Desculpem o clichê típico dessa época de final de ano, mas vou registrar, aqui, 5 metas a serem cumpridas ao longo de 2015, na tentativa d...

ano novo vida nova


Desculpem o clichê típico dessa época de final de ano, mas vou registrar, aqui, 5 metas a serem cumpridas ao longo de 2015, na tentativa de subir alguns degraus no aprimoramento físico, mental e espiritual.

O tempo... A gente só ouve as pessoas dizendo: “vou ver se tenho tempo”; “no meu tempo era assim...”; “não tenho tempo para nada”; “o tempo...

O tempo... A gente só ouve as pessoas dizendo: “vou ver se tenho tempo”; “no meu tempo era assim...”; “não tenho tempo para nada”; “o tempo urge”; “quanto tempo leva isso?”. O tempo é a nossa grande preocupação na vida. O meu filho cosmólogo, PhD em Física, me disse que só há tempo, por que há movimento. Portanto, na imobilidade não há tempo. O tempo é invisível, assim como o espírito (a não ser para os médiuns videntes), assim como nosso pensamento.

Os passadistas se comprazem em monologar: “No meu tempo não era assim”. Evidente que tudo passa, mas o tempo para semear é este que estamos vivendo. E muito cuidado com o tempo vazio. Já disse alguém que tempo é como solo. Nada de deixá-lo vazio. Quem nada planta, nada colhe. Quando a gente morrer, sabe a interrogação que vamos encontrar à nossa frente? Esta: “Que fizeste de tua vida?” Mas, dizia o poeta pernambucano Ascenso Ferreira: “Hora de dormir, dormir, hora de comer, comer, hora de trabalhar, pernas pro ar, que ninguém é de ferro”. O poema é mais ou menos assim... Mas, cuidado pra não segui-lo.

Jesus advertiu que devemos nos conciliar com o adversário enquanto estivermos a caminho com ele. Portanto, nada de perdermos a oportunidade de fazer o bem.

Ensinou-nos Paulo de Tarso que aquele que faz caso do tempo, para o Senhor o faz.

Carlos Drummond de Andrade disse num poema, a propósito da passagem de mais um ano, que o tempo passa, mas outros dias virão.

Jesus só dispôs de três anos para implantar a sua Doutrina neste mundo. A Doutrina consoladora, cuja maior mensagem é esta: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Sim, ele amou e deu o exemplo. Veio trazer a luz, e os homens lhe deram a cruz. E esta cruz continua em muitas paredes e em muitos pescoços...

Nunca procure matar o tempo. Não cometa um “tempocídio”, que é pior do que o homicídio. É horrível este lamento: “Eu não tenho mais tempo...” Já se disse que tempo é ouro. Quem na vida empregou bem o tempo, morre e parte com a consciência tranqüila.

Conselho do cronista: olhe mais para o relógio do que para o seu celular. E cuidado com o esbanjamento e desperdício do tempo. Aproveite bem a sua vida, valorizando as oportunidades do tempo. Não se esqueça de uma coisa: abundância de tempo significa mais responsabilidade, e “a quem muito foi dado, muito será pedido”...

Tenho muita pena daquelas pessoas angustiadas, suadas, inquietas, e que a todo momento estão estressadas, sem tempo, e que assim se expressam no rosto, no andar, no falar...

Mas entoemos, aqui, um hino em louvor ao tempo, que é silencioso, que é invisível, e finalizemos lembrando que o momento propício para analisarmos o tempo em nós, é só fazer um balanço do que fizemos durante o dia. Quando foi que o dispersamos. Tempo de sono, tempo de refeição, tempo de distração, tempo de estudo, tempo de meditação, tempo de conversa, tempo dedicado ao outro, tempo de amor, tempo de exercício físico, tempo de leitura...

Ah, as horas gastas na futilidade!...

S e eu passei bem o Natal? Muito bem, obrigado. E não foi apenas com os familiares, mas, sobretudo com aqueles que não são amigos do sangue,...

Se eu passei bem o Natal? Muito bem, obrigado. E não foi apenas com os familiares, mas, sobretudo com aqueles que não são amigos do sangue, mas são do coração, que é o que importa.

E haja abraços, beijos, sorrisos, gracejos, e muito carinho, que a vida não é um cemitério, e, sim, um jardim de muito amor e de muita paz. O negócio é saber ver e saber viver. Mais ainda: o negócio é saber conviver!

Passamos o Natal na casa de Maria Antério, mãe do nosso Davi, a mulher do sorriso mais bonito do mundo, de um coração imenso, que já não está mais neste mundo. Não está, cronista? E o seu espírito? Sai pra lá, com teu materialismo, pois ela estava lá, sim, abençoando a todos e vendo as filhas prepararem a gostosa comida, hoje, sob o comando da caçula, Djane, que administra o agradável espaço gastronômico, já chamado de “Carinho de Mãe”.

E o gostoso eram os abraços. Todos de sorriso aberto, que a festa era em homenagem a Jesus, que mandou que amássemos ao próximo como a nós mesmos. Que lição difícil, meu Deus do céu... Mas, tem que ser. O que é bom, é caro, já dizia o arquiteto Amaro Muniz de Castro, o braço que encaminhou meu filho Germano à prática da Arquitetura.

Voltemos ao Natal em família, na casa de Maria Antério, onde nos reunimos há mais de uma década. Jesus, na parede, parecia sorrir de alegria. Só faltou o violino da minha Alaurinda. O discurso em homenagem à significativa data coube a mim. E lembrei, na ocasião, que a grande lição da manjedoura era a da humildade. A humildade daquele menino que uma estrela iluminou e que, mais adiante, haveria de iluminar o nosso mundo.

E, lá na parede, quem sorria era Maria. A ex-proprietária daquela casa, que continua bem cuidada com o mesmo zelo e carinho cujos filhos estavam, ali, felizes da vida.

É preciso nunca esquecer que o que une mesmo o mundo, é o amor, que começa na família. A família é a primeira escola de convivência com o próximo, a nossa primeira prova de tolerância, compreensão, de amor e paz, haverá coisa mais bela na vida? E foi esta, justamente, a mensagem do Arcebispo Dom Aldo, que leio no jornal, desejando paz e amor a todos os homens de boa vontade.

Natal! Festa dos amigos do sangue e do coração!

A h, se eu pudesse me confraternizar, neste clima natalino, com aqueles que cuidaram de minha saúde, desde aquela trombose na perna à tal da...

Ah, se eu pudesse me confraternizar, neste clima natalino, com aqueles que cuidaram de minha saúde, desde aquela trombose na perna à tal da estenose lombar. Quanto nome difícil, meu Deus! E como o cronista sofreu…. Tiraram o trombo da perna e tudo voltou ao normal. E isto graças ao primeiro diagnóstico de Dr. Rodolfo Athayde, que tanto sabe detectar os trombos como as varizes, que diga minha Alaurinda. E antes de ter o trombo, fiz uma viagem de avião até o Havaí que levou um tempão. Minha sobrinha Lúcia, que é médica, lá de São Paulo, gritou ao telefone: use meias e caminhe no avião!

Fiz a melhor viagem de minha vida. Aì veio o trombo. Tive de me hospitalizar e quem cuidou de mim foi o Dr. Otacílio Figueiredo, um amor de pessoa. Mais, ele fez uma bela exposição sobre a trombose, que me deixou encantado. E o certo é tudo correu certo.

E a estenose? Fiquei sem movimentar as pernas em Jerusalém e terminei sendo examinado num Hospital de Tel-Aviv. Depois continuei a viagem, fui bater em Londres onde tive que terminar meus passeios numa cadeira de rodas, empurrada pelo meu “filho-pai”, Germano.

Na volta tive fui cuidar da estenose. E quem tratou de mim foi o Dr. Ronald Farias, que terminou me operando. Homem simples, sereno e competente, que me tirou da cadeira de rodas. Mas a escolha de toda essa competente junta médica devo às indicações do Dr. Marco Aurelio, excelente cardiologista e clínico geral. Só não gosto quando ele, na sua sinceridade de médico, sempre me adverte: “Cuidado com queda”! E fico, vez por outra, olhando pra baixo , atento a buracos e topadas. Dr. Marco não quer que eu veja as estrelas, no meu caminhar…

Nesse Natal, que esses admiráveis médicos continuem honrando a bata branca. Na minha imaginação estou, agora, os reunindo numa festa de confraternização. E não esquecer que o hospital, às vezes, é uma benção, conquanto ainda não se coloque, à sua saída, como nos supermercados, uma placa dizendo “volte sempre”.

Nunca esqueço o carinho da insubstituível Alaurinda, a minha dedicada esposa e enfermeira. Estou quase dizendo que é bom adoecer com ela ao meu lado.

Assim, viva a confraternização, seja em família, seja com os outros, que não podemos passar sem eles.

Q uando soube, não quis acreditar. Não quis acreditar que aquele homem cheio de energia, todo vibração, todo inquietação, estivesse agora na...

Quando soube, não quis acreditar. Não quis acreditar que aquele homem cheio de energia, todo vibração, todo inquietação, estivesse agora naquele corpo inerte, em posição horizontal, calado e de olhos fechados.

Sim, repito, eu não consegui ver Wellington morto. O que veio logo à minha imaginação foi o historiador, respeitado por todos, temido por muitos, admirado pela maioria daqueles que tiveram oportunidade de ler suas preciosas obras de História, inclusive sobre a nossa cidade.

Wellington era um homem autêntico, que não sabia mentir, embromar. Wellington era de uma sinceridade que muitas vezes incomodava. Nunca um homem foi tão ele mesmo. Não tinha, ao que se costuma dizer, papa na língua. Era a franqueza encarnada.

Falava pelos cotovelos. Faz muito tempo, se não estou enganado, e que me corrija sua filha, a jornalista Rosa Aguiar, com quem ele se dava muito bem, o nosso historiador chegou a ser diretor da Loteria do nosso Estado, cargo em que exerceu com muita eficiência e honestidade.

Graças ao amigo, ex-reitor e professor José Jackson de Carvalho, também imortal da nossa Academia, Wellington terminou levando seus olhos a Paris. E ficou encantado com a Torre Eiffel, o Sena, a Notre Dame, o Quartier Latin, e outras maravilhas da cultura e da história da Cidade-Luz.

Falar de Wellington e não falar do presidente João Pessoa, que ele não apenas admirava, mas respeitava e reverenciava, incorre-se em imperdoável omissão. Ele tornou-se orador oficial nas comemorações em homenagem ao extraordinário Presidente.

Wellington Aguiar, ao lado de José Otávio, foi um apaixonado pela nossa História. Sua saída deste mundo casou a todos nós uma dolorosa surpresa.

Mas quem sou eu para julgar os acontecimentos? Wellington continuará muito vivo na nossa saudade, na sua obra, na nossa admiração, e no exemplo que deixou. Nos nossos encontros na Academia Paraibana de Letras ele era uma atração, com sua cultura, seu sarcasmo e sua inteligência.

Foi-se, deixando a gente com muita saudade...

Q uando Jesus abriu os olhos para este mundo de trevas, a humilde manjedoura se iluminou, graças a uma estrela, que, como uma seta, anunciav...

Quando Jesus abriu os olhos para este mundo de trevas, a humilde manjedoura se iluminou, graças a uma estrela, que, como uma seta, anunciava a vinda daquele que viria trazer a paz e o amor aos homens de boa vontade.

Por que o menino escolhera uma manjedoura ao invés de um palácio, como o de Herodes ou outro grande da Terra? Porque a humildade seria sua primeira lição. A humildade tão desdenhada pelos poderosos, os orgulhosos.

Nasceu de pais pobres: uma mulher do povo, Maria, e um carpinteiro, José. Não sabemos se o menino ajudou o pai, na carpintaria. Achamos que Jesus não fez nem um simples banco...

Com 12 anos, na visita que fez a Jerusalém em festa, ele desapareceu da vista da mãe e foi conversar com os doutores das Escrituras. Surpreendeu a todos com os seus argumentos. Falou como gente grande. Os doutores não quiseram acreditar no que escutavam. E eis que chega a mãe, assustada, procurando o filho, chegando até a admoestá-lo. O menino, sereno, respondeu: “Não sabias que vim tratar dos negócios do meu Pai?” Sim, o pai era Deus, e não José, cujos negócios eram os da carpintaria.

O menino foi crescendo, até iniciar a sua missão, aqui na Terra. A lição da luz contra as trevas, do amor contra o ódio, da paz contra a guerra. Começou com aquela transformação da água em vinho, a pedido da mãe, numa festa de casamento. Foi seu primeiro milagre. O vinho representava a fé. Aquela fé que, mesmo do tamanho de um grão de mostarda, transportaria uma montanha….

Depois desse fato, ele começou a preparar o seu apostolado para a evangelização. Os primeiros convidados para a importante missão não seriam doutores, mas simples pescadores, que, chamados para a grande missão, largaram, sem pestanejar, seus instrumentos de trabalho: as redes.

E antes de empreender a missão do apostolado, Jesus profere o seu mais belo sermão, cognominado o Sermão da Montanha, também chamado o Sermão das Bem-aventuranças, no qual se resume a sua consoladora Doutrina. Gandhi chegou a dizer que se destruíssem todos os livros do mundo e só restasse o Sermão da Montanha, nada teria sido perdido. E eu tenho uma pena danada dos que desconhecem o grande sermão.

Mas o Jesus-luz chegou a dizer que todos nós temos uma luz interior. Daí a sua recomendação: “Brilhe a vossa luz” E a ciência já provou que essa luz está numa glândula chamada epífise, que foi constatada, mais adiante, pelo filósofo Descartes.

O Jesus-luz, todavia, não foi compreendido pelos homens. A luz chamava a atenção para as nossas trevas interiores: o egoísmo, o ódio, o orgulho. E não suportando o Jesus-luz, a luz da verdade, os homens trataram de crucificá-lo, em companhia de dois ladrões. Com o rosto banhado de sangue devido à coroa de espinhos que colocaram na sua cabeça, Jesus ainda teve ânimo de pedir um pouco d'água para matar a sede. Deram-lhe vinagre. Seus olhos eram de uma melancolia comovente. Os olhos que abriram tantos olhos, as mãos ensanguentadas que limparam leprosos, os pés que caminharam, ao sol ardente, no serviço do amor fraternal.

Mas o Jesus-cruz na Ressurreição voltaria a ser luz, fato testemunhado por Madalena, a linda pecadora, com quem conversou, provando que a morte não existe.

Esqueçamos o Jesus-Cruz, abolindo crucifixos em paredes e pescoços. E louvemos o Jesus-Luz, jamais esquecendo a sua recomendação: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. E mais: “meus discípulos se conhecem por muito se amarem”.

A vida é cheia de usos e abusos. E sobre esse tema o iluminado Emmanuel, guia do grande médium Chico Xavier, relata muitos exemplos, que nos...

Avida é cheia de usos e abusos. E sobre esse tema o iluminado Emmanuel, guia do grande médium Chico Xavier, relata muitos exemplos, que nos induzem a muita precaução.

Afinal devemos estar vigilantes. Vigilantes com o que falamos, com o que pensamos, com o que agimos. Não esqueçamos da receita de Jesus para estarmos vigilantes, pois a todo momento estamos errando, comprometendo a nossa vida. Disse um ditado que a virtude está no meio. Sim, estamos sempre errando devido aos nossos excessos e aos nossos esquecimentos. E viva o bom senso, o equilíbrio. O uso, e não o abuso. O uso nos dá paz, o abuso nos leva ao remorso, ao arrependimento. Vida sem excessos, paz na consciência.

Chegamos a este mundo sem nada. Chegamos nus, famintos e chorando. E ainda nos dão uma hospedaria aconchegante sem esquecer o leite para matar a fome. Sem esquecer o corpo, este maravilhoso santuário. Mas sempre lembrando de que tudo que nos foi dado será cobrado mais tarde. Daí a nossa responsabilidade com os talentos que nos foram conferidos. Nada, portanto, de abuso.

Saibamos usar as coisas. E vem a indagação: Será que estamos usando ou abusando do nosso corpo? Abusando com o fumo, com o álcool. E vejamos alguns outros abusos: A maledicência, isto é, viver falando mal dos outros, é um abuso da palavra. O egoísmo é um abuso do Direito. A doença é um abuso da saúde, o supérfluo é o abuso do necessário. Quanta gente traz o guarda-roupa cheio de vestidos, enquanto outros… E que dizer da ociosidade? Um abuso do repouso.

Estejamos atentos aos nossos abusos. Viva o uso, o bom senso. Saibamos usar bem o nosso corpo, nosso dinheiro, nossa inteligência, as nossas tendências, nossos dons, a nossa oportunidade, os nossos talentos, enfim. O bom uso das coisas nos dá paz interior. E haverá coisa melhor no mundo do que paz interior?

Emmanuel disse que progredir, isto é, evoluir é usar bem os empréstimos de Deus. Usar, não usar, eis a questão. E a grande indagação que nos espera, depois que saímos deste mundo, é: Que fizeste de tua vida?

Nada de abusar do olhar, da palavra, da inteligência, do corpo, do pensamento, da alimentação. Viver é responsabilizar-se. Ou será que fomos jogados neste mundo para nada?

Falei em abuso e me esqueci de um muito importante: o abuso da fé, que é o fanatismo. E foi o fanatismo que jogou muita gente na fogueira. O fanatismo religioso.

Mas muita gente não reflete, vive como se não precisasse prestar conta dos seus atos.

Pensando bem, tudo na vida tem o seu lado didático, vejamos outro abuso, o abuso da Natureza. Quando o vento abusa, temos o furacão. E qual o lado positivo do furacão? Ele limpa a atmosfera. A dor, por exemplo, é um alerta, um protesto do nosso corpo contra o nosso desregramento.

Conclusão: repitamos a receita de Jesus. Estejamos atentos. Nada de cochilo. A sabedoria popular já advertia que “cochilou, o cachimbo cai”.

Muita gente quando comete um erro costuma dizer: “Errar é humano”. Mas, persistir no erro é burrice. Então, viva a eterna vigilância. Vigilância de nós mesmos e nada de andar fiscalizando o comportamento dos outros.

E fico por aqui. Perdoem-me pelo abuso de sua paciência.

Q uando estava à beira da morte, certamente vendo tudo escuro, bradou o grande Goethe: “Luz, mais luz!” Luz é vida. Daí minha grande compaix...

Quando estava à beira da morte, certamente vendo tudo escuro, bradou o grande Goethe: “Luz, mais luz!” Luz é vida. Daí minha grande compaixão para os que não vêem.

Exalto a luz, mas reconheço que a escuridão, às vezes, é necessária. Dir-se-ia que a escuridão é a moldura da luz. Mas o que Goethe desejava era luz, coisa que não falta, aqui no nosso Nordeste. E ele era de uma terra de muita neve e pouco sol.

Mas continuemos com a crônica. Quando Jesus nasceu, numa manjedoura, uma luz veio iluminar o seu berço. Berço de palha, berço de pobre. Naquele tempo não havia ainda Papai Noel.

Em suma, a luz é Deus. E quando a gente ama, o amor é Deus dentro de nós. Se a nossa mente está escura, não brilha. É por isso que o iluminado Emmanuel, guia de Chico Xavier, comparou a nossa mente a um diamante. Mas para que ele brilhe, há necessidade retirar-lhe a terra que o encobre. Há necessidade de uma lapidação. Sujo, o diamante não brilha. Sua luz está oculta pela sujeira. Ora, ora, é isto mesmo que acontece conosco. Pensamentos negativos, medo, ódio, mágoas, maledicência, ressentimento, inveja, egoísmo, tudo isso faz com que nossa mente não brilhe, não projete luz.

Jesus sempre advertia: “Brilhe a vossa luz”. A luz, repito, é Deus dentro de nós. Também aconselhava que não deveríamos esconder a luz debaixo do alqueire, mas no velador, para clarear a todos.

E viva a luz. Que seria de nós sem ela? Seja a luz do vagalume, seja a luz do sol. Não esquecer que um bom sorriso é luz. Não deixe o seu rosto apagado. Acenda-o sempre com a luz da bondade.

Como é que chamamos um espírito elevado, um espírito superior? Evidente que de um espírito iluminado. Jesus apresentou-se a Paulo, na Estrada de Damasco, vestido de luz. E Paulo ficou cego com tanta claridade.

Lembremos que o iluminado Einstein ganhou o Prêmio Nobel pelo estudo que fez da luz. Não foi pela Teoria da Relatividade - que não me deixe mentir meu filho, PhD em Física, Carlos - e sim pela explicação do efeito fotoelétrico. Demonstrou o genial físico que a luz se constitui num feixe de partículas, chamadas fótons. Foi meu Tuca que me disse isso…

Vamos iluminar o nosso espírito com atos de amor. Amor a Deus, amor à Natureza, amor ao próximo. E nada de escurecer a alma.

E le era um adolescente quando o pai, num tom seco e imperioso, lhe disse: “Você vai ser padre. A família precisa de uma batina. “O menino, ...

Ele era um adolescente quando o pai, num tom seco e imperioso, lhe disse: “Você vai ser padre. A família precisa de uma batina. “O menino, que vivia solto no sítio onde se cultivava o café, só fez dizer um simples e humilde: “Sim, papai”.

A vida rígida do Seminário foi uma mudança da água para o vinho, Exagerada disciplina, muito silêncio, muitos estudos, inclusive do Latim, que era uma espécie de idioma de batina. A saudade de casa era profunda e lhe trouxe muitas lágrimas nos olhos. Saudade do sítio, saudade da vida livre, saudade da família.

E aconteceu que o menino voltou para a casa, para o sítio, para a natureza, para a liberdade, conquanto tivesse contrariado a pretensão “religiosa” do pai. Este, diante do comportamento do filho, apenas lhe disse, secamente: “Já que você não deseja vestir a batina, que escolha por si só sua profissão na vida. O agora rapaz foi trabalhar no plantio do café, um trabalho duro, mas que ele executou com muito empenho, até que veio um bichinho lá do sul do país e contaminou o cafezal, para desespero dos plantadores. A praga arrasou tudo. Uma calamidade que teve repercussão nacional.

E o jovem, agora um homem, por sinal um atleta, resolveu ser professor, profissão com a qual se deu muito bem. Preparava a rapaziada para os exames do Liceu Paraibano, na Capital.

Deu-se bem na nova profissão. Ensinava Português, Matemática, Física e Astronomia. Ele sempre teve os olhos para cima, maravilhado com a beleza muda e mística do Universo. E cuidava do corpo, seguindo as prescrições da ginástica sueca de um tal de Muller. Era um atleta. Bonitão que só ele. Não demorou muito, ficou encantado com a beleza de uma viúva, minha mãe, com quem casou-se e teve seis filhos.

Como disse, ele, José Augusto Romero, era, sobretudo, um apaixonado pela Astronomia. Até que, um dia, convidado, foi assistir a uma sessão mediúnica, onde se manifestara o espírito de uma prima muito querida. Ficou maravilhado com o fato. Houve revelações que só ele sabia. Não teve dúvida. Tornou-se espírita convicto, a ponto de, mais tarde, fundar um centro espírita em Alagoa Nova, para desespero do padre local. E soube-se que até pedra jogaram pela janela do centro, por ocasião de suas reuniões.

Mas não foi somente pela constatação da manifestação mediúnica, que ele se tornou adepto da doutrina codificada por Allan Kardec. O que o levou ao Espiritismo foi a leitura do livro de Leon Denis, ”O problema do ser, do destino e da dor”. Contou ele que ficou maravilhado com a obra do filósofo francês. E teve vontade de sair correndo pela rua, a dizer como Arquimedes, na descoberta da lei da hidrostática: “Achei, achei, achei!” Sim, ele achara a verdade que procurava. Depois, teve de vir morar aqui na capital, onde comprou um sítio lá na Lagoa. Fez concurso e entrou para o serviço público como funcionário do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. O resto, conto mais adiante...

Muitas famílias estão percebendo que a correria de fim de ano pode ser evitada, sem problemas, da forma mais simples que pode existir: dei...



Muitas famílias estão percebendo que a correria de fim de ano pode ser evitada, sem problemas, da forma mais simples que pode existir: deixando de lado a velha tradição da troca de presentes.

E is a Santíssima Trindade da vida, segundo o meu curto entendimento, e que tem como sigla: VBB: Verdade, beleza e bondade. A vida se expres...

Eis a Santíssima Trindade da vida, segundo o meu curto entendimento, e que tem como sigla: VBB: Verdade, beleza e bondade. A vida se expressa através delas.

Comecemos pela verdade, a verdade que Pilatos queria mesmo saber, mas que Jesus deu o silêncio como resposta. A vida está cheia de verdades e mentiras. A lei feita por Deus é uma verdade, já o dogma feito pelos homens é uma mentira, uma falsidade. A verdade é a lei. Está evidente na expressão: “Dura lex, sed lex”, a lei é dura, mas é lei.

Machado de Assis dizia que a verdade embriaga como o vinho. Não haveria aí um equívoco? Quem se embriaga está fora de si. A verdade elucida, a verdade não mente, a verdade não engana, a verdade é dura. E muita gente foge dela, procura esquecê-la. Quer ver um fato em que a verdade apareceu vestida de mentira? Foi quando se acreditou que a nossa Terra girava em torno do Sol, e não o contrário. Sim, minha gente, a Igreja com toda a sua sabedoria cometeu este triste equívoco. E chegou a condenar o físico Galileu por não concordar com a Madre. Nunca uma mentira foi tão prestigiada...

Vamos adiante. Desde que o mundo é mundo, que os corpos são atraídos para o centro da Terra. Ninguém indagou sobre esse fenômeno. Mas um cientista chamado Newton, viu uma maçã caindo da macieira e descobriu a Lei da Gravidade... Há muito tempo que caem maçãs e outras frutas e ninguém indagou sobre esse natural fenômeno.

Viva, portanto, a verdade, e morra a mentira. Morra o preconceito, que, segundo Einstein, é mais difícil de se desintegrar do que um átomo. Acontece que a maioria das pessoas adora a mentira, a ilusão. Quer ver uma verdade que faz muita gente correr? A chamada lei da reencarnação, a única que explica as desigualdades do mundo. Quer ver outra verdade? Jesus. E quer ver um mentira? Papai Noel. O nosso mundo adora a mentira e tem medo da verdade. Mas Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. E o Procurador Pilatos nem sabia disso...

Viva a Ciência que revelou muitas verdades. Uma delas é que nosso sangue não está parado, como pensava-se, antigamente.

Quem está esperando sua vez na crônica é a beleza. Que seria do mundo sem ela? Viva a mulher, símbolo de beleza, a Natureza, a Arte, e uma vida bem vivida. A vida de um Chico Xavier, a vida de uma Teresa de Calcutá...

E terminemos a crônica falando de bondade. Bondade lembra amor, amor lembra luz, luz lembra Deus. Disse um grande missionário que o amor é Deus dentro de nós. Sim, descubramos o nosso Deus interno.

“Brilhe a vossa luz” - sentenciou o Mestre dos Mestres. A luz divina está escondida dentro de nós. Não esqueçam que, desde Descartes, confirmada por André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, foi descoberta dentro do nosso corpo uma glândula minúscula, chamada Epífise, glândula da vida mental, por sinal luminosa.

Muito cuidado, então, com os nossos pensamentos, as nossas palavras, os nossos atos. E viva o amor, que é Deus dentro de nós!

U m famoso psicoterapeuta, de cujo nome não estou lembrado agora, sugeriu que, todas as manhãs, quando levantássemos, deveríamos contar noss...

Um famoso psicoterapeuta, de cujo nome não estou lembrado agora, sugeriu que, todas as manhãs, quando levantássemos, deveríamos contar nossas bênçãos, as coisas boas que possuímos e esquecemos. Os talentos dados pela vida.

E quais são essas bênçãos? Ora, ora, são tantas. Vejamos algumas delas. A saúde. Há pessoas que dormem bem, alimentam-se bem, possuem um bom emprego, uma família harmonizada, uma religião saudável, que não transforma a fé em medo, muitos amigos e assim por diante. Mas, por incrível que pareça, se julgam infelizes ou, pelo menos, preocupadas, angustiadas, deprimidas e assim por diante. Não se conscientizam de sua felicidade, o que não deixa de ser uma lástima.

Faz-se necessário administrar bem a nossa existência. Disse Jesus: De tudo que recebemos quando vimos estagiar neste mundo nos será cobrado. Será que usamos bem os talentos recebidos? O talento das mãos, pernas e olhos perfeitos? E que tal usar bem a palavra, evitando a maledicência, mania de falar mal dos outros?

Como vêem, é grande a nossa responsabilidade de viver. Afinal, quem nos deu este corpo que usamos? Será que estamos neste mundo por acaso, como simples gaiatos? Falei do corpo, e haverá santuário mais sublime como este nosso corpo, que recebemos para o exercício do viver? A verdade é que estamos degradando este magnífico organismo com os vícios. Os vícios do fumo, da cachaça, das drogas, do excesso de trabalho, da ganância, da má digestão, da ociosidade…

Zelemos pelos talentos recebidos. Muita gente pensa que estamos aqui no mundo apenas para viver e morrer. Muita gente ignora que a vida terrena nos foi dada para ser bem administrada. Se nada existe depois da morte, se não há a responsabilidade de viver, então de papo por ar e pronto…

O espírito guia de Chico Xavier, Emmanuel, ensinou que devemos semear o chão, mas não esquecer de instruir o ignorante, pois não há desgraça maior do que a ignorância. Muito pior do que a fome física.

Nada de semear ventos. Quem semeia ventos, ensina o brocardo popular, colhe tempestades.

Voltando ao que dizíamos no início, não esqueçamos a responsabilidade de viver. Somos responsáveis por muita coisa. Responsáveis pelo ar que respiramos, pela palavra que emitimos, pelo poder que exercemos, pelo dinheiro que detemos, e que deixaremos quando daqui sairmos, pelo pensamento emitido, pelos dons e tendências com que fomos aquinhoados na vida.

E para concluir, nada como lembrar a Parábola dos Talentos, narrada por Jesus. Ei-la: Ao primeiro servo, o senhor deu cinco talentos, ao segundo dois e ao terceiro um. E partiu. O primeiro, negociou com os cinco talentos recebidos e os duplicou. O segundo, a mesma coisa. Mas o terceiro, ao invés de negociar com os talentos recebidos, enterrou-os com medo de perdê-los.

O proprietário ficou muito aborrecido com este terceiro empregado. Chamou-o de preguiçoso e medroso. Não multiplicou os bens recebidos. Saibamos, portanto, administrar bem os talentos que recebemos da vida. Sejamos um bom administrador. Não esqueçamos a recomendaação de Jesus: “Dá conta da tua administração”.

A cordei hoje com uma saudade danada de minha mãe. E vamos acabar, de uma vez por todas, com esse negócio de privilegiar apenas um dia do an...

Acordei hoje com uma saudade danada de minha mãe. E vamos acabar, de uma vez por todas, com esse negócio de privilegiar apenas um dia do ano para prestar uma homenagem àquela que nos recebeu no próprio ventre, alimentando-nos com leite e carinho, durante nove meses. O Dia das Mães é todo dia.

E se ela não está mais conosco, aqui no mundo, estejamos sempre nos lembrando dela com o presente de uma oração. Para quem não é materialista, para quem acredita na vida após a morte, a mãe jamais deverá ser esquecida. O grande médium Chico Xavier conversava com o espírito de sua mãe, num jardim, e dela ouvia muitos conselhos. E como chorou quando a viu! Chegou a pedir-lhe que o levasse com ela... E sua mãe também chorou. As lágrimas escorrendo, silenciosas, nos dois rostos...

Como ia dizendo no início, minha mãe foi a maior riqueza de minha vida. Ela se refletia em mim. Ensinou-me muita coisa, coisa para um bom viver. E não é que já estou com vontade de chorar, molhar as teclas do computador com as minhas lágrimas?...

Chamava-se Piinha. Piinha que veio de Pia. E sua fruta predileta era pinha. Às vezes, penso que minha mãe não existiu. Tudo parece um sonho. Tudo que sou hoje, devo a ela. Ensinou-me belas coisas e contou histórias lindas que falavam de fadas, de feiticeiras, histórias de amor e de terror, sobretudo aquela da feiticeira que morreu queimada na fogueira. Narrava as histórias e depois dizia: “Agora vá dormir”. E antes mandava que rezássemos o Pai Nosso.

Minha mãe... Estou com profunda saudade dela e invejando o grande Chico Xavier que conversava com a sua mãe, depois que ela deixou este mundo.

Minha mãe era uma ótima decifradora de Palavras Cruzadas. Quando mocinha, tocou flauta. Uma vez a vi chorando ao ouvir uma sonata de Beethoven. Fez questão que sua filha Iracema, minha irmã caçula, aprendesse piano. E a menina atendeu ao pedido da mãe.

Minha mãe... Ah se ela viesse agora aqui... Ah se eu fosse médium vidente... Pelo seu gosto, ela teria viajado o mundo todo. Estou com saudade, e saudade dói. Mas já que ela não vem, que venha minha Alaurinda, a nora que ela gostaria de ter conhecido.

E, pensando bem, o que é o mundo senão uma ilha cercada de saudades por todos os lados?

E xiste o Jesus do Cristianismo e o Jesus do Consumismo. Será que você já sacou? Evidente que sim. O Jesus do Cristianismo não veio ao mundo...

Existe o Jesus do Cristianismo e o Jesus do Consumismo. Será que você já sacou? Evidente que sim. O Jesus do Cristianismo não veio ao mundo para dar presentes, nem recebê-los. As crianças, que adoram presentes, adoram o velho do consumismo, que é alegre, continua vivo, enquanto o outro, o Jesus do Cristianismo, foi maltratado, surrado, insultado e terminou pregado numa cruz, entre dois ladrões, e a quem negaram um copo d'água para matar a sede.

Lembrar, ainda, de que o Jesus do Cristianismo nasceu numa humilde manjedoura, entre animais domésticos, e se não fosse uma estrela, teria nascido no escuro.

Faça-se um plebiscito e perguntem às crianças, qual o Jesus que elas preferiam, e, não tenham dúvida: Papai Noel, com aquela barba branca e sua roupa vermelha.

Jesus não tem nada material para dar. Ele é pobre. Tanto é assim que, uma vez, se queixou: “As raposas têm os seus covis, os pássaros os seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem uma pedra para repousar a cabeça”.

Lembrar que há Cristianismo, doutrina de Jesus, e Consumismo, doutrina de Papai Noel. E, aqui para nós, Papai Noel agrada muito mais do que o menino da manjedoura. Jesus nunca deu presente a ninguém. Nem mesmo às criancinhas, que, certa vez, ele abraçou e disse que o Reino dos Céus é delas. Hoje, elas correriam para serem abraçadas pelo velho de barba branca.

Vão aos luxuosos apartamentos e vejam se Papai Noel não é, ali, muito bem vindo. As crianças de hoje correriam para serem abraçadas pelo ridículo personagem criado pelo consumismo exagerado, que está se tornando uma verdadeira religião.

Aliás, por falar em consumismo exagerado, acaba de sair um livro, que aborda este tema, de autoria de Ana Beatriz Barbosa Silva e que tem como título: Mentes consumistas. O livro é de um realismo admirável. Diz que consumir exageradamente é um vício. Vejamos estas indagações da inteligente autora: “Você se considera consumista?” “A maior parte dos objetos que adquire acaba encostada, sem uso?” “Seus gastos exagerados já lhe causaram problemas financeiros?”

Eu vinha dizendo que o consumismo é uma religião, e que seu Jesus era Papai Noel. Concluo, dizendo que os seus templos são os shoppings e supermercados.

E is aí uma indagação de grande importância para a nossa existência. Esteja sempre perguntando. Não ligue para aquele ditado popular: “Quem ...

Eis aí uma indagação de grande importância para a nossa existência. Esteja sempre perguntando. Não ligue para aquele ditado popular: “Quem tudo quer saber, mexerico quer fazer”.

A verdade é que muita gente não sabe por que está neste mundo. Se jogarem você numa ilha deserta, sua primeira pergunta será: “Onde estou?” “Por que estou aqui?” Quem não indaga, desculpe-me a franqueza, é um idiota. Eu sei que a vida é gostosa: a comida, o sexo, as viagens, o dinheiro, a posição social, a beleza física, são tantos os gozos e prazeres. Mas, infelizmente, ou felizmente, tudo isso acaba, um dia. Será que acaba? Que Deus “idiota” seria esse, que só daria uma vida ao homem e pronto?

Disse Paulo de Tarso, em carta a Timóteo: “nada trouxemos para este mundo e nada dele levamos”. Eis uma grande verdade!. Chegamos a este mundo, nus e chorando. Só quando entramos na pousada do ventre materno é que nos calamos, pois o calor da morada é gostoso e o silêncio nem se fala...

Mas há quem pense que tudo acaba no túmulo. Se isso fosse verdade, há muito tempo que eu daria um tiro no coco. E viva Allan Kardec quando disse: “Nascer, viver, morrer, renascer ainda, tal é a lei”. Frase que se transformou no epitáfio de seu túmulo, lá no Père Lachaise, em Paris.

Continuemos com a crônica. Como, então, devemos viver no mundo? A resposta é de Emmanuel, o iluminado guia de Chico Xavier: “Devemos viver como possuindo tudo e nada tendo, com todos e sem ninguém. “Eis aí uma bela e inteligente regra de bem viver. Sim, porque não temos a propriedade de nada, mas apenas a posse. Tudo nos é temporariamente emprestado e fica aqui. Desculpe-me você que é proprietário de muitas coisas nessa vida...

Repitamos a norma: “viver como possuindo tudo e nada tendo, com todos e sem ninguém. E adeus aos apegos...

Enfatizou Emmanuel: “lembra-te que cada criatura estará sempre em solidão. Se a vida, aqui no mundo, é uma festa, lembrar que a festa, um dia, se acaba. Aí vem aquela pergunta: “E agora, José?” - do nosso lúcido poeta Carlos Drumond.

Sabe qual é a pergunta que nos fazem, quando daqui sairmos? Que fizeste de tua vida, da tua inteligência, de tua fortuna, de tuas aptidões e talentos?

Nossa existência é como um dia. A gente acorda, trabalha, goza, mas termina na cama para dormir. E a pergunta é: “que fizeste do teu dia?” Se a consciência está em paz, você dorme, que é uma beleza. Nada de pesadelo.

Voltando aos poetas, lembremos de Manuel Bandeira, quando lamentou num poema: “Andorinha, andorinha, eu também passei a vida a toa”... Portanto, não passe a vida a toa. Viva com responsabilidade. E deixo, aqui, um lembrete: “queira ou não queira, você não morre.

Agora encerremos a crônica relembrando o que disse Paulo, na carta a Timóteo: “Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele”.

Não esqueça, portanto: É preciso levar a sério a vida, consciente de que daqui só carregamos a nossa consciência, que poderá ser um inferno, com o fogo do remorso, ou um paraíso com a paz do dever bem cumprido.

P ois é, visando a saúde e o meu preparo físico, já que o espiritual vai indo bem, vejamos os diversos exercícios a que venho me submetendo,...

Pois é, visando a saúde e o meu preparo físico, já que o espiritual vai indo bem, vejamos os diversos exercícios a que venho me submetendo, com vistas a uma boa qualidade de vida. Sem esquecer a alimentação, que nos sustenta, que deve ser pura e integral, assim como o oxigênio, esse importantíssimo alimento que Deus nos dá de graça, e que a gente não vê.

Por falar em exercício físico o melhor é a caminhada, que venho fazendo há muito tempo. Recomendaram-me, depois, outros, por sinal, sofisticados: “Pilates”, um tal de “RPG”, e, finalmente, a hidroginástica, isto é, exercício dentro d'água.

E eis-me em companhia de Alaurinda e Germano, dentro de uma piscina quente, ao lado de outros companheiros, tendo como professora Catarina, que não brinca em serviço. Basta eu dar um cochilo no exercício e ei-la me passando um suave carão.

Hidroginástica! Por que danado não me lembrei disso antes? O corpo se tornando leve, como se a gente fosse voar, a facilidade de movimentos, dada a gravidade ser menor, e uma espécie de euforia tomando conta da gente. Os anos já não pesam mais. Sinto-me tomando banho numa enorme banheira.

A turma que nos antecede é só de mulheres, todas alegres e descontraídas como se fossem garotas num recreio.

Hidroginástica!... Há muitos anos, o físico Arquimedes tomava banho numa banheira, quando, sentindo o corpo mais leve, saiu eufórico e foi logo gritando: “Eureka”, “eureka”! Isto é, achei! Sim, ele acabara de descobrir a Lei da Hidrostática. Que dentro d'água a gente perde peso. Daí os benefícios da ginástica na água.

Nosso grupo de hidroginástica é muito homogêneo, com as gaúchas Sheila e Concita, a baiana Liziene e os paraibanos, eu, Germano e Alaurinda. Quanta alegria, quantos sorrisos, quanta solidariedade e confraternização! Os corpos boiando n'água, a vida passando, e a saúde sendo levada a sério. E vem depois, como complemento, o voleibol. Sim, aqui pra nós, o cronista, modéstia à parte, é bom de saque.

É com muita pena, mas com o sangue fluindo bem pelas veias, que a gente sai da água. E viva a saúde, viva a nossa responsabilidade com o corpo, que devemos respeitá-lo. Mais do que isto: venerá-lo. E a grande verdade é que dentro d'água voltamos a ser crianças.