José era justo, piedoso, influente, verdadeiro no amor pelos outros, conhecedor da palavra de Deus, um homem bom e respeitoso. Da sua carpintaria a jovem Maria ele viu. Ela ia saltitando, uma terrina carregando. No poço pegaria um pouco d’água para o dia. Quando o olhar do moço notou, de soslaio, envergonhada lhe sorriu.
Lhe parecia inteiramente banhada de indescritível beleza e ternura. Ele jamais tinha visto sair tanta luz em uma só criatura.
Santa Ana, São Joaquim e Maria
Pietro Ayres
Pietro Ayres
Apesar de ser bem mais velho, queria com a jovem casar.
Aquele pedido foi um presente, José era um homem gentil e inteligente. Carpinteiro iluminado, querido por toda gente. Seus corações a certeza os faziam declarar “Deus havia operado para a sagrada união se concretizar.”
Porém, antes de casar, depois da casa de Isabel retornar Maria precisou sua grande verdade a José contar.
A revolta lhe abraçou, bradou contra Deus sua dor, acabrunhado ficou, contra Maria sua raiva jogou.
A noite toda chorou. Adormeceu e com um anjo sonhou:
“José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados'.
(Mateus 1:21–23)”
As lágrimas que banharam o coração de José fizeram o amor divino por Jesus desabrochar. Criou aquele menino como seu. Ninguém ousava duvidar.
Os caminhos da verdade, do amor e da justiça ao filho iria ensinar. Ao cuidar da humana formação de Jesus, ele abraçou de coração sua divina missão.
G. Domenico Tiepolo
A chuva chegou e a devoção ao Santo começou.
A lavoura floresceu, a fome não castigou, a fé os salvou.
Assim tem sido nos lugares em que as lágrimas de São José molhou.