas, a antiga Barreiras pouco passou de entrada ou saída para outros destinos. O ônibus entrando em Bayeux, cortando a avenida central que já foi incriminada como Corredor da Morte, e a intenção lá na frente, na ponte do Baralho ou subida de Álvaro Jorge e Matarazzo, que continuo avistando ainda que em ruínas ou cobertas de melão até que a Prefeitura ou o Estado possa transformar toda essa área abandonada num amplo recreio cultural com escola especial, centro de arte e praça de esporte aberto a todo aquele mundo pobre lá de baixo certamente rico de crianças.
novembro 10, 2024
novembro 03, 2024
Nem bem termino de ler as Elegias do poeta maduro, de Hildeberto Barbosa , expansão em ritmo de repente dos seus 70 anos, bate-me à p...
Nem bem termino de ler as Elegias do poeta maduro, de
Hildeberto Barbosa, expansão em ritmo de repente dos seus 70 anos, bate-me à porta a Regente final surgida das sombras no último fragmento do poema, dessa vez interrompida pelo desgarramento de
Vladimir Carvalho de sua obra. Obra que, por mais que eu tente comentar, pouco viria acrescentar a outra elegia, esta em prosa de Silvio Osias, escrita sob o imediato efeito da notícia e, paradoxal que possa parecer, de final feliz.
novembro 03, 2024
outubro 27, 2024
Saio do estacionamento na Marechal Deodoro com os olhos entrados no bangalô em frente, um modelo ao gosto de um século atrás, logo que...
Saio do estacionamento na Marechal Deodoro com os olhos entrados no bangalô em frente, um modelo ao gosto de um século atrás, logo que a cidade se estendeu em torno da Lagoa, espraiando-se modernosa entre Jaguaribe e Tambiá. Era a arquitetura do bem-estar da classe média nutrida pelo comércio que prosperava a leste, ladeira abaixo, até acostar ao porto colonial, ou privilegiada pelo status do funcionalismo. Inquilino na Alberto de Brito de Jaguaribe ou nas ruas da Torre, eu entretinha minhas idas e vindas diárias de olho grande nesses castelos encantados. Encantados por ficarem a rés dos meus passos e tão longe do meu emprego!
outubro 27, 2024
outubro 20, 2024
“Como foi bom te ver...” Operava-se nesta exclamação um milagre de supermercado, abelheiro em que nem sempre as vistas se dispõem a s...
“Como foi bom te ver...”
Operava-se nesta exclamação um milagre de supermercado, abelheiro em que nem sempre as vistas se dispõem a sair da lista de compras ou do chamariz das gôndolas.
outubro 20, 2024
outubro 13, 2024
Qual a praça, a rua, o parque, a vista, o horizonte que mais me toca nesta cidade inteiramente outra em relação à vila real que me ...
Qual a praça, a rua, o parque, a vista, o horizonte que mais me toca nesta cidade inteiramente outra em relação à vila real que me acolheu em meados do século passado? Vila na visão bairrista da cidade de onde saí, orgulhosa do seu comércio e da imponência de quase todas as estatísticas anteriores a 1970.
outubro 13, 2024
outubro 06, 2024
Praça foi feita para a gente sentar. Fiquei sozinho, numa noite dessas, num banco de praça que o prefeito montou no Retão de Manaíra...
Praça foi feita para a gente sentar. Fiquei sozinho, numa noite dessas, num banco de praça que o prefeito montou no Retão de Manaíra. Filha e netos mandaram parar no acostamento enquanto postavam uma encomenda nos Correios do outro lado.
outubro 06, 2024
setembro 29, 2024
Setembro era o mês de Nathanael Alves, 11 de setembro o seu dia. Se vivo fosse estaríamos levantando o cálice a estes 90 anos. Cálice, ...
Setembro era o mês de Nathanael Alves, 11 de setembro o seu dia. Se vivo fosse estaríamos levantando o cálice a estes 90 anos. Cálice, que sugere muitos sentidos, desde o sagrado aos extremos da dor.
setembro 29, 2024
setembro 22, 2024
Onde os índios se esconderam, se enfurnaram para subsistir está sob chamas. Atingidos pela fornalha ambiental da poluição , ateada pe...
Onde os índios se esconderam, se enfurnaram para subsistir está sob chamas. Atingidos pela fornalha ambiental da poluição , ateada pelo desmatamento incontrolável ou por mãos incendiárias?
setembro 22, 2024
setembro 15, 2024
Reencontro um livro de que me desfiz não sei como. Estou só, a casa no primeiro sono, a solidão da noite e o peso dos anos levando-me...
Reencontro um livro de que me desfiz não sei como. Estou só, a casa no primeiro sono, a solidão da noite e o peso dos anos levando-me juntos a recorrer à brochura encontrada por acidente num sebo pouco frequentado da Visconde de Pelotas. Ia a caminho da ótica, tombei numa saliência da calçada, indo bater entre as estantes do sebo. Deram-me água, retomei o fôlego e me vi com o olhar num livro de Palmeira, “O habitante do amanhã”.
setembro 15, 2024
setembro 08, 2024
Custa compreender como pessoas cultas e de sensibilidade para as vicissitudes da condição humana se agastem com programas sociais adota...
Custa compreender como pessoas cultas e de sensibilidade para as vicissitudes da condição humana se agastem com programas sociais adotados num país com dívida cinco vezes centenária a um povo que nasceu igual e foi encontrado plantando e colhendo com deveres e dádivas pacificamente iguais. País verde com seus arranha-céus cercados de montanhas que servem de painel ostensivo para a mais profunda desigualdade social num mundo ultramoderno. Triste e perigosa miséria, seja às margens do nosso pequeno rio Jaguaribe, em cujo pico se adensam os andares de luxo, ou da belíssima e universal Baía da Guanabara. Lá, aos olhos do mundo; aqui afrontando o deslumbre do mais novo turismo.
setembro 08, 2024