A grande força motivadora do homem é o sonho inconsciente de permanência. Por outro lado, a sua maior angústia é a luta do espírito querendo escapar da finitude.
Esses dois extremos, sem uma percepção humana individual mais clara, cruzam com maior ou menor frequência o limite ancestral que separa a eterna confrontação entre sonho e realidade, ao longo do que chamamos vida. E esses encontros e seus graus de ocorrência definem a maior perenidade das nossas existências e como as levamos em termos de estabilidade versus insatisfação.
Portanto, o céu e o inferno como conceitos religiosos que nos foram impostos, não são definidos em um único momento, quando ocorre a ruptura entre “vida e morte “. Este momento está presente em todo o tempo que denominamos “vida”.
Jr Korpa
Fatores como desastres ecológicos, guerras e ocorrências como enfermidades pandêmicas, como as que nos afligem na atualidade, têm um papel relevante em nossos comportamentos, quando reagimos às ocorrências no nosso tempo de validade como seres vivos.
E nestes períodos, estas variáveis alheias a qualquer controle da nossa espécie, nos afetam com maior ou menor profundidade, e muitos equívocos são cometidos pela escassez residual de nossas capacidades de processar, julgar, dimensionar e influir nas nossas tomadas de decisões.
Jr Korpa
Diante de tudo isto, não seria imprudente admitir que o que somos ou parecemos ser, é em boa parte um produto do acaso e do imponderável que em situações específicas, podem promover aproximações de indivíduos com graus semelhantes de identificações indesejáveis, que venham a se unir por medos, muitas vezes irracionais, com capacidades de causar desequilíbrios sociais de grande magnitude, tais quais vivemos agora no Brasil. Estes somados a interesses políticos e econômicos são meios para um efetivo controle da população.