Quo Vadis Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me preenche, uma crença na embriaguez (Um tom de cor que não percebem...

Um certo mormaço

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Quo Vadis
Sou um devoto de pernas tortas, um desequilíbrio me preenche, uma crença na embriaguez (Um tom de cor que não percebem os olhos claustrofóbicos) Conforme os cartazes, não existo, uma impossibilidade me percorre como um sangue incolor Em meu Mundo de quimeras, o que late e abana o rabo tem nome de homem Desta terra que piso, onde cumpro meu rumo de desassossego, sou pela ressaca dos mortos celebrando as partículas do esquecimento Sei rosnar, e isto me basta Meio copo de saliva e um soluço que parte minhas certezas sob os sóis - é o que resta Dos que ruminam as hóstias, eu guardo as sobras dos ossos para a liturgia da aridez de meu deserto Leio contente o que não entendo, pois é assim, na limitação, que existo e testemunho a aurora, e um certo mormaço que é onde me percebo como uma fera cativa E rogo ao ventre um retorno para o acaso abissal da inconsciência.

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  1. Denso como o mormaço.
    Quem lê um poema de Jorge Elias não deve esperar moleza. Depois da terceira leitura é que se começa assimilar a beleza e consistência da poesia.

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