Ave fugidia Ave tão fugidia Avezinha selvagem, Pousa na minha janela Para depois se evadir Deixando a solidão nela.

Duas asas

volia loureiro amaral ambiente de leitura carlos romero poesia paraibana ciencia e religiao vida efemera

Ave fugidia

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Ave tão fugidia
Avezinha selvagem,
Pousa na minha janela
Para depois se evadir
Deixando a solidão nela.

Vento de redemoinho
Passa ligeiro
E tira tudo do lugar,
Nada te segura,
Nada te prende,
Dissolve-te no ar.

Talvez um dia eu te faça
Um alçapão,
Talvez um dia eu te prenda
No visgo do meu verso.

Mas não. Assim não te quero.
Quero a espontaneidade do chegar,
Quero que pouses na minha janela
E sintas abrigo,
Sintas vontade de ficar.


Asas da Evolução

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São duas,
As asas da evolução:
Uma se chama Ciência,
A outra, Religião.

De longe, essas duas asas,
Parecem estar separadas,
Por si, antagonizadas,
Em divórcio permanente.

A Ciência é dá matéria,
Estuda, do Universo à bactéria,
Desvelando os mistérios
Que a Natureza aponta.

A Religião é da alma,
E desvela os segredos,
Que, desde todos os tempos,
Intrigam a Humanidade.

Quem sou?
De onde vim?
Para onde vou?
Onde se encontra a felicidade?

Ciência e Religião,
Estão unidas, ligadas,
São asas que levam
A alma à evolução.
Porém, vivem a lutar,
Em luta vil, sem razão.

Cada alma é convidada,
No momento em que é criada,
A ir ao encontro do Amor,
Voando com as duas asas.

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Porém, a Humanidade, cega,
Olha, apenas, para uma asa,
Enquanto que, a outra,
A existência lhe nega.

Não compreendeu ainda,
Que para poder aos Céus se alçar,
Tem de equilibrar a ambas,
E assim o amor encontrar.

Ciência e Religião,
Uma complementa a outra,
Tendo Deus, como ligação.
São as asas que nos elevam,
No caminho da evolução.


Vólia Loureiro do Amaral é engenheira civil, poestisa e escritora

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