Além do amor
Do homem
E seus desejos
Anjos repousam
Sobre a pele
Dos que sentem
A paz é um estado
E não está numa
Razão que se mede
Por ter ou dominar
E a liberdade
De fato é dormir sem pesadelos
Além da vida
Há que haver
Seres serenos
Como o sono tranquilo
De um gato
Esses Seres que desconhecem a estupidez
Escrever
A parte do ser
Que não se conhece
Revelar
O sentido
De ser
E rir
Por saber
Que não há sentido
Se alegrar
Por saber
Que felicidade é circunstância
Que morrer é bom
E ter além do suficiente
É o mal em si
Que viver é um dom
E toda vida é única
Preciosa e finita
Ser poesia sem palavras
Deitar com amor
Até quando não houver mais Levantar
Caetano nu
Meu desejo
De arte
Ele todo
Sem folhas
Ele já imensos parreirais
Nu na profundidade
De ser tantos
Encantos
Tocar a pedra de toque
Rugir na imensidão
De tanto nada
Ele
Que me fez pensar
E fazer poesia
Não é ídolo nem deus
É liga humana
Pó ainda íntegro e cheio de alma
Alma
Almas mil
Todas as almas do que é ser Brasil
Dou-me
Ao alquebrado
Que se me encontro
Não por renúncia
Da vitalidade
Mas pela necessidade de sua reposição
Olho o mundo ferido
Com dor e angústia
Falta-me terra sob os pés
Escandaliza-me a dor
Dos cordeiros abatidos
Em guerras pelo mundo
Choro mulheres mortas
Por seus próprios amores
E pelas vidas tiradas por uma carteira
(Muitas vezes, vazia)
Os donos do próprio corpo
Executados
Por sê-los
As pontes e viadutos
Lotados de desvalidos
E miseráveis tomando a vida na navalha
....
Cansado de ser humano
Ainda que entre eles
Os que fazem humanidades
Cansado mas resistente
Viiva no amor
Na arte e na cor das manhãs
O poder do Mar
E da terra
Minha casa
Yrokô
Dever a memória A melhor parte do tempo E do indigente Também preservar Como a voz de Janis Nina na noite Gal e os beijos desejados Alavancar Dever da memória Monumentos Catedrais Dores dos currados O arquivo de cada alma É acervo do humano Depositado no Deus De Nietzsche Não o que ele declarou morto Mas que sobreviveu E habitou nele Em forma de loucura e filosofia Manifesta face Riso e choro Teatro que conta de nós Pelas estradas do tempo Yrokô! Yrokô Tempo Dono De nós
Dever a memória A melhor parte do tempo E do indigente Também preservar Como a voz de Janis Nina na noite Gal e os beijos desejados Alavancar Dever da memória Monumentos Catedrais Dores dos currados O arquivo de cada alma É acervo do humano Depositado no Deus De Nietzsche Não o que ele declarou morto Mas que sobreviveu E habitou nele Em forma de loucura e filosofia Manifesta face Riso e choro Teatro que conta de nós Pelas estradas do tempo Yrokô! Yrokô Tempo Dono De nós