DESPEDIDA... OU ATÉ BREVE?
Levanto a mão e dou adeus em despedida... Escondo os olhos para ocultar a lágrima teimosa. Chegou o momento em que preciso decidir a minha vida e, espero, que não seja uma decisão tão dolorida. Repenso o meu gesto, antes que seja tarde... Por que não trocar a despedida por um até breve? A vida é luta, não foi feita para os covardes, não vou deixar que a tristeza nos braços me carregue. Vamos acenar juntos. Levantem as mãos... Um até breve, pois, não é a hora da partida. Não vamos nos esconder no escuro, nos desvãos, depois da procela vem sempre a brisa prometida. Retenhamos nos lábios a palavra, "adeus"... Escancaremos as bocas num sorriso. Coloquemos os sonhos nas mãos de Deus, representado, hoje, no abraço de um amigo. Vamos à luta! Para todo fim existe um recomeço. Não faz mal que nos despeçamos nesta hora. Iremos nos encontrar em um novo endereço. Antes do Sol, percebam, existe o brilho da aurora. Podem até me indagar: — Poeta, qual então, a boa nova? — Amigos, sei que um dia haveremos de nos encontrar! Até breve, prefiro em versos declamar, pois, tudo na vida se renova.
Levanto a mão e dou adeus em despedida... Escondo os olhos para ocultar a lágrima teimosa. Chegou o momento em que preciso decidir a minha vida e, espero, que não seja uma decisão tão dolorida. Repenso o meu gesto, antes que seja tarde... Por que não trocar a despedida por um até breve? A vida é luta, não foi feita para os covardes, não vou deixar que a tristeza nos braços me carregue. Vamos acenar juntos. Levantem as mãos... Um até breve, pois, não é a hora da partida. Não vamos nos esconder no escuro, nos desvãos, depois da procela vem sempre a brisa prometida. Retenhamos nos lábios a palavra, "adeus"... Escancaremos as bocas num sorriso. Coloquemos os sonhos nas mãos de Deus, representado, hoje, no abraço de um amigo. Vamos à luta! Para todo fim existe um recomeço. Não faz mal que nos despeçamos nesta hora. Iremos nos encontrar em um novo endereço. Antes do Sol, percebam, existe o brilho da aurora. Podem até me indagar: — Poeta, qual então, a boa nova? — Amigos, sei que um dia haveremos de nos encontrar! Até breve, prefiro em versos declamar, pois, tudo na vida se renova.
DESPEÇO-ME DA VIDA
Um dia, virarei um passarinho, Voarei para um lindo paraíso; Nas faces mostrarei largo sorriso, Terei um belo encontro bem cedinho. Cantarei melodia com carinho, Num mote suscitado de improviso; Poema em redondilha, bem preciso, Composto numa noite, assim, sozinho. As nuvens se abrirão numa avenida, Meus versos boiarão em mil procelas, No momento sublime da partida. Direi pra minha amada, a mais querida: — Morrerei de manhã, abra as janelas... Só gratidão... Despeço-me da vida.
Um dia, virarei um passarinho, Voarei para um lindo paraíso; Nas faces mostrarei largo sorriso, Terei um belo encontro bem cedinho. Cantarei melodia com carinho, Num mote suscitado de improviso; Poema em redondilha, bem preciso, Composto numa noite, assim, sozinho. As nuvens se abrirão numa avenida, Meus versos boiarão em mil procelas, No momento sublime da partida. Direi pra minha amada, a mais querida: — Morrerei de manhã, abra as janelas... Só gratidão... Despeço-me da vida.
