Diz o poeta: “Pra que casa cercada por muralha Se a cova é cercada pelo pranto Se pra Deus todos têm do mesmo tanto Tanto faz a ...
Relações
Terra, para universo Terra, para universo Na escuta? Universo, para terra Universo, para terra Câmbio! Universo, estou mais uma vez ...
Câmbio! Na escuta?
Universo, estou mais uma vez aqui te pedindo para conspirar a meu favor.
Tu que estás na terra, mais uma vez, te respondo: sai da inércia, para que eu possa conspirar a teu favor. Se não tiveres a vontade pulsando em ti, nada poderei fazer.
Nunca vi uma pessoa para gostar tanto de café quanto eu. E isso, desde criança. Quando voltávamos do curral, depois de tomar o leite...
Café
Nunca vi uma pessoa para gostar tanto de café quanto eu. E isso, desde criança.
Quando voltávamos do curral, depois de tomar o leite no "pé da vaca", me deitava esperando a casa acordar e o movimento da cozinha começar, não por sentir fome, mas pela hora da liberdade. Depois do café, podíamos sair para brincar. Era a hora de mergulhar num mundo mágico, só visto
Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto. Fato! Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; d...
O fato existe. Ponto!
Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto.
Fato!
Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; deixadas pela metade; mergulhadas no pavor da verdade e com despedidas apressadas; motivada pela fuga, para que o adágio da realidade não se cumpra; acompanhadas das corriqueiras frases: “depois conversamos” ou “assim que possível entrarei em contato”.
Odeio!
Vivia numa mata fechada, sem saberem que existia. Sem grilhões em seus pés, pelo vale da confiança, sem medo de na decepção tropeça...
NPAA*
Vivia numa mata fechada, sem saberem que existia.
Sem grilhões em seus pés, pelo vale da confiança, sem medo de na decepção tropeçar, corria sem cessar; nos rios do prazer, sem receio de em uma pedra de desgosto bater, mergulhava de olhos fechados; arriscava voar nas asas do regalo das trocas do saber; andava de mãos dadas com o riso frouxo; vestia-se sem os adornos da obrigatoriedade.
Entre as árvores do anonimato era possível ouvir o canto da admiração, que encantava os dias de solidão sem deixar se tornarem escuridão.
Tranquila, vivia apostando nos avanços e recuos.
A incerteza em que pé iria dançar deixava a pura emoção aflorar.
Veio o fim dos tempos, em minutos o que era paraíso virou deserto.
Já não há abraços de carinho para as noites embalar, nem conversas para as dores amenizar. A escuridão sem estrela virou constante. O calor do verão da entrega congelou; flores da primavera do gozo não brotam mais; lágrimas do inverno dos desencontros não cessam de jorrar; a convivência vive no outono com suas folhas caídas pelo chão do dia a dia.
Na floresta as oportunidades eram enredadas pelas cordas do desejado encontro, hoje já não existe a matéria prima para sua criação, apenas a causalidade dita sua aparição.
O deserto cada dia castiga mais. Os oásis dos encontros estão mais escassos e disputados. O tempo de permanência no respirador da esperança foi reduzido para segundos. Assim, correndo contra o relógio da sobrevivência, ela tem tentado de tudo para não morrer.
Um fio de vida corre em suas veias certificando que ainda pulsa a raiz do que há anos foi plantado, amenizando a dor da cruenta situação que se encontra. A espera que bate forte em seu peito quebrantado, lhe garante que desse chão ressequido da presença brotará a mais linda flor que irá ver, mesmo que seja apenas no entardecer do seu viver.
Apesar da razão negar, o coração diz que basta mais um pouquinho de paciência e lhe pede para aguentar que o solicitado “um tempo” vai terminar.
Ela, seguindo firme com o propósito de se salvar, tem conseguido sorrir e não chorar.
Bastava sentir o cheiro da terra, da vegetação molhada depois de uma chuva, para contar uma passagem da nossa infância a quem estives...
Cheiro de terra
Bastava sentir o cheiro da terra, da vegetação molhada depois de uma chuva, para contar uma passagem da nossa infância a quem estivesse ao meu lado.
“Mesmo o homem que é puro de coração e faz suas orações à noite, irá se transformar em lobo, quando o acônito florescer e a lua do ou...
Tua essência
(do filme “O lobisomem” de 1941, com Lon Chaney Jr.)
João Batista cumpriu sua missão no “deserto da Judéia” (Mt 3:1), usando roupas feitas com “pêlos de camelo e um cinto de couro na cintur...
A escravidão mata a alma
COMPREENDER Dar, sem prender. Ser, sem incomodar. Estar, sem cobrar. Pedir, sem mendigar. Aceitar, sem questionar...
Compreender
Dar, sem prender. Ser, sem incomodar. Estar, sem cobrar. Pedir, sem mendigar. Aceitar, sem questionar. Não é fácil, mas possível de ser feito.
Fui a uma agência da Caixa Econômica Federal, comecei a viajar no mundo das lembranças quando uma moça se aproximou e perguntou “você...
Apelido
Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula O ...
'A insana lucidez do ser' — uma fábula
Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula. Ap...
Uma viagem com tormentas e calmarias
Apesar de já ter feito anotações sobre todos os instantes do livro, coloco aqui apenas até a página 28. Em outras oportunidades farei as demais.
Hoje, trago para vocês algumas anotações que fiz sobre Maria Madalena. Nossa história começa em El-Mejdel ou Migdal, mais conhecida...
Maria Madalena
Nossa história começa em El-Mejdel ou Migdal, mais conhecida como Magdala, cidade localizada ao norte de Tiberíades e perto do Lago Genezaré. Conhecida por receber pessoas de costumes e religiões diversas.
José era justo, piedoso, influente, verdadeiro no amor pelos outros, conhecedor da palavra de Deus, um homem bom e respeitoso. Da sua c...
Lágrimas de São José
Era uma vez um universo onde a luz suprema decidiu fazer verso. Entre côncavos e convexos, criou os sexos. A decisão de...
Se compartilhar
Em quatro esquinas me encontro. No centro delas me perco. Continuo sem saber por qual delas seguir. Razão chama para a...
Encruzilhada
É muito comum ouvirmos sobre as Avós. E sobre o Avôs? Nem tanto. Avó é aquela figura de uma segunda mãe, docemente acolhedora, ...
Casa de Vô
Avó é aquela figura de uma segunda mãe, docemente acolhedora, que tem a maestria de preparar as guloseimas preferidas de cada neto; que oferece um colo acolhedor; que é advogada e dá guarita contra os castigos pelas travessuras feitas. Presentes? Não precisam de data. Vó simplesmente vê e imagina a alegria deles ao receberem a mais boba das lembrancinhas.
“ Todo vício tende a justificar-se ” (Nietzsche) Apenas, uma dose! Só um tiquinho, não ofende! Uma lasquinha, ...
Vício
(Nietzsche)
Tem momentos que a vida parece ter chegado ao fim, que não existe saída para o sofrimento, a escuridão é a única luz presente. Prec...
Rugas, troféu do tempo
Precisei ir para longe de tudo e de todos. Me escondia para não ter que disfarçar meu sofrimento. Era imprescindível enxergar alguma maneira de sobreviver mesmo imersa naquele buraco negro. Olhava e nada vislumbrava. Não conseguia ver nenhuma possibilidade de retornar.
Apesar dos momentos atuais estarem banhados de insatisfação, recebestes mais uma chance de escrever outra página no livro da vida. ...
Erva daninha
Infelizmente, encontramos pessoas que não conseguem viver sem trazer comentários e observações deprimentes e negativas. É comum, não deveria ser, mas é.