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    Breve Memória em Meus 60 Anos E Planos Para o Futuro Nascido dia Do presente Sentimento leve E delícia de ser

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
 
Breve Memória em Meus 60 Anos E Planos Para o Futuro
Nascido dia Do presente Sentimento leve E delícia de ser

  A sós Eu e o tempo Aqui no meu quarto Conversamos um pouco Pergunto se ele sabe O quanto ele passou por mim E ele me di...

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
A sós Eu e o tempo Aqui no meu quarto Conversamos um pouco Pergunto se ele sabe O quanto ele passou por mim E ele me diz que não foi ele E que fui eu quem passou Deixo-o quieto então E revejo a minha bagagem Muitas coisas imprestáveis Muito pó acumulado E um rasgão no fundo da mala Por onde caíram e ficaram pela estrada Tantas preciosidades (Ainda bem que guardo cópias perfeitas Na memória e no meu coração) De novo olho pra ele em silêncio Sei que não é sua culpa passar Mas também não precisava Deixar Tanta saudade... Por fim me convenço Que passamos juntos Com a mesma velocidade E agora carrego só As tralhas de um velho jovem!

No que o acaso Esquece Florece ou morre Gira mundo Brota flor Vibra Acorde Morre homem Choram olhos Vida segue O verde das campinas O milharal pendoado O ventre cheio e nutrido As cores de florir Vale a falta de sorrir na dor Porque logo o arco-íris se abre O amor...

Acaso A cor Os ocasos A dor A luz Relâmpago Apego ao instante A infância Acorde perfeito A dor Lua no céu Mar a arrebentar Bola de gude no bule O som do mar Gaveta de conchas sagradas Meu pé raiz A minha cor O meu respeito O meu amor E o Mar Bola de gude feliz No bule E o mar cheio de Yemanjá

  O sol já se vai E a penumbra ante a noite Conforta os olhos Mas pesa na alma O entardecer É como se tivesse perdido algo ...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
O sol já se vai E a penumbra ante a noite Conforta os olhos Mas pesa na alma O entardecer É como se tivesse perdido algo Que não volta mais E não volta... Os corpos sepultados À oeste de mim As cores dos olhos decompostos E a escuridão da noite A anti véspera do abismo

      "Vou rezar para que a noite acabe Vou rezar para que a morte morra Vou rezar para que todos se salvem Vou reza...

 
 
 
"Vou rezar para que a noite acabe Vou rezar para que a morte morra Vou rezar para que todos se salvem Vou rezar para que não haja a miséria" (Vou rezar!) E não prestaram atenção No milagre dos pães....?

  Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solid...

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
 
Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solidão Do Sol se pondo Um sax Gemendo à noite E as estrelas Brilhando de euforia

      Não estás mais Sob a luz do Sol agora és diáfano E as cores são Mais belas e profundas És a cor do tempo E já nã...

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
 
 
Não estás mais Sob a luz do Sol agora és diáfano E as cores são Mais belas e profundas És a cor do tempo E já não és mais espaço Só éter Finalmente luz Farol Sobre as ilhas Ris Na beira dos mares Ribamares

Às vezes acho que não vou mais conseguir escrever algo que, ao mesmo tempo, faça sentido, e tenha beleza.

futuro reflexoes fe
Às vezes acho que não vou mais conseguir escrever algo que, ao mesmo tempo, faça sentido, e tenha beleza.

      Um Blues e Seus Azuis Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Um Blues e Seus Azuis
Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar pelas montanhas Queria ser uma nota Musical tão triste Quanto uma lágrima Que se perdeu da face

      Deus! De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Est...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Deus!
De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Estendido nas vagas Sobre o Atlântico? De que luz e escuridão? Em qual Buraco Negro Navegas e Te escondes?

Se for verdade, eu vou amar e vou estar preparado para isso. A diferença é que, também estou preparado para haver o nada depois da mor...

Se for verdade, eu vou amar e vou estar preparado para isso. A diferença é que, também estou preparado para haver o nada depois da morte.

      Atlântico Um nome Homem Reluz Estelar Brilha Bela É a ilha Acesa Sobre o mar

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Atlântico
Um nome Homem Reluz Estelar Brilha Bela É a ilha Acesa Sobre o mar

      Deus ao lado E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua ...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Deus ao lado
E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua Nuvens carregadas Como a consciência Um vazio de lado…

A rua parece estar além de si e deserta, navega numa noite de estrelas e brisa leve em direção ao leste do ponto em que se inicia, como...

suplica dor deus fe
A rua parece estar além de si e deserta, navega numa noite de estrelas e brisa leve em direção ao leste do ponto em que se inicia, como se buscasse o mar. Sim, é noite sem nuvens e de lua grande, derramando luz e fazendo sombras de arvoredos pelas calçadas.

      Estranho ser Erguer-se sã Vencer Estranho a luta Contra "o quê?" - Não sei, não luto! Estranho a casa Em qu...

aurelio cassiano poesia paraibana
 
 
 
Estranho ser Erguer-se sã Vencer Estranho a luta Contra "o quê?" - Não sei, não luto! Estranho a casa Em que sou Estranho O vento Varrendo o tempo Lavando as roupas

O título que escolhemos para este texto é mais que intencional. Trata-se de uma frase de uma das mais belas músicas de Gilberto Gil: “...

deus crenca divindade
O título que escolhemos para este texto é mais que intencional. Trata-se de uma frase de uma das mais belas músicas de Gilberto Gil: “Esotérico” , aliás, divina na interpretação do Grupo Os Doces Bárbaros, formado pelo Próprio Gil, por Bethânia, Gal e Caetano.

      Talvez no tempo O tempo ache Onde escorreu A cor Por onde foi O que desbotou E coloriu Talvez o tempo Ao seu tempo Ex...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Talvez no tempo O tempo ache Onde escorreu A cor Por onde foi O que desbotou E coloriu Talvez o tempo Ao seu tempo Explique por que É necessária a dor

Lá pelos meados dos anos 80 do século passado, eu vivia os primeiros dos meus 20 anos. Ainda portava um pouco de ingenuidade, mas mui...

conto mediunidade cronica aurelio cassiano
Lá pelos meados dos anos 80 do século passado, eu vivia os primeiros dos meus 20 anos. Ainda portava um pouco de ingenuidade, mas muito da vida adulta já havia estreado e conhecia muito bem, como diria Caetano “a dor e a delícia” de cada estreia. Já cultivava uma certa “espiritualidade”, até pelas minhas experiências religiosas, notadamente a minha passagem, à época, plenamente em voga, pelo espiritismo kardecista, na Casa da Vovozinha.

Era uma manhã de sol, não me lembro mais qual era o dia da semana, no vão central da pequena capela de Nossa Senhora da Conceição, que ...

colonia getulio vargas bayeux hanseniase
Era uma manhã de sol, não me lembro mais qual era o dia da semana, no vão central da pequena capela de Nossa Senhora da Conceição, que no dia 8 de dezembro rendemos homenagens, estava um caixão contendo o inerte instrumento, que um dos espíritos mais elevados que tive o privilégio de conhecer, se utilizou para desempenhar sua missão sobre essa terra.

      Porque dormir Sem te deixar Por dizer É como amar Um sonho E não fazer fluir Feixes de luz Asas e piruetas de prazer N...

ponte poema poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Porque dormir Sem te deixar Por dizer É como amar Um sonho E não fazer fluir Feixes de luz Asas e piruetas de prazer Não te estreitar Em minha mente Sem te soltar em lúmen Mesmo que me falte Inspirações (Ainda que eu invente) É como ter tomado Comprimidos pra dormir

"“Não me lembro da minha infância. Fui, provavelmente, infeliz como todos os burrinhos, bonito e gracioso como sempre somos; tive...

condessa segur literatura infantil memorias burro
"“Não me lembro da minha infância. Fui, provavelmente, infeliz como todos os burrinhos, bonito e gracioso como sempre somos; tive, certamente, muito espirito, porque ainda hoje, apesar de velho, tenho mais do que todos os meus companheiros juntos. Escoucinhei, mais de uma vez, os meus pobres donos, que, sendo apenas homens, não podiam ter, por consequência, a inteligência de um burro.
Começarei por contar uma das partidas que lhes fiz, nos tempos recuados da minha primeira mocidade.”
Condessa de Ségur¹

Memórias de um BURRO. Esse é o Título do primeiro livro que li em minha vida. Lembro como hoje!

Mas lembro, mais ainda, aquela manhã, na turma da quarta série, que funcionava na primeira sala localizada no sentido oposto ao delicioso Pavilhão do Grupo Escolar Antônio Francisco Duarte de Aquino…

Quando chegamos para a aula, a Professora já se encontrava e, sobre sua mesa, uma enorme pilha de livros. A curiosidade foi intensa e não tínhamos a menor ideia do que se tratava.