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      POÉTICA A menina azul traz na ponta da língua a palavra que queima dentro de si. A menina azul acende o farol da poesi...

 
 
 
POÉTICA
A menina azul traz na ponta da língua a palavra que queima dentro de si. A menina azul acende o farol da poesia que se reflete em seus olhos de jade e rubi.


Dentre os itens da minha lista de metas para o ano de 2024, te...

internet conexao pausa digital
Dentre os itens da minha lista de metas para o ano de 2024, tendo em vista a excessiva utilização de telas em meu dia a dia, coloquei duas pausas digitais: uma em janeiro e outra em julho, tipo férias “escolares”. Neste momento, estou dando por cumprida e encerrada a primeira parada proposta. Confesso que minha vontade era continuar distante das redes sociais e dos aplicativos de conversas instantâneas, porém algumas obrigações e projetos encaminhados me chamam.

Houve um tempo em que minha mãe se incomodava muito com a algazarra feita por filhos, netos e agregados nos dias em que todos se reunia...

natal solidao velhice familia
Houve um tempo em que minha mãe se incomodava muito com a algazarra feita por filhos, netos e agregados nos dias em que todos se reuniam, por ocasião de algum feriado ou data comemorativa. Sua casa sempre foi impecável, tudo limpo e em seus devidos espaços.

Há um trecho de um poema de Cora Coralina que diz assim: “Ajuntei todas as pedras Que vieram sobre mim Levantei uma escada muito al...

Há um trecho de um poema de Cora Coralina que diz assim:

“Ajuntei todas as pedras Que vieram sobre mim Levantei uma escada muito alta E no alto subi Teci um tapete floreado E no sonho me perdi”

Os versos falam sobre transformar as dificuldades em algo positivo; sonhar e buscar realizar esse sonho. Pensar assim é ter coragem de enfrentar os percalços da vida, como ela fez, produzindo doces para sobreviver, mas realizando seu sonho de escritora, ao colar, nos saquinhos de papel que serviam de embalagem, seus poemas encantadores.

Ousadia foi a palavra que me veio à cabeça, ao me meter na aventura de ir a Paraty conhecer a festa literária mais importante do Brasil. Participar desse evento era um desejo antigo a que me dei o luxo de realizar. 

Feira Literária Internacional de Paraty (RJ) Marineuma Oliveira
A gente não se engana e sabe que é um evento grandioso voltado para o mundo mercadológico editorial. Lá parece que tudo gira mais em torno de quem escreve do que de quem lê. É um filão a ser explorado, pois quem não quer ser reconhecido pela arte literária que produz? Todo artista quer se mostrar e se exibir. Poucos são os que estão ali que não tenham pelo menos um livrinho publicado ou um texto em alguma antologia.

Marineuma Oliveira
Porém, há a possibilidade de ver e de ouvir escritores que admiramos e trocar experiências num ambiente cuja maioria gosta e respira literatura. Andar pelas ruas de pedras irregulares e ver a luta de tanta gente buscando sair do anonimato são um capítulo à parte. 

Há atividade para tudo quanto é gosto. Da programação oficial, formatada em 20 mesas temáticas, que acontecem numa tenda-auditório climatizada, com reprodução das falas num ambiente com telão que fica ao lado (esse sem ar-condicionado, mas pelo menos com acesso gratuito), até a programação de inúmeros outros espaços privados a que chamam de casas, com suas peculiaridades e que competem entre si pelos ávidos participantes itinerantes, que vão de uma a outra, em busca de novidades. 

Encontramos muitos lugares alternativos em meio a um areal (único local plano, mas cheio de lama), ao lado do rio que corta aquele pedaço da cidade histórica, feita de pedras desiguais e escorregadias, em que até quem tem nariz empinado precisa andar olhando onde pisa, sob pena de escorregar e ir ao chão da dura realidade.

Feira Literária Internacional de Paraty (RJ) Marineuma Oliveira
E vamos encontrando pelas ruas camelôs de livros, dividindo o passeio com vendedores de pipoca, salgadinhos, doces, churros e até milho verde cozido! E há os restaurantes caros, cafés, bistrôs, onde acontecem saraus e leituras de textos os mais diversos. Mas não se engane: tudo é muito caro e nem sempre bom. Houve dia em que faltou água e café, acreditem, numa cafeteria.

No entanto, gostei muito da experiência. Ter o nome na programação oficial, através da participação em uma casa parceira, poder lançar um livro na FLIP e estar em uma coletânea de textos de autoria feminina encheram-me de orgulho. Fiz questão de marcar presença e colocar à venda, numa mesinha branca, forrada com toalha preta, meus três livros de poesia. E as pessoas, curiosas, paravam, folheavam, perguntavam de mim e alguns até compravam. 

Feira Literária Internacional de Paraty (RJ) Marineuma Oliveira
Das mesas oficiais, assisti a três no espaço pago. Eu queria sentir todos os lugares dali. Na mesa de abertura, David Jackson e Adriana Armony falaram sobre Patrícia Galvão, Pagu, a pessoa homenageada do evento. Logo após, veio o show de Adriana Calcanhoto. 

Além da mesa 19, cujo tema foi “Só então pude falar”, composta pelo escritor mais lido do momento, Itamar Vieira Júnior, Miriam Espodito e a simpática Glicéria Tupinambá, vi, com muito apreço, a mesa 15, que trouxe falas sobre o artista em destaque, Augusto de Campos, vivinho da silva, com seus 92 anos, um gênio do que ouso chamar, com todo respeito que merece, de poeta do virtual, visual e sinestésico, reverenciado por André Vallas, Ricardo Aleixo e Simone Homem de Melo.

Feira Literária Internacional de Paraty (RJ)Flip
No mais, não nos esqueçamos dos perrengues, como um calor infernal, um apagão em toda a cidade, no segundo dia do evento, cheia de mosquitos que picavam para valer, chuva de vez em quando e as filas quilométricas até para conseguir um pequeno espaço do lado de fora, perto da janela, para ouvir alguma celebridade literária ou para pegar um autógrafo do autor do livro mais vendido. 

A experiência foi boa. É preciso vivê-la, se você escreve e gosta de literatura. Juntar pedras e construir com elas escadas é ainda o que mais precisamos aprender a fazer. Se voltarei lá um dia? Quem sabe? Talvez. Por que não?

Há anos que deixei de ir ao cemitério no Dia de Finados. Justificava que aquilo era bobagem, pura vaidade para dar satisfação aos outro...

cemiterio dia finados epitafio
Há anos que deixei de ir ao cemitério no Dia de Finados. Justificava que aquilo era bobagem, pura vaidade para dar satisfação aos outros e que não servia de nada para quem já tinha partido.

Neste ano, no entanto, mudei de pensamento e fiz diferente: comprei flores, acendi velas e andei por entre as alamedas estreitas da “última morada” de minha cidade, Pocinhos, parando em vários túmulos para ver fotos e ler epitáfios.

O PRESENTE O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de...

poesia paraibana marineuma oliveira

O PRESENTE

O pacote chegou de manhã. Nenhuma referência ao remetente. Abri-o, mecanicamente. Bem na frente, um bilhete: “Antes de morrer, ele me pediu para devolver as cartas que você lhe escreveu”. Nós nos conhecemos na quermesse. Era a primeira vez que aparecia na cidade. Vinha a trabalho, de passagem. Seus beijos, os únicos que experimentei na vida. Desse modo foi até a correspondência cessar, sem que ele voltasse uma vez sequer. Lembrei, com amargura, das últimas palavras que dissera a mim, num sussurro, por ocasião da despedida: “Talvez eu tenha encontrado quem procurava”. Toquei fogo no embrulho e fui tomar café.

BACALHAU DA PAIXÃO Sexta-feira Santa. A família, em burburinho infernal, estava à mesa para comer peixe. Para o filho doente, a m...

conto literatura paraibana marineuma oliveira

BACALHAU DA PAIXÃO

Sexta-feira Santa. A família, em burburinho infernal, estava à mesa para comer peixe. Para o filho doente, a mãe fez bacalhau, mesmo com o preço do quilo a exorbitar. Cada um que dissesse do que mais gostava, dentre as comidas ali expostas. Menos ele. Engolia devagar, taciturno, talvez constrangido de ter iguaria diferenciada só para si. Até que, num átimo de silêncio, falou: “Deve estar uma delícia esse bacalhau”. Alguém inquiriu: “Deve estar?!”. Ao que redarguiu: “Desde que o câncer se instalou e precisei fazer o tratamento, não sinto gosto de nada”. Todos voltaram a seus pratos. E comeram calados.

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DE AMORES PROVISÓRIOS

Jamais quis criar animal algum. Não cogitava se apegar a um ser que certamente iria viver menos do que ela. Preferia não se comprometer. A neta ganhou um cãozinho. Deixou-o com ela, sem pedir licença, alegando que a avó morava só, numa casa espaçosa, entre jardim e quintal. A rotina assim se estabeleceu: colocar comida, trocar a água da vasilha, retirar o cocô da caixa de areia e dar banho, uma vez por semana. Dele não gostava nem desgostava. Apenas o aturava, sem sentimentos nem aproximações. Juntos, no entanto, passavam horas a fio, estando ele na beira do fogão, ao pé da máquina de costura ou dormindo no tapete ao lado de sua cama. Isso até o cão adoecer e morrer. Para surpresa de si mesma, uma lágrima correu no canto de cada olho. Agora, sozinha de tudo, resmungava: “Bem que eu não queria bicho aqui”.

Berkay Gumustekin

O ENCONTRO

Estava decidido a morrer naquela noite. A questão era como. Queria uma morte perfeita, sem dores, sangue jorrando, danos a outrem e vestígios. Cansara de ser um velho sozinho, doente e sem ânimo para lutar contra o que lhe oprimia o peito. Chovia fino e, enquanto caminhava a esmo, arquitetava. Foi quando a viu num cantinho escuro, por trás de uma lata de lixo, tremendo de frio e, agora, de medo também. Ela quis se esquivar, para se proteger de uma possível agressão, o que já lhe era natural. O homem se abaixou, pegou-a no colo e a protegeu, entre a camisa de algodão e o surrado casaco de lã. Naquela noite, ela não miou desesperadamente. Ele não mais pensou em se matar.

conto literatura paraibana marineuma oliveira
Mourad Saadi

    OLHAR POÉTICO Olha a flor com olhos de jardineiro que cava a terra e planta a semente que rega e limpa na espera paciente...

poesia paraibana marineuma oliveira
 
 
OLHAR POÉTICO
Olha a flor com olhos de jardineiro que cava a terra e planta a semente que rega e limpa na espera paciente de que ela brote vingue e floresça

Certa vez, numa entrevista, perguntaram a Hebe Camargo se ela tinha medo de morrer. Ela falou que não. O que sentia era pena de deixar ...

Certa vez, numa entrevista, perguntaram a Hebe Camargo se ela tinha medo de morrer. Ela falou que não. O que sentia era pena de deixar de viver, porque havia muito ainda a ver e a fazer.

É assim que tenho me sentido nos últimos tempos quando saio dos shows a que tenho assistido. Eu me coloco no lugar dos que, mesmo após os setenta, oitenta anos, conseguem se reinventar e continuam fazendo sucesso com os fãs do seu tempo e os de agora, pelo que podem significar para uma geração inteira de filhos e netos que não os conheceu à época deles, mas sabe que existem na memória dos pais e avós.

      MELANCOLIA O som da chuva nas telhas, nas plantas, nas pedras, nos vãos. A água correndo nas calhas, nas bicas, na...

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MELANCOLIA
O som da chuva nas telhas, nas plantas, nas pedras, nos vãos. A água correndo nas calhas, nas bicas, nas ruas, no chão. Memória ativada, lá vem a saudade dos tempos de outrora em meu coração.
DAS ALEGRIAS
Não escrevo sobre alegrias, mesmo, dentre elas, a mais pura. Essa, eu deixo para viver, apreciando cada sorver de um néctar que pouco dura, mas se espalha e contagia.
ALTRUÍSMO
Dor compartilhada é dor dividida que nos conforta nas agruras da seara que é a vida.
DO CANTO
Mesmo sendo repetitivo, a insistir, não me canso de ouvir o canto claro e harmônico Do bem-te-vi.

Ontem eu tive um sonho muito estranho. Sonhei que ia fazer uma vitamina de frutas diversas e, ao invés de colocá-las no liquidificador,...

alzheimer esquecimento velhice
Ontem eu tive um sonho muito estranho. Sonhei que ia fazer uma vitamina de frutas diversas e, ao invés de colocá-las no liquidificador, joguei-as na máquina de lavar roupas. O equipamento desmoronou, apesar de novo em folha, e foi peça para todos os lados.

Acordei assustada e perdi o sono tentando entender o que aquele sonho, vindo do nada, no meio da noite, poderia significar. Procurando atribuir sentidos e interpretar tais devaneios, despretensiosamente, sem um viés científico, o que me veio à cabeça foi que poderia se referir à situação de minha mãe que, há alguns anos, sofre com Alzheimer.

      FLUIDEZ A fumaça do fogo que queimava no aceiro da estrada desenhava e projetava longilíneo espectro que minha imaginaçã...

literatura poesia paraibana marineuma

 
 
 
FLUIDEZ
A fumaça do fogo que queimava no aceiro da estrada desenhava e projetava longilíneo espectro que minha imaginação aguçava, me levando a uma dimensão onde meu coração se amainava.

      SENTIDO Eu já fiz todas as perguntas. Agora quero respostas, para fechar as lacunas. Joguei as fichas, fiz apostas. ...

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SENTIDO
Eu já fiz todas as perguntas. Agora quero respostas, para fechar as lacunas. Joguei as fichas, fiz apostas. Alguém pode me dizer qual é o sentido da vida? Nessa estrada comprida, qual seria a melhor rota?

Sei que a coisa é séria, mas sempre brinquei dizendo a meus alunos que eu tinha TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e que eles prec...

Sei que a coisa é séria, mas sempre brinquei dizendo a meus alunos que eu tinha TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e que eles precisavam estar sempre em círculo, sob a vista de todos, principalmente da minha, para que me sentisse à vontade na sala de aula. Os alunos riam e não questionavam, quando eu pedia para ocuparem as cadeiras lado a lado, sem que ficassem atrás uns dos outros, em uma segunda fileira de assentos.

    DESPEDIDA A Juca Pontes Silêncio profundo no mar do olhar. A brisa do vento move as flores do jardim. O sol ...

poesia paraibana marineuma oliveira
 
 
DESPEDIDA
A Juca Pontes Silêncio profundo no mar do olhar. A brisa do vento move as flores do jardim. O sol se reflete nas cinzas espargidas no ar. Lágrimas contidas escorrem por dentro de mim.
 
DESALENTO
O que se espera da vida se o que mais nos acomete é o inevitável espanto diante de inusitadas partidas? O que nos explica a morte quando, na dor incontida, ela insiste em deixar bem abertas as nossas feridas?

De tempos em tempos, uma palavra, ou grupo delas, se torna “chave” e passa a aparecer em tudo quanto é discurso, nas inúmeras esferas ...

De tempos em tempos, uma palavra, ou grupo delas, se torna “chave” e passa a aparecer em tudo quanto é discurso, nas inúmeras esferas comunicativas, principalmente midiáticas. Foi assim para “adolescências”, “gratidão”, “potência”, “inclusão”, “lugar de fala”, “povos originários”, “afetos” e, mais recentemente, “etarismo”, entre tantas outras, só para citar alguns exemplos.

Fazendo uma pesquisa simplória no Google, encontrei essa informação: “Conforme descrito no Relatório Mundial sobre Idadismo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etarismo se refere a “estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionadas às pessoas com base na idade que têm”.

Foi preciso que alguns meses se passassem após sua partida para que eu tivesse coragem de falar sobre ele. Eu o ganhei, há uns 40 ano...

papagaio gaiola liberdade
Foi preciso que alguns meses se passassem após sua partida para que eu tivesse coragem de falar sobre ele.

Eu o ganhei, há uns 40 anos, de um aluno da zona rural que vivia de caçá-los e de vendê-los a preço de ouro. Só depois é que eu soube que ele me deu aquela ave de presente porque ela tinha nascido com uma patinha deficiente e ninguém a compraria.

papagaio gaiola liberdade
@sayonarabrasil
Naquela época, pouco se falava, pelo menos no meu entorno, de educação ambiental, de consciência ecológica e de proteção à vida animal. Era muito comum as pessoas prenderem pássaros em gaiolas, assim como terem soltos em casa papagaios e outras espécies parecidas.

      DAS TEREZINHAS DE JESUS Alguns chegaram, pouco demoraram e se foram. Outros, esperados, nem vieram e deixaram o gosto ...

 
 
 
DAS TEREZINHAS DE JESUS
Alguns chegaram, pouco demoraram e se foram. Outros, esperados, nem vieram e deixaram o gosto salgado do que poderia ter sido.

Mesmo em criança, sempre tive um pé atrás em relação às canções de ninar e às cantigas de roda. Não que eu não gostasse delas, mas é q...

cantiga ninar brincadeira roda infancia
Mesmo em criança, sempre tive um pé atrás em relação às canções de ninar e às cantigas de roda. Não que eu não gostasse delas, mas é que eu prestava muita atenção nos textos e no que poderiam significar, principalmente nas entrelinhas e nos silenciamentos. Também não quero aqui desmerecer, depreciar algo que está no imaginário de todos e que nos remota a lugares especiais e de nossos melhores afetos. Quero, apenas, refletir sobre esses discursos, que foram sendo cristalizados, ao longo do tempo, e dos quais lembramos sempre.

Falo aqui baseando-me apenas em senso comum. Não sou especialista no assunto e pouca leitura tenho sobre isso. Minhas considerações são mais impressões emocionais de quando, na infância, essa musicalidade chegava até mim.

Acabei de escutar uma mensagem que provocou em mim certo estranhamento, vinda do alto, numa voz padronizada e insistente, dizendo mais...

circo espetaculo nostalgia palhaco
Acabei de escutar uma mensagem que provocou em mim certo estranhamento, vinda do alto, numa voz padronizada e insistente, dizendo mais ou menos assim: “Ei, aqui em cima!”

Tempos novos esses em que vem de avião o anúncio publicitário informando que o circo chegou…