No que diz respeito à essência do cão e à comunicação primária, John Locke (1690) afirmou que “a essência é composta pelas coisas internas e geralmente desconhecidas que podem ser descobertas e são responsáveis pelas qualidades de um ser".
Para Hare e Woods, a essência dos cães reside na capacidade de flexibilidade mental e na comunicação com os seres humanos. Segundo os autores, a capacidade neural dos cães é equivalente à das crianças pequenas (embora isso não justifique tratá-los como crianças humanas). Além disso, a capacidade de comunicação é absolutamente peculiar e exclusiva da espécie canina.
Vanessa Woods e Brian Hare, autores do livro "Seu cachorro é um gênio" @duke.edu
De alguma forma misteriosa, essa habilidade não está ligada ao olfato, à audição ou à visão dos cães, mas sim à forma como seus cérebros processam informações e interpretam os sinais emitidos pelos humanos. Essa relação de comunicação estabelece-se apenas quando há um vínculo emocional entre as espécies.
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Os cães são projetados para captar os mais sutis sinais emitidos pelos seres humanos. Esses sinais energéticos são captados pelo cérebro canino e introjetados em sua personalidade. Se esses sinais são emitidos com frequência, o cão desenvolverá um padrão comportamental em resposta a eles.
O interessante é que muitas vezes os humanos não têm consciência dos sinais que estão emitindo para seus cães. Muitas vezes, os cães demonstram comportamentos indesejados porque estão reagindo a sinais primários que o humano projeta inconscientemente.
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* Do livro de Francci Lunguinho e Vladimir Lobato 'O Treinamento Invisível', publicado recentemente (Editora Arribaçã), disponível pelo WZap: (21) 965266499 e na Amazon