Mostrando postagens com marcador Rose Pereira. Mostrar todas as postagens

E um grito sem voz foi se infiltrando pela cidade, lento e implacável. Os indivíduos se esvaziavam do que lhes definia — celulares morto...

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E um grito sem voz foi se infiltrando pela cidade, lento e implacável. Os indivíduos se esvaziavam do que lhes definia — celulares mortos nas mãos, automóveis inúteis, trabalho suspenso no vácuo, cartões sem valor, uma pressa que já não levava a lugar algum. E, numa prece sufocada, percebeu-se sem conexão, sem condução, sem dinheiro... sem vida.

A casa era azul da cor do céu, serena e acolhedora como um abraço. Pelas paredes, voavam andorinhas de louça colorida, cada uma carr...

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A casa era azul da cor do céu, serena e acolhedora como um abraço. Pelas paredes, voavam andorinhas de louça colorida, cada uma carregando nas asas as memórias que minha avó nunca deixava morrer... Verdes, amarelas, vermelhas — as cores que ainda dançam na minha lembrança.

Deixei minha amada terra Brasil, e cá estou, pouco mais de um ano, em solo lusitano. Tive razões para a mudança – como alguns amigos s...

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Deixei minha amada terra Brasil, e cá estou, pouco mais de um ano, em solo lusitano. Tive razões para a mudança – como alguns amigos sabem. E residir aqui, milhares de quilómetros de distância, me veio logo a cabeça as nossas semelhanças com o belo País, e claro, poder assim manter um “gostinho de casa”, a começar pelo idioma.