Como seria bom se pudéssemos compartilhar o que conhecemos e achamos relevante com as outras pessoas.
Porém, também é frustrante quando o fazemos e percebemos que o outro ou não compreendeu, ou — ainda pior — entendeu em um sentido totalmente diferente.
Porém, também é frustrante quando o fazemos e percebemos que o outro ou não compreendeu, ou — ainda pior — entendeu em um sentido totalmente diferente.
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A impressão que dá — a não ser que você passe a viver numa bolha habitada apenas por seus pares e suas ostentações acadêmicas — é a de que todo o esforço que você fez na vida para amealhar certo grau de conhecimento foi em vão.
De que adianta saber tanto de Marx, Sartre, Derrida, da Revolução Francesa e dos gregos, da poesia de Drummond, Caetano ou Jorge Mautner, se não há interlocutores interessados porque desconhecem o assunto?
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Claro que, se você está num ambiente onde não há eco para o seu nível intelectual, ainda assim ele é útil e faz de você uma pessoa equipada com os instrumentos adequados para ser um humano bem melhor. A variável para que essa fórmula dê certo é, justamente, o caráter.
A formação intelectual, os títulos acadêmicos, o domínio de saberes são instrumentos que podem elevar o nosso espírito, mas também podem nos alçar à arrogância e se transformar, nas mãos de certas pessoas, em armas de dominação.
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Recentemente li em um texto de autoria de um médico: "Fumar não é um simples hábito. Fumar é uma perversão. Perversão é dar às coisas da Criação funções para as quais nunca foram concebidas."
Nesse trecho, em especial, me senti um pervertido... Mas especificamente, na definição que foi dada a perversão. Ainda mais porque não foi uma escolha minha, foi uma condição da minha existência.
Só sei que não sei...