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  Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solid...

antonio aurelio cassiano poesia paraibana
 
Quando eu for morrer Gostaria que fosse Como soltar os cabelos Na janela ao vento Meu gato me olhando Nos olhos E a solidão Do Sol se pondo Um sax Gemendo à noite E as estrelas Brilhando de euforia

      Não estás mais Sob a luz do Sol agora és diáfano E as cores são Mais belas e profundas És a cor do tempo E já nã...

poesia paraibana antonio aurelio cassiano
 
 
 
Não estás mais Sob a luz do Sol agora és diáfano E as cores são Mais belas e profundas És a cor do tempo E já não és mais espaço Só éter Finalmente luz Farol Sobre as ilhas Ris Na beira dos mares Ribamares

Às vezes acho que não vou mais conseguir escrever algo que, ao mesmo tempo, faça sentido, e tenha beleza.

futuro reflexoes fe
Às vezes acho que não vou mais conseguir escrever algo que, ao mesmo tempo, faça sentido, e tenha beleza.

      Um Blues e Seus Azuis Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Um Blues e Seus Azuis
Queria ser um acorde Perfeito Maior E ecoar além das nuvens E mergulhar no mar E reverberar pelas montanhas Queria ser uma nota Musical tão triste Quanto uma lágrima Que se perdeu da face

      Deus! De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Est...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Deus!
De que lado do universo Você está? Que vias percorres? De leite, pão, piano, atabaque Ou pano da costa Estendido nas vagas Sobre o Atlântico? De que luz e escuridão? Em qual Buraco Negro Navegas e Te escondes?

Se for verdade, eu vou amar e vou estar preparado para isso. A diferença é que, também estou preparado para haver o nada depois da morte.

Se for verdade, eu vou amar e vou estar preparado para isso. A diferença é que, também estou preparado para haver o nada depois da morte.

      Atlântico Um nome Homem Reluz Estelar Brilha Bela É a ilha Acesa Sobre o mar

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Atlântico
Um nome Homem Reluz Estelar Brilha Bela É a ilha Acesa Sobre o mar

      Deus ao lado E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua ...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Deus ao lado
E a sucessão de mundos Não cessa… Como acreditar? Um pingo de chuva Um vento na flor E o pólen flutua Nuvens carregadas Como a consciência Um vazio de lado…

A rua parece estar além de si e deserta, navega numa noite de estrelas e brisa leve em direção ao leste do ponto em que se inicia, como...

suplica dor deus fe
A rua parece estar além de si e deserta, navega numa noite de estrelas e brisa leve em direção ao leste do ponto em que se inicia, como se buscasse o mar. Sim, é noite sem nuvens e de lua grande, derramando luz e fazendo sombras de arvoredos pelas calçadas.

      Estranho ser Erguer-se sã Vencer Estranho a luta Contra "o quê?" - Não sei, não luto! Estranho a casa Em qu...

aurelio cassiano poesia paraibana
 
 
 
Estranho ser Erguer-se sã Vencer Estranho a luta Contra "o quê?" - Não sei, não luto! Estranho a casa Em que sou Estranho O vento Varrendo o tempo Lavando as roupas

O título que escolhemos para este texto é mais que intencional. Trata-se de uma frase de uma das mais belas músicas de Gilberto Gil: “...

deus crenca divindade
O título que escolhemos para este texto é mais que intencional. Trata-se de uma frase de uma das mais belas músicas de Gilberto Gil: “Esotérico” , aliás, divina na interpretação do Grupo Os Doces Bárbaros, formado pelo Próprio Gil, por Bethânia, Gal e Caetano.

      Talvez no tempo O tempo ache Onde escorreu A cor Por onde foi O que desbotou E coloriu Talvez o tempo Ao seu tempo Ex...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Talvez no tempo O tempo ache Onde escorreu A cor Por onde foi O que desbotou E coloriu Talvez o tempo Ao seu tempo Explique por que É necessária a dor

Lá pelos meados dos anos 80 do século passado, eu vivia os primeiros dos meus 20 anos. Ainda portava um pouco de ingenuidade, mas mui...

conto mediunidade cronica aurelio cassiano
Lá pelos meados dos anos 80 do século passado, eu vivia os primeiros dos meus 20 anos. Ainda portava um pouco de ingenuidade, mas muito da vida adulta já havia estreado e conhecia muito bem, como diria Caetano “a dor e a delícia” de cada estreia. Já cultivava uma certa “espiritualidade”, até pelas minhas experiências religiosas, notadamente a minha passagem, à época, plenamente em voga, pelo espiritismo kardecista, na Casa da Vovozinha.

Era uma manhã de sol, não me lembro mais qual era o dia da semana, no vão central da pequena capela de Nossa Senhora da Conceição, que ...

colonia getulio vargas bayeux hanseniase
Era uma manhã de sol, não me lembro mais qual era o dia da semana, no vão central da pequena capela de Nossa Senhora da Conceição, que no dia 8 de dezembro rendemos homenagens, estava um caixão contendo o inerte instrumento, que um dos espíritos mais elevados que tive o privilégio de conhecer, se utilizou para desempenhar sua missão sobre essa terra.

      Porque dormir Sem te deixar Por dizer É como amar Um sonho E não fazer fluir Feixes de luz Asas e piruetas de prazer N...

ponte poema poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Porque dormir Sem te deixar Por dizer É como amar Um sonho E não fazer fluir Feixes de luz Asas e piruetas de prazer Não te estreitar Em minha mente Sem te soltar em lúmen Mesmo que me falte Inspirações (Ainda que eu invente) É como ter tomado Comprimidos pra dormir

"“Não me lembro da minha infância. Fui, provavelmente, infeliz como todos os burrinhos, bonito e gracioso como sempre somos; tive...

condessa segur literatura infantil memorias burro
"“Não me lembro da minha infância. Fui, provavelmente, infeliz como todos os burrinhos, bonito e gracioso como sempre somos; tive, certamente, muito espirito, porque ainda hoje, apesar de velho, tenho mais do que todos os meus companheiros juntos. Escoucinhei, mais de uma vez, os meus pobres donos, que, sendo apenas homens, não podiam ter, por consequência, a inteligência de um burro.
Começarei por contar uma das partidas que lhes fiz, nos tempos recuados da minha primeira mocidade.”
Condessa de Ségur¹

Memórias de um BURRO. Esse é o Título do primeiro livro que li em minha vida. Lembro como hoje!

Mas lembro, mais ainda, aquela manhã, na turma da quarta série, que funcionava na primeira sala localizada no sentido oposto ao delicioso Pavilhão do Grupo Escolar Antônio Francisco Duarte de Aquino…

Quando chegamos para a aula, a Professora já se encontrava e, sobre sua mesa, uma enorme pilha de livros. A curiosidade foi intensa e não tínhamos a menor ideia do que se tratava.

“Assim, em toda cultura, entre o uso do que se poderia chamar os códigos ordenadores e as reflexões sobre a sua ordem, há a experiência...

historia ensino publico educacao
“Assim, em toda cultura, entre o uso do que se poderia chamar os códigos ordenadores e as reflexões sobre a sua ordem, há a experiência nua da ordem e de seus modos de ser.

... o que se quer trazer à luz é o campo epistemológico, a epistémê onde os conhecimentos, encarados fora de qualquer critério referente a seu valor racional ou as suas formas objetivas, enraízam sua positividade e manifestam assim uma história que não é a de sua perfeição crescente, mas, antes, a de sua condição de possiblidade...”

(Foucault, 1987. P.11)

Neste último 19 de agosto comemorou-se o dia do Historiador. Claro que não existe, entre os diversos saberes humanos, uma hierarquia valorativa que estabeleça graus de importância maiores ou menores, mas distintas características que determinam o seu lugar na ordem dos dias dos homens.

      Gosto das coisas erradas Das que dão prazer E subvertem as ordens Autoritárias Daquelas que queimam As fogueiras Que que...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Gosto das coisas erradas Das que dão prazer E subvertem as ordens Autoritárias Daquelas que queimam As fogueiras Que queimam as Bruxas Gosto de dançar com as Bruxas E com elas acender Fogueiras à luz do luar E deitar com mendigos E aquecer seus corpos Sem banhos E revelar as suas noites Sem fim

      É fim de tarde e o corrimão Do tempo Em espiral se alonga O Céu se mancha De laranja E a memória navega Pontos brilhan...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
É fim de tarde e o corrimão Do tempo Em espiral se alonga O Céu se mancha De laranja E a memória navega Pontos brilhantes Vão acendendo No tempo que era o Sol Divago dolorido E sinto a angústia das cores Aos poucos esmaecendo Sonho com os sonhos Olho para traz e vejo uma estrada se apagando Olho a frente e já vejo o fim do caminho De que esperança Hei de tirar as flores? Talvez do chão que me espera

      Quando o tempo soltar Os pássaros Presos pelos homens Haverá festa por todas as Frestas desse tempo O homem entenderá a ...

poesia paraibana aurelio cassiano
 
 
 
Quando o tempo soltar Os pássaros Presos pelos homens Haverá festa por todas as Frestas desse tempo O homem entenderá a paz O vôo E o livre Quando o tempo Grangenar Todas as algemas E enferrujar Todos os grilhões O homem entenderá O que é estar de pé No topo