Mostrando postagens com marcador Ana Paula Cavalcanti. Mostrar todas as postagens

Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto. Fato! Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; d...

encarar realismo sinceridade fato

Para mim o “fato” é insubstituível. Ele existe. Ponto.
Fato!

Odeio conversas fiadas, para não dizer mentirosas; interrompidas; deixadas pela metade; mergulhadas no pavor da verdade e com despedidas apressadas; motivada pela fuga, para que o adágio da realidade não se cumpra; acompanhadas das corriqueiras frases: “depois conversamos” ou “assim que possível entrarei em contato”.
Odeio!

Vivia numa mata fechada, sem saberem que existia. Sem grilhões em seus pés, pelo vale da confiança, sem medo de na decepção tropeça...

paciencia saber viver felicidade

Vivia numa mata fechada, sem saberem que existia.

Sem grilhões em seus pés, pelo vale da confiança, sem medo de na decepção tropeçar, corria sem cessar; nos rios do prazer, sem receio de em uma pedra de desgosto bater, mergulhava de olhos fechados; arriscava voar nas asas do regalo das trocas do saber; andava de mãos dadas com o riso frouxo; vestia-se sem os adornos da obrigatoriedade.

paciencia saber viver felicidade
Annie Spratt
Entre as árvores do anonimato era possível ouvir o canto da admiração, que encantava os dias de solidão sem deixar se tornarem escuridão.

Tranquila, vivia apostando nos avanços e recuos.

A incerteza em que pé iria dançar deixava a pura emoção aflorar.

Veio o fim dos tempos, em minutos o que era paraíso virou deserto.

Já não há abraços de carinho para as noites embalar, nem conversas para as dores amenizar. A escuridão sem estrela virou constante. O calor do verão da entrega congelou; flores da primavera do gozo não brotam mais; lágrimas do inverno dos desencontros não cessam de jorrar; a convivência vive no outono com suas folhas caídas pelo chão do dia a dia.

Na floresta as oportunidades eram enredadas pelas cordas do desejado encontro, hoje já não existe a matéria prima para sua criação, apenas a causalidade dita sua aparição.

paciencia saber viver felicidade
Barcin
O deserto cada dia castiga mais. Os oásis dos encontros estão mais escassos e disputados. O tempo de permanência no respirador da esperança foi reduzido para segundos. Assim, correndo contra o relógio da sobrevivência, ela tem tentado de tudo para não morrer.

Um fio de vida corre em suas veias certificando que ainda pulsa a raiz do que há anos foi plantado, amenizando a dor da cruenta situação que se encontra. A espera que bate forte em seu peito quebrantado, lhe garante que desse chão ressequido da presença brotará a mais linda flor que irá ver, mesmo que seja apenas no entardecer do seu viver.

Apesar da razão negar, o coração diz que basta mais um pouquinho de paciência e lhe pede para aguentar que o solicitado “um tempo” vai terminar.

Ela, seguindo firme com o propósito de se salvar, tem conseguido sorrir e não chorar.

* NPAA = nossa pequena amante amizade

Bastava sentir o cheiro da terra, da vegetação molhada depois de uma chuva, para contar uma passagem da nossa infância a quem estives...

cheiro lembranca aroma recordacao

Bastava sentir o cheiro da terra, da vegetação molhada depois de uma chuva, para contar uma passagem da nossa infância a quem estivesse ao meu lado.

“Mesmo o homem que é puro de coração e faz suas orações à noite, irá se transformar em lobo, quando o acônito florescer e a lua do ou...

plantar essencia felicidade
“Mesmo o homem que é puro de coração e faz suas orações à noite, irá se transformar em lobo, quando o acônito florescer e a lua do outono brilhar.”
(do filme “O lobisomem” de 1941, com Lon Chaney Jr.)

Disse o Barão de Itararé: “O português é uma língua muito difícil. Tanto que calça é uma coisa que se bota, e bota é uma coisa que se calça.” As línguas possuem seus mitos, fato!

João Batista cumpriu sua missão no “deserto da Judéia” (Mt 3:1), usando roupas feitas com “pêlos de camelo e um cinto de couro na cintur...

sao joao batista mascara hipocrisia
João Batista cumpriu sua missão no “deserto da Judéia” (Mt 3:1), usando roupas feitas com “pêlos de camelo e um cinto de couro na cintura” (Mt 3:4), não sentava à mesa para comer figos e tomar vinho. Comia no chão batido ou em uma pedra, se servindo de “gafanhotos e mel silvestre” (Mt 3:4).

      COMPREENDER Dar, sem prender. Ser, sem incomodar. Estar, sem cobrar. Pedir, sem mendigar. Aceitar, sem questionar...

poesia paraibana ana paula cavalcanti ramalho
 
 
 
COMPREENDER
Dar, sem prender. Ser, sem incomodar. Estar, sem cobrar. Pedir, sem mendigar. Aceitar, sem questionar. Não é fácil, mas possível de ser feito.

Fui a uma agência da Caixa Econômica Federal, comecei a viajar no mundo das lembranças quando uma moça se aproximou e perguntou “você...

apelido santos shuka
Fui a uma agência da Caixa Econômica Federal, comecei a viajar no mundo das lembranças quando uma moça se aproximou e perguntou “você é a viúva de Shuka? Irmão de Maika?”. Meio que aterrissando respondi que sim, foram minutos de conversas sobre os dois.

Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula O ...

helder moura insana lucidez ser livro literatura paraibana
Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula O livro inicia, já na dedicatória, com uma provocação sobre a insanidade da lucidez.

Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula. Ap...

insana lucidez livro helder moura literatura paraibana
Hoje trago para vocês um pouco da minha leitura sobre o novo livro do escritor Helder Moura - A INSANA LUCIDEZ DO SER - uma fábula.

Apesar de já ter feito anotações sobre todos os instantes do livro, coloco aqui apenas até a página 28. Em outras oportunidades farei as demais.

Hoje, trago para vocês algumas anotações que fiz sobre Maria Madalena. Nossa história começa em El-Mejdel ou Migdal, mais conhecida...

evangelho maria madalena cristo
Hoje, trago para vocês algumas anotações que fiz sobre Maria Madalena.

Nossa história começa em El-Mejdel ou Migdal, mais conhecida como Magdala, cidade localizada ao norte de Tiberíades e perto do Lago Genezaré. Conhecida por receber pessoas de costumes e religiões diversas.

José era justo, piedoso, influente, verdadeiro no amor pelos outros, conhecedor da palavra de Deus, um homem bom e respeitoso. Da sua c...

sao jose evangelho maria
José era justo, piedoso, influente, verdadeiro no amor pelos outros, conhecedor da palavra de Deus, um homem bom e respeitoso. Da sua carpintaria a jovem Maria ele viu. Ela ia saltitando, uma terrina carregando. No poço pegaria um pouco d’água para o dia. Quando o olhar do moço notou, de soslaio, envergonhada lhe sorriu.

  Era uma vez um universo onde a luz suprema decidiu fazer verso. Entre côncavos e convexos, criou os sexos. A decisão de...

poesia paraibana ana paula cavalcanti ramalho
 
Era uma vez um universo onde a luz suprema decidiu fazer verso. Entre côncavos e convexos, criou os sexos. A decisão de quem iria de tudo cuidar, tomou imensidão. Diferente de toda sua criação, resolveu criar Adão. Algo sério lhe preocupou, sozinho ele não poderia ficar. Precisava uma solução urgentemente encontrar.

      Em quatro esquinas me encontro. No centro delas me perco. Continuo sem saber por qual delas seguir. Razão chama para a...

encruzilhada espinho duvida amor
 
 
 
Em quatro esquinas me encontro. No centro delas me perco. Continuo sem saber por qual delas seguir. Razão chama para as certezas. Urgência se faz necessário. Sinto ser o certo fazer, enquanto ainda sou capaz.

É muito comum ouvirmos sobre as Avós. E sobre o Avôs? Nem tanto. Avó é aquela figura de uma segunda mãe, docemente acolhedora, ...

avo avos netos casa de vo
É muito comum ouvirmos sobre as Avós. E sobre o Avôs? Nem tanto.

Avó é aquela figura de uma segunda mãe, docemente acolhedora, que tem a maestria de preparar as guloseimas preferidas de cada neto; que oferece um colo acolhedor; que é advogada e dá guarita contra os castigos pelas travessuras feitas. Presentes? Não precisam de data. Vó simplesmente vê e imagina a alegria deles ao receberem a mais boba das lembrancinhas.

“ Todo vício tende a justificar-se ” (Nietzsche)       Apenas, uma dose! Só um tiquinho, não ofende! Uma lasquinha, ...

ana paula cavalcanti poesia paraibana vicio
Todo vício tende a justificar-se
(Nietzsche)



 
 
 
Apenas, uma dose! Só um tiquinho, não ofende! Uma lasquinha, não me derruba! No instante que quiser, pularei fora! Posso entrar, sairei num segundo! Essas são as senhas para se entrar pela porta da destruição. Iscas que conseguem pegar o peixe confiante de sua esperteza.

Tem momentos que a vida parece ter chegado ao fim, que não existe saída para o sofrimento, a escuridão é a única luz presente. Prec...

borboleta superacao sabedoria maturidade
Tem momentos que a vida parece ter chegado ao fim, que não existe saída para o sofrimento, a escuridão é a única luz presente.

Precisei ir para longe de tudo e de todos. Me escondia para não ter que disfarçar meu sofrimento. Era imprescindível enxergar alguma maneira de sobreviver mesmo imersa naquele buraco negro. Olhava e nada vislumbrava. Não conseguia ver nenhuma possibilidade de retornar.

Apesar dos momentos atuais estarem banhados de insatisfação, recebestes mais uma chance de escrever outra página no livro da vida. ...

inveja maledicencia
Apesar dos momentos atuais estarem banhados de insatisfação, recebestes mais uma chance de escrever outra página no livro da vida.

Infelizmente, encontramos pessoas que não conseguem viver sem trazer comentários e observações deprimentes e negativas. É comum, não deveria ser, mas é.

Quando procuramos culpados para nossas quedas, não temos essa clara visão que “o outro eu”, somos nós mesmos. O nosso “outro” cruel e...

literatura paraibana poesia helder moura arqueologia
Quando procuramos culpados para nossas quedas, não temos essa clara visão que “o outro eu”, somos nós mesmos.

O nosso “outro” cruel eu, nos assombra, segue, induz, persegue. Desconhece o limite da realidade, leva jovens à crueza de determinar seus próprios “aqui jaz”.

A coragem de se questionar é descartada e esquecida; negada.

  O sono acordou! As estrelas ainda bailam no escuro do céu, era pra estar dormindo, mas resolveu saltitante correr pela noite. Se ...

poesia paraibana ana paula cavalcanti
 
O sono acordou! As estrelas ainda bailam no escuro do céu, era pra estar dormindo, mas resolveu saltitante correr pela noite. Se recusava voltar a dormir. O que teria acontecido para o sono acordar? As luzes estavam apagadas; o silêncio conversava com a noite; então, porquê o sono não dormia? Já sei, era aquela luz pequenina que iluminava o quarto como o dia. Seria ela a responsável pelo sono acordar? É melhor apagar, a claridade diminuir, para o sono voltar a dormir. Volta sono! Podes, por favor, deixar de pelo quarto bailar? Não é hora de acordar. Eu estava nas asas do sonho a viajar. Porquê tivesses que acordar? Volta sono, vem se deitar. Deixa meu sonho seu voo voar. Sono teimoso, não quer voltar. Meu espírito tranquilo, tão feliz, estava a sonhar, mas o sono teve que acordar. Sono, vem se deitar! Me deixa no sonho viajar. Serena quero me encontrar, naquela linda beira-mar. Vem sono, vem se deitar! Deixa de me atormentar! Vem sono, vem se deitar, deixa apenas a noite com o silêncio tagarelar. Vem sono, vem se deitar! Me deixa mais uma vez sonhar. Como pode minha felicidade no sonho brilhar, se você não vem se deitar. Vem sono, vem se deitar! Para de saltitar! O dia já vai raiar, não vou poder mais sonhar. A labuta vou começar. Vem sono, vem se deitar! A noite já vai nos deixar, não conseguirei, de olhos abertos sonhar. Pode deixar. Fica sono, fica onde estás, não precisa mais se deitar. Já irei me levantar, para novo dia começar. Vai sono. Se deixa levar! Nos raios do dia já poderás saltitar.

Existem pontos do caráter das pessoas que não mudam, apesar das cruezas que sofrem durante a caminhada terrena. Dizem os estudioso...

mascara hipocrisia carater
Existem pontos do caráter das pessoas que não mudam, apesar das cruezas que sofrem durante a caminhada terrena.

Dizem os estudiosos que “somos a mais social de todas as espécies sociais”, porém atitudes mesquinhas e pobres mostram como algumas pessoas ainda precisam sofrer para se “diamantisar”.