Estava escrevendo para hoje motivado pela criação da Secretaria do Meio Ambiente, quase no mesmo dia em que a TV Cabo Branco serviu, no café, a ruína, desde muito exposta, do lugar descrito como nosso Ponto Zero, o Porto do Capim. Porto que serviu à fundação, ao estabelecimento da cidade com o desembarque e embarque de seus possuídos até 1932, quando Gratuliano Brito inaugurou o de Cabedelo.
Enquanto o foco da tevê trazia a lume os desmoronamentos a partir da Alfândega e de velhos armazéns de mistura com os barracos da nossa miséria social, em silêncio eu me questionava:
“Por que somos assim? Pobreza material, apenas?”
@jbnaestrada
Que não se agastem os honores pessoenses com lembrança tão inusitada... Subimos a colina, saindo das águas do rio Anil, para encontrar, lá no alto, as ruas assobradadas com seus mirantes, o Ponto Zero da cidade, tudo bem varridinho, lavado e esfregado sabe por quem? Pelas mulheres solteiras, meretrizes benfazejas a quem eram cedidas as casas para morar e viver desde que assumissem a conservação, o zelo da casa inteira, do quintal à fachada.
Varadouro (Capital paraibana) @pb.gov.br
Não sei como está hoje, na fase dos passos lentos e arrastados do velho Presidente maranhense. O progresso não deve ter deixado de arribar através da ponte tal como se deu aqui através da Epitácio. Sei apenas que, em algum tempo, surgiu uma alternativa barata, prática e imediata para adiar um pouco a morte da História.
Krystine Carneiro
Agora vejo nas mãos de José William Montenegro Leal um novo empenho de restauração de relíquias como a antiga Alfândega, a Casa da Mouraria, o Convento, a Praça Álvaro Machado e o problema da periferia em situação igual à das palafitas. O tempo não me deixa esperar muito. Mas quem sabe?!
Porto do Capim (J. Pessoa) @joaopessoa.pb.gov.br
(Originalmente publicado no jornal A União)


















