“Descrições Gerais da Capitania da Paraíba” foi escrito em 1639 pelo governador/capitão-mor holandês Elias Herckmans. É um dos poucos documentos descritivos sobre a Capitania Real da Paraíba no período do domínio holandês (1634–1654).
Trata da chegada dos holandeses pelo Varadouro, entrando no Rio Paraíba em 22.12.1634. Descreve toda a capital daquela época e os prédios existentes. O autor morava no Convento de São Francisco, onde se instalaram os dirigentes holandeses.
Antiga povoação da Parahyba - Gravura de A.F. Lemaitre (adap) História Geral do Brazil (Francisco Adolfo de Varnhagen
A segunda parte trata da rica flora e da fauna paraibanas, até a região que chamamos de caatinga.
A terceira parte traz uma raridade: a descrição das nações tapuias/cariris, com sua diversidade, o pesado patriarcado tapuia, o nome dos morubixabas da época e aspectos culturais. O autor ainda demoniza as práticas religiosas dos
Antiga povoação da Parahyba - Gravura de A.F. Lemaitre (adap) História Geral do Brazil (Francisco Adolfo de Varnhagen
A obra informa que, no tempo dos holandeses, existiam 19 ou 20 engenhos de açúcar bem produtivos, bem como a presença de lavradores portugueses no litoral norte, com mão de obra escravizada, sem indicar a origem africana dessas pessoas traficadas. O mesmo ocorria no litoral próximo à atual Praia da Penha (então Aracati), com a presença de pescadores portugueses.
Essa era a divisão social (de classes) dos colonizadores luso-brasileiros na Paraíba no período da invasão holandesa: senhores de engenho, lavradores com escravizados no litoral norte e pescadores no litoral sul.




































