O médico indiano e escritor Deepak Chopra narra, em seu livro “A fonte da felicidade duradoura” um fato, deveras impressionante: uma mulher de 60 anos tinha a aparência de uma jovem de trinta anos. Era saudável, alegre e rodeada de amigos. E quando lhe perguntaram o segredo de tanta jovialidade, a resposta foi: "talvez seja pelo fato de eu ter esquecido a minha idade”. Decerto, ela não queria festa de aniversário, com aquele bolo na mesa, as velinhas acesas e as pessoas batendo palmas e desejando ao aniversariante muitos anos de vida, mesmo que ele já tenha 95 anos de idade...
E. Grutzner ▪ 1846—1925
A conclusão é esta: o que nos envelhece é a consciência da idade. As crianças nunca perguntam a idade dos colegas. A mesma coisa acontece com os jovens. Os idosos, em geral, é que vivem contando os anos dos outros. Talvez não queiram envelhecer sozinhos...
Deepak Chopra chega até citar esta sentença: “As pessoas envelhecem e morrem porque veem outras pessoas envelhecerem e morrerem”.
O genial humorista brasileiro Millor disse que a gente envelhece por causa do registro civil. E como salienta o guru indiano, a gente se torna naquilo que vemos. Se você se julga velho... Assim seja. Eu não sei até que ponto aquele aviso do caixa do supermercado — “privativo às gestantes e idosos” — é válido.
Gaetano Bellei ▪ 1957—1922
Há pessoas que gostariam de voltar a ser jovens. Desejariam, assim, retroceder no tempo, esquecidas de que envelhecer é amadurecer com as experiências, é adquirir sabedoria, é olhar o jovem com uma certa compaixão... Compaixão de quem está embaixo.
Eugenio Zampighi ▪ 1859—1944
Horrível voltar a ser jovem, vestir aquela bermuda até o joelho, com a boca cheia de gíria, “bicho”, “cara”... Abençoada maturidade, que vê as de cima, com uma nova ótica e uma nova ética. Velhice saudável e sábia é uma beleza. Mais do que isto. É uma benção. Depois, tem os amigos. Bem-aventurados aqueles que não amargam o passar dos anos sozinhos. Os amigos são os que iluminam os nossos caminhos, que nos rejuvenescem.