Sugestão de leitura
Título: | A VIDA DEPOIS DOS 60 |
Autora | Mariza Tavaresz |
Editora | Best Seller (2025) |
Uma amiga geriatra, Cláudia Burlá, foi quem me convidou para assistir ao debate que ela faria com a jornalista Mariza Tavares sobre longevidade, na livraria Argumento.
Na ocasião, a jornalista lançou seu livro A vida depois dos 60, e mulheres e homens presentes debateram sobre saúde, vida ativa na velhice, sexualidade e preconceitos.
Apesar de persistir o preconceito contra a velhice, a autora constata que há também um certo empoderamento entre os idosos.
Mariza Tavares Instagram
O Brasil registra mais de 15% da população com mais de 60 anos. Então, diante de uma realidade tão numerosa, Mariza faz o seguinte apelo:
“Não abdiquem dos planos, não pensem que é velho demais para colocá-los em prática. O tempo que temos é tão mais extenso que o dos nossos pais, que somos os inventores de uma nova era.”
O que é preciso para se manter saudável e independente? Ela atribui isso a um tripé: alimentação saudável, sono de qualidade e exercícios físicos.
Três coisas que nem sempre se consegue implementar no cotidiano. Mas dá pra virar o jogo e evitar um estado de fragilidade. Segundo a autora, fragilidade seria um
Unsp
Bons hábitos podem manter a capacidade física e cognitiva em bom funcionamento. A autora diz para não encararmos o declínio cognitivo como algo inevitável:
“É verdade que o envelhecimento é um fator de risco. Mas o médico David Dodick, professor da Thomas Jefferson University, diz que o declínio cognitivo não é um caminho natural, nem deveria ser encarado como algo inevitável.”
Doze fatores de risco são responsáveis por quase metade dos casos de demência: hipertensão, diabetes, obesidade, perda de audição, poluição atmosférica, consumo excessivo de álcool, traumas na cabeça, isolamento social, fumo, falta de atividade física e baixa escolaridade.
Oliver Cole
O mantra é se movimentar. O exercício físico ajuda a nos manter funcionais e até garante mais anos de vida — caminhar diariamente faz diferença. O que mais conta para a longevidade é o estilo de vida.
Ter uma rede social, amigos com quem compartilhar pequenos eventos e ter um hobby que desperte interesse e mantenha a mente ativa é de capital importância.
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Cito alguns idosos conhecidos do público que se mantêm produtivos apesar da idade avançada: o escritor e crítico literário Silviano Santiago, que completou 89 anos e continua publicando e participando de encontros e debates; a atriz Fernanda Montenegro, aos 95 anos, ainda no palco; e Othon Bastos, aos 92 anos, levando grande público à sua peça Não me entrego, não.
Othon Bastos atuando em Não me entrego, não fringe.com.br
“Costumo falar que quem depende só da cinturinha, do peito e da bunda está frito. Enquanto a vida não me der uma paulada e eu tiver saúde, vou indo.”
*O livro A vida depois dos 60 está disponível na Amazon