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Por que você escreve? Há quem faça para não ser esquecido, para “desabafar” (catarse), pela vaidade de ser lido, por amor. Vivo esse of...

literatura escrita estilo
Por que você escreve? Há quem faça para não ser esquecido, para “desabafar” (catarse), pela vaidade de ser lido, por amor. Vivo esse ofício por tudo isso. Não me importo se serei entendido ou aplaudido — quero suscitar sensações.

Limitações são sempre sugestivas e subjetivas. Vêm da zona do dever e seguem até a do poder. Limites andam acompanhados de incom...

estatuas gregas limitacoes superacao
Limitações são sempre sugestivas e subjetivas. Vêm da zona do dever e seguem até a do poder. Limites andam acompanhados de incompreensões, mas quando é explicitado que sua função é gerar uma felicidade, então seu denominador deve ser reavaliado.

Incitação da insígnia do pensamento é como eu definiria um insight. A mim é uma grande tarefa (risco) tecer alguns comentários sobre o...

carlos aranha poesia paraibana
Incitação da insígnia do pensamento é como eu definiria um insight. A mim é uma grande tarefa (risco) tecer alguns comentários sobre o poeta, a pessoa de Carlos Aranha e o seu primeiro livro de poemas, “Nós – an insight”

Uma das maiores preocupações das pessoas é a estabilidade financeira. A ansiedade dispara constantemente quando não se sabe quanto se ...

leitura concurso publico
Uma das maiores preocupações das pessoas é a estabilidade financeira. A ansiedade dispara constantemente quando não se sabe quanto se ganhará no mês, se o dinheiro estará na conta no dia prometido, ou se o emprego estará garantido no próximo ano. Em virtude disso, há muitos anos só aumenta o público que se dedica a concursos públicos almejando um cargo, ainda que não seja, de fato, aquele trabalho dos “sonhos”. Mas a sensação de segurança é determinante para que se busque a aprovação nos certames. Em virtude disso, propagam-se as oportunidades

Machado de Assis, em seu romance “Quincas Borba”, escreve que a inveja é “a admiração que luta”. O professor e historiador Leandro Karn...

inveja obsessao
Machado de Assis, em seu romance “Quincas Borba”, escreve que a inveja é “a admiração que luta”. O professor e historiador Leandro Karnal a define como a tristeza pela alegria alheia. O que bem dialoga com o pensamento do Bruxo de Cosme Velho. Parece, então, ser bem difícil lidar com o sucesso alheio. Para alguns, é preferível negá-lo a reconhecê-lo.

Sempre fui uma dessas pessoas que curte a solidão e fica curtindo nela. Curtindo mesmo porque, para mim, ela é curta e porque nela fico...

passaros gaivotas solidao leo barbosa
Sempre fui uma dessas pessoas que curte a solidão e fica curtindo nela. Curtindo mesmo porque, para mim, ela é curta e porque nela fico em banho-maria, aproveitando o silêncio.

Constantemente, estou em meio à multidão. Faz parte de meu ofício estar entre muitas pessoas. Afinal, um professor deve ir aonde o aluno está, mesmo que virtualmente. E com tantas redes sociais acabamos ficando conectados demasiadamente. Então, preciso me desligar.

“Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.” Clarice Lispector Eis o nosso grande desafio cotidiano: ser. Ser jovem é mais que...

inveja felicidade
“Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.”
Clarice Lispector

Eis o nosso grande desafio cotidiano: ser. Ser jovem é mais que estar jovem. Ser velho e não estar velho. A gente precisa se reinventar todo dia. Essa dinâmica da vida exige que tenhamos um desprendimento muito grande da pessoa que queremos ser e ainda não temos os instrumentais que, de fato, nos guiem. A linguagem me é essa bússola para que eu não me perca nesse mundo de possibilidades. Em contrapartida, há momentos em que nos deparamos com pessoas que não nos deixam ser.

Muitos pensam que ser revisor de textos é exercer um ofício que se restringe a viver à cata de erros de ortografia, concordância, crase...

leitura lingua portuguesa revisao texto
Muitos pensam que ser revisor de textos é exercer um ofício que se restringe a viver à cata de erros de ortografia, concordância, crase, regência, colocação pronominal, acentuação, pontuação, repetição de palavras, etc. Bem, dado que muitas são as pessoas que não dominam a gramática normativa (incluindo pré-concluintes do curso de Letras), já se deve considerar que o conhecimento desse aspecto da língua é um grande feito. Todavia, a revisão vai para além do normativismo, ela visa o aperfeiçoamento do texto, o que implica considerar questões relacionadas à precisão vocabular – a busca pela palavra “exata”,

Compreende-se a leitura como sendo uma das formas de um sujeito adquirir o letramento escolar para que assim possa atuar socialmente e ...

livro leitura leo barbosa
Compreende-se a leitura como sendo uma das formas de um sujeito adquirir o letramento escolar para que assim possa atuar socialmente e exercer sua cidadania. Não há como pensar a ideia de pertencimento sem fazer a travessia pela leitura, dado que cabe à escola apresentar tradições, costumes, a cultura da comunidade local e mundial para que os estudantes tenham ciência de sua atuação dentro do contexto sócio-histórico em que se encontram.

Tenho refletido sobre a velhice, ao me deparar com o avançar do tempo que recai sobre todos nós – de crianças a adultos, incidindo co...

velhice maturidade qualidade vida
Tenho refletido sobre a velhice, ao me deparar com o avançar do tempo que recai sobre todos nós – de crianças a adultos, incidindo com mais força a quem já passou dos 60 anos. Embora envelhecer seja encarado como um processo biológico, prefiro enxergar sobretudo pela perspectiva, deveras clichê – mas quem disse que os clichês não têm o seu valor e seu caráter de verdade, ainda que relativo? Refiro-me ao fato de que o envelhecimento é mais lamurioso quando abandonamos a potência de ser, de sonhar, do deslumbramento diante da vida.

A julgar pelo título, poderia ser mais um filme sobre o animal mamífero. No entanto, trata da história de Charlie, um professor de lite...

filme baleia darren aronofsky
A julgar pelo título, poderia ser mais um filme sobre o animal mamífero. No entanto, trata da história de Charlie, um professor de literatura inglesa, gay, obeso, pesando quase 300kg. Dirigido por Darren Aronofsky, a obra fílmica, ainda em cartaz nos cinemas, é protagonizada por Brendan Fraser, conhecido amplamente por sua participação em “A múmia”.

“Por que motivo as crianças, de modo geral, são poetas e, com o tempo, deixam de sê-lo?”, questiona Drummond no artigo “A educação do ...

literatura poeisa infantil
“Por que motivo as crianças, de modo geral, são poetas e, com o tempo, deixam de sê-lo?”, questiona Drummond no artigo “A educação do ser poético” (1974). A comparação entre as crianças e os poetas é quase um clichê. Essa analogia ocorre pelas frequentes associações tão caras ao universo infantil. Tanto a criança quanto o poeta manifestam o assombro e uma leitura especial diante de acontecimentos que, para muitas pessoas, parecem banais ou corriqueiros, passam até despercebidos.

Parei de contar os anos. Percebi isso em duas situações: a primeira quando disse minha idade errada para um colega. Noutra, quando meu ...

tempo poesia paraibana cronologia leo barbosa
Parei de contar os anos. Percebi isso em duas situações: a primeira quando disse minha idade errada para um colega. Noutra, quando meu pai errou minha idade e ele mesmo fez a retificação. Nem eu havia notado. Mas, por que em ambas as situações houve uma redução algorítmica? Talvez um anseio por querer parar o tempo ou regressar?

Tentativa recorrente e vã de ultrapassar o signo linguístico, de romper com seus significados. A palavra como imersão no mundo, como...

clarice lispector critica literaria paraibana leo barbosa
Tentativa recorrente e vã de ultrapassar o signo linguístico, de romper com seus significados. A palavra como imersão no mundo, como instrumento de construção de um sujeito; o sujeito da linguagem. Clarice tem como ambição a constante vontade e necessidade de suscitar sensações. Ela sabe, com diz Barthes, trapacear na linguagem, explorando um corpo opaco e plurissignificativo, que é a literatura. Para tanto, está sempre a nos questionar, por meio de metáforas, metonímias, elementos epifânicos construídos a partir de situações banais, pessoas simples, donas de casa. Lê-la é uma grande interrogação: o contato com sua obra nos faz esquecer de quem somos ou nos autentica?

Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Andre Comte-Sponville e outros filósofos já discorreram amplamente sobre a relação conflit...

depressao infelicidade relacoes humanas saude mental
Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Andre Comte-Sponville e outros filósofos já discorreram amplamente sobre a relação conflituosa entre prazer e sofrimento. A nossa incessante busca pelo prazer se mistura ao combate à dor. Na contemporaneidade, o discurso do hedonismo, do “aproveite a vida”, do “deixa a vida me levar” tem promovido a urgência, acarretando patologias. Nessa seara, vivemos uma época de abundância extrema, de tal modo que a expressão não pode ser vista como redundante, mas importante para entendermos as circunstâncias que nos fazem adoecer. Do trabalho às redes sociais, das telas aos alimentos, até a droga e o sexo. Tudo isso como estímulo para nos sentirmos mais interligados à vida, porém afasta-nos mais dela. É um tempo de muita vulnerabilidade, em que, como diria Sartre, o universo das possibilidades nos angustia.

      TRANSGRESSOR Perplexo não me mexo diante do reflexo do cheiro, do tato, no ato disfarço o peso da luz que soberana sob...

 
 
 
TRANSGRESSOR
Perplexo não me mexo diante do reflexo do cheiro, do tato, no ato disfarço o peso da luz que soberana sobre mim. Quero mostrar que sou mais velho, que estou ponderado, que minha lucidez transcendeu o romantismo, mas que a pragmática não me retirou os sentimentos. Ainda tenho memória e, se os fantasmas dormem, é porque estou De-ma-si-a-da-men-te acordado.

Essa é uma pergunta feita por muitos estudantes da rede básica e até mesmo de cursos superiores. Revelam-se assombrados com a quantidad...

estudante livro gramatica
Essa é uma pergunta feita por muitos estudantes da rede básica e até mesmo de cursos superiores. Revelam-se assombrados com a quantidade que lhes parece excessiva quando estão diante das regras da gramática normativa. Conforme sugere o nome, trata-se de regras, as quais podem (e devem) ser quebradas. Porém, como romper com a tradição se não a conhece? Esse é um primeiro motivo para estudar a gramática, que aqui se refere ao famoso livro no qual se estudam de fonemas a orações, passando por classes gramaticais e noções de semântica.

O ludismo exerce um importante papel no exercício da expressão verbal, desde o instante em que se faz a manipulação livre dos fonemas...

linguagem educacao ludico
O ludismo exerce um importante papel no exercício da expressão verbal, desde o instante em que se faz a manipulação livre dos fonemas, até quando é considerado o efeito da polissemia das palavras, colaborando para ambiguidade como instrumento dessa investigação linguística que a criança necessita como forma de explorar também o mundo. Ela altera partes das palavras para experimentar, utiliza-se de abstrações à procura do concreto. Joga com as palavras, transformando-as para conhecer o quanto de força argumentativa/retórica elas possuem.

Para exemplificar o ritmo e o lúdico, seguem alguns poemas de José Paulo Paes e Elias José. A escolha destes poetas não foi aleatória...

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Para exemplificar o ritmo e o lúdico, seguem alguns poemas de José Paulo Paes e Elias José. A escolha destes poetas não foi aleatória. Escolhemos Paes e Elias, porque são poetas nos quais se evidencia, de forma acentuada e assídua, o trabalho com o lúdico a partir dos jogos de linguagem. Ambos adaptam a linguagem para o sentido conotativo sem empobrecê-la, utilizando-se do humor e da surpresa como forma de “desarmamento” no processo da leitura para que assim, como afirmou Pavan (1998) abrir a cabeça para que o senso de diversidade, a sensibilidade [...] sejam aprimorados por meio da poesia, desenvolvendo a inteligência do leitor-mirim. Aos poemas:

Até o século XVIII, no Ocidente, não havia uma concepção de infância como a temos hoje. A criança era vista como um adulto em miniatura...

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Até o século XVIII, no Ocidente, não havia uma concepção de infância como a temos hoje. A criança era vista como um adulto em miniatura. Só a partir do século XIX, com o surgimento da família nuclear, passou-se a ter a preocupação com a infância. Ainda, no final do século XIX e início do século XX, poucas obras destinadas ao jovem leitor e/ou ao leitor-iniciante foram publicadas no Brasil. Com o desenvolvimento do sistema educacional e os incentivos dados pelo Governo, considerando-se a literatura/leitura o instrumento mais indicado para o desenvolvimento intelectual, viu-se a necessidade de produzir obras para os neófitos.