Nos disse Elie Wiesel: “O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. O oposto da beleza não é a feiúra, é a indiferença. O oposto de fé não é a heresia, é a indiferença. E o oposto da vida não é a morte, mas a indiferença entre vivos”.
Certo tempo, havia um harmonioso clã criado pelo amor de dois jovens que enfrentaram a realeza para se casarem. Independente do que os pais queriam para o destino deles, enfrentaram tudo e todos em nome do amor que eclodiu em seus corações. Deles vieram inúmeros descendentes que, seguindo ensinamentos e exemplos do casal, também criaram suas famílias baseadas no amor da fé cristã.
Certo tempo, havia um harmonioso clã criado pelo amor de dois jovens que enfrentaram a realeza para se casarem. Independente do que os pais queriam para o destino deles, enfrentaram tudo e todos em nome do amor que eclodiu em seus corações. Deles vieram inúmeros descendentes que, seguindo ensinamentos e exemplos do casal, também criaram suas famílias baseadas no amor da fé cristã.
Nas reuniões, as conversas, as músicas, as dores e as alegrias, eram divididas entre todos, independente da idade. Aqueles encontros familiares elevavam os corações quando se falava das passagens bíblicas, da crueldade das inverdades, que destruíam a vida e a fé. Havia identificação com as agonias cristãs dos personagens que, de alguma forma, traduzia um pouco do íntimo de cada um.
Os mais velhos tentavam explicar aos mais novos a importância da bondade, de se falar a verdade, de não mentir sobre atos e fatos, para não se criar inimizades, constrangimentos, para não destruir a árvore a qual aquele jovem casal plantou no universo do viver.
A “árvore” cresceu e muitos ramos com seus belos frutos enfeitaram a terra das famílias. É divino ver quanto garbosa ela é.
Os galhos cortados e transportados para outros universos, ainda são considerados parte do todo.
As fendas causadas por afiados instrumentos como palavras, gestos, atitudes, fizeram surgir fissuras que o tempo deveria ter curado.
Quando da ferida temos apenas cicatriz, quer dizer que ela foi curada, mesmo que jamais seja esquecida.
Li esses dias:
Uma família estava assistindo um espetáculo no teatro, ao saírem, deitado sob um papelão forrado na calçada, estava um mendigo. Tiritava de frio. Parecia delirar em meio à congelante névoa que cobria as ruas.
Uma das filhas, movida por um natural impulso de bondade, retirou seu rico casaco que a agasalhava, e se encaminhou em direção ao pobre homem, com a firme intenção de o cobrir.
Seu companheiro, porém, percebendo a iniciativa, a deteve.
– Não faças isso! – De que adiantaria a esse miserável uma peça de vestuário de tal valor? Amanhã providenciaremos agasalhos quentes para ele. – Sim, tens razão. E tornou a vestir o casaco. Chegaram em casa, tomaram chocolate quente e buscaram suas camas aconchegantes. Esqueceram da agonia do desconhecido.
No dia seguinte, a jovem recordou do pobre homem naquele chão frio. Providenciou agasalhos para que fosse levado até ele . Quando lá chegou, o desconhecido já morto estava sendo removido pela polícia”.
O tempo é cruel, não nos oferece tempo suficiente para enxergarmos o valioso tesouro que nos foi dado de ter uma árvore forte e unida, para enfrentar os ventos, trovões e relâmpagos das tempestades que nos arrancam preciosos galhos, ou mesmo de aproveitar o mais doce bailado das brisas suaves. Espero que a maturidade faça os ressequidos corações enxergarem que não temos mais tempo para um tardio socorro.
Que saibamos valorizar a “árvore” da qual pertencemos.