Coisa estranha é o amor Quando te falava que teu corpo não era o mais importante que nossos sentimentos eram mais valio...
Coisa estranha é o amor
O velho? Um dia já foi feto nadando no oceano de amor chamado mãe. um dia já foi rosa desabrochando aos olhos da partei...
O velho? Um dia já foi feto no oceano de amor
Jamais desistas de ser quem és! Vais receber inúmeros rótulos: sentimental, romântico, bobo, sensível Vais ser taxad...
Cada árvore resulta de uma semente
Ah, querido Diógenes escolheste um tonel por moradia alguns trapos como vestimenta parcimônia com alimentos mas tinhas f...
Ah, querido Diógenes
escolheste um tonel por moradia alguns trapos como vestimenta parcimônia com alimentos mas tinhas força e energia pra falar questionar os poderosos procurar ao meio dia homem com uma vela acesa clarear Já conhecias as armadilhas do poder sa hediondez de um ego adoecido e se tinhas um tonel como abrigo era por opção e por prazer… Mas e estes que aqui moram? sobrevivem dos restos dos abastados não tem casa, nem sonhos nem bocado garantido para seus filhos, seus irmãos Falta força para luta e pro combate combater a fome é tarefa árdua e cansativa imaginar que a companheira adormecida na marquise fora assassinada por homens "sãos"
Hoje, confio a ti, pergaminho envelhecido meus segredos, quase adormecidos impressões guardadas na lembrança... Hoje...
Minhas mãos...
Hoje imóveis, como meus sentimentos sem função, apenas lamento comiseração, perdão sofrimento penhorei meus sonhos meu futuro incerto pensei que o amor se encontrava perto Maia me acordou com a triste notícia estávamos num palco dublê de artistas
E vamos juntando com calma os pedacinhos de fé esperança confiança e nossas caras lembranças costuremos uma peça novo ma...
Na vida, amargura; na alma, calmas águas
Ontem te vi partir fechado como um livro esquecido na estante queria teu olhar por mais alguns instantes mas só vi indif...
Segredos de Teseu
Melhor abraçar as feras Abracei alguns amigos e fui apunhalado com os projéteis da calúnia e maledicência com as lâminas ...
Melhor abraçar as feras
Abracei alguns amigos e fui apunhalado com os projéteis da calúnia e maledicência com as lâminas afiadas da indecência transferindo para mim, seus desequilíbrios e taras Outros, recebia em meu lar com alegria escolhia os lençóis para aquecer com simpatia e cobrir seus corpos ávidos por prazer e mordomia descobria assustado que bem logo amanhecia fugiam apressados à procura de euforia.
Nunca fiz listas de intenção para o Ano Novo. Também não faço retrospectiva do ano envelhecido... Entretanto, um misto de alegria ...
Um novo ciclo
Uma amiga querida, Paloma Diniz, afirma que tenho uma excelente agenda mental, e, pensando bem, concordo com ela. Fica tudo na mente: sobrecarregada de tanta culpa, medo, insegurança, curiosidade, alegria, raiva, contentamento, anseios, dor pelos que partiram, seja pela desencarnação ou por outros inúmeros motivos que só dizem respeito a eles.
A velhice até que é boa também tem a sua graça livra de muita trapaça exageros e engodo. As vezes ficamos gordos em ár...
A velhice até que é boa
Foi quando o mutismo a invadiu Já não suportava mais tantas partidas manhã cedo, Pablo Milanês também parte Erasmo Carlos n...
Perdas e partidas
A humanidade está enlouquecida, adoeceu e não procurou a recuperação. Está feliz com sua enfermidade cruel, com seu egoísmo e sordidez...
Desistiram de pensar
Repetem mantras e salmos, como autômatos, porque é mais cômodo do que aplicarem a sua conduta. Desistiram de pensar, de escolher, e preferem que outros manipuladores e espertos pensem por eles. Adotam comportamentos bizarros e fogem aparvalhados das coisas simples, desataviadas, sem enfeites multicolores. À semelhança de ave de rapina, sentem-se atraídos por tudo que brilha, que ostenta, que confunde seus sentidos.
Em verdade, somos sempre enfermeiros e médicos uns dos outros. Ao ler o que o outro escreve, ao prestar atenção em seus posicionamento...
A prática da tolerância
O TEMPO I Quando o tempo chegar, não te espantes eis que a hora do tempo não é nossa a hora do tempo lhe pertence ...
O tempo ainda é amigo
Quando o tempo chegar, não te espantes eis que a hora do tempo não é nossa a hora do tempo lhe pertence quando o tempo chegar, chegou a hora. Quando o tempo chegar, não te enganes não uses da astúcia ou de malícia eis que o tempo consegue ser tirano com aqueles que tentam lhe iludir e fugir do controle de suas vistas com aqueles que pensam que o enganam.
Sabe aquela resistência em entender que as pessoas mudam? Em aceitar que as amizades se desfazem que amigos traem, fami...
Mudanças
Mas que coisa absurda que proposta indecente não sabes que eu sou gente com presente e passado? Para ficar ao teu lado que...
Lições da calmaria
Esperança Espera alma querida com confiança e otimismo as negras brumas da noite darão lugar ao abrigo do sol a te clarear Il...
Esperança
Espera alma querida com confiança e otimismo as negras brumas da noite darão lugar ao abrigo do sol a te clarear Iluminar teus sentidos! Espera, não desfaleças diante dos obstáculos das perseguições infrenes tolhendo teus firmes passos. Descansa, aguarda um pouco recupera as energias a lama negra no poço já dessedentou um dia
Pra eu não morrer de saudades Resolvi tocar pra ti velar teu sono agitado consolar teus negros dias pintá-los com cores cá...
Pra eu não morrer de saudades
Resolvi tocar pra ti velar teu sono agitado consolar teus negros dias pintá-los com cores cálidas quero ainda agradecer por nossas tardes tranquilas quando eu estava perdida em meu labirinto infrene
PINTANDO O OUTONO Andei colorindo as folhas de meu outono cinzento não sei ainda se aguento essas cores, acres, ocres folh...
Outono
Andei colorindo as folhas de meu outono cinzento não sei ainda se aguento essas cores, acres, ocres folhas secas pelo chão um tapete adormecido sussurram em um gemido sofrendo a ingratidão dos que um dia partiram sem aviso, sem adeus desertaram assustados ao constatarem frustrados as voltas que o mundo deu... Dos que hoje esqueceram do carinho recebido palavras em seus ouvidos de estímulo e de ternura partiram amargurados e com línguas afiadas me infringindo tortura dos que partilharam um dia dos banquetes coloridos hoje me negam o pão da vida, dando-me a morte das relações em pedaços mãos soltas sem direção procurando outros braços que lhes deem mais atenção estão sempre a procurar outros ombros, outros olhares vivem a vida a usurpar espoliar sem remorsos esquecem a alteridade a empatia também e nessa busca infrene deixam dores lancinantes deixam corações duros com medo de amar alguém deixam mentes revoltadas deixam muitos pelas estradas amargurados, por fim mas hoje vou colorir as folhas que um dia deixaram descoloridas pra mim!
Estou a colher as folhas de outono são ocres, são pardas não sei quais seus nomes só sei que em tempo já adrede pensado e bem calculado será primavera... E minha espera das flores em cor botões se abrindo como nosso amor espero que os homens controlem a avareza pois vejo a tristeza em seus rostos pálidos espero que os mesmos controlem a ira eis que qualquer dia serão seus vassalos estou a esperarpor dias mais claros com o sol teimando em iluminar nosso rosto triste por dores acerbas por duras tristezas e feia cobiça não há quem assista aos noticiários com os seus rosários de tristes notícias escândalos, mortes os crimes hediondos parece um estrondo em nossos ouvidos... São os matricídios movidos por filhos que pensam no brilho das moedas que um dia seus pais trabalharam com tanto afinco para lhes deixarem de herança um dia mas a afazia, ganância atroz a pressa feroz não os deixam esperar que os seus pais partam para lhes deixar o ouro que um dia pensaram em juntar como garantia para seu futuro mas qual o futuro de um matricida? senão a prisão nos cárceres do estado mas se escaparem com seus corpos livres não há quem os livre da dura prisão de sua consciência eis que o tribunal consciencial, será seu martírio.
Meu coração é teimoso ele sonhou no verão sonhou na primavera no outono... E quando deveria se aquietar no friozinho do inverno, ele sonha mais ainda é o tempo de rever prioridades organizar as gavetas descartar os objetos desnecessários as relações tóxicas murmúrios e ingratidões é tempo de artesania passar horas e horas no mesmo ofício procurando focar no importante nos afetos, nos olhares, nos silêncios cheios de som é o tempo da leitura não apenas dos livros dos periódicos mas acima de tudo, da natureza que sempre esteve ali com suas maravilhosas lições No inverno, meu coração ganha força chora com intensidade alegra-se com a verdade que tentamos esconder para agradar aos demais.
Como misturo as estações... a razão de tal mistura, não sei bem talvez por entender que me convém eis que as tais das estações também são minhas. Quando estão na primavera, sou outono Os verões chegam pra tantos, sou inverno uns amigos estão no céu, eu no inferno O paraíso para alguns, meu purgatório Já cansei de reza em vão, Objugartorias.
Dizem que perdoar é ato dos fortes. Não duvido, eis que guardar ressentimentos é bem mais comum em nosso comportamento. Ressentimento sig...
Sem mágoas nem ressentimentos
Talvez por estarmos mais habituados a nos comprazer com a dor, decepção e mágoa, por algum atavismo cujos meandros não serão objeto desta reflexão, (por se tratar de assunto complexo e controverso), ou pelo simples fato de não cultivarmos com a mesma disposição a gratidão.
Não nos referimos tão somente aos êxitos materiais, mas também as vitórias sobre nossos vícios, falhas e defecções.
Não temos a pretensão de analisar com profundidade e/ou abordar a necessidade do perdão, como proposta religiosa, ou de evolução espiritual, na busca da passagem para um céu, nirvana ou paraíso, a depender da cultura. Mas tão somente pelo prisma da saúde mental, física e emocional.
Na prática do ressentimento, cultivamos invariavelmente a mágoa, que etimologicamente quer dizer má água. Se observamos o percurso de um córrego ou fonte cristalina, os movimentos do mar ou dos rios, percebemos que os mesmos, além da beleza e fonte de nutrição e hidratação, carrega em suas entranhas uma variedade de seres vivos, quer sejam vegetais, minerais ou animais, e pela força do movimento arrastam, para suas profundezas, ou para superfície, os corpos mortos, carregados de vibriões, larvas, fungos e bactérias.
A mágoa, pode ser associada a um pântano ou lago, com suas águas, pestilentas e insalubres, e em alguns casos, periculosas, como as que estão carregadas de lixos tóxicos ou resíduos indústrias, causando enfermidades, deformações fetais e morte. E estas condições são agravadas pela ausência de movimento, ou seja, por estarem paradas. O ressentimento, que vem posteriormente à mágoa, apresenta uma estrutura funcional semelhante. De tanto trazermos à nossa mente imagens de eventos dolorosos, traumáticos e frustrantes, bem como a raiva das pessoas eventualmente partícipes ou causadoras desses eventos, essas imagens se sedimentam dando lugar à mágoa que, à semelhança de ferrugem, ou qualquer elemento cáustico, vai, aos poucos, corroendo nossas resistências físicas, mentais e emocionais.
Quando nos dispomos a perdoar, ou seja, desculpar ou compreender os limites do outro, tentando resignificar a dor que causou o trauma, fazemos um movimento análogo ao dos rios e mares, jogando para a supercie de nossa consciência, iniciando um processo de recolhimento daquele lixo mental que hora nos intoxica. Ou jogamos para as profundezas de nossa memória, de forma a não permitir que a dor seja experienciada cada vez que à lembrança visite nossos painéis mentais.
É um processo que exige, vontade, perseverança e calma, eis que na natureza nada acontece de assalto.
Se o outro não aceitar o nosso perdão, não nos diz respeito, posto que perdoar nos tirará dos grilhões do ódio ou da mágoa, e essa alforria é pessoal, não dependendo da aprovação ou aceitação do outro.
Caso seja necessário, procuremos ajuda profissional ou mesmo religiosa, isso claro, sem fanatismo ou candidatura à santificação, para não adentrarmos num processo também grave, que é o da negação ou hipocrisia, pois esse tipo de ferrugem corrói nossa estrutura psíquica de dentro para fora, e não o contrário.
Viver é preciso, e viver de forma leve, sem mágoa ou ressentimentos desnecessários.