Em vários momentos da história isso ocorreu. Um personagem ocupa, durante determinado período, uma posição de grande destaque e, depois, desaparece, injustamente, nas brumas do tempo. Foi o que aconteceu com Silva Jardim, uma das figuras mais importantes para a instauração do regime republicano no país. Para o historiador Nelson Werneck Sodré:
Anjos são leves seres de divina luz de energia pressentida no coração. Flutuam sem peso, a gravidade não os puxa para baixo. Eles nos transmitem paz e alegria, vibram com as nossas conquistas, imantam em beleza o espaço.
Tem aqueles que são especialistas em saúde e outros que desde que nascemos nos oferecem proteção. Cada um de nós tem o seu Anjo da Guarda que não descansa nunca.
Hoje, confio a ti, pergaminho envelhecido
meus segredos, quase adormecidos
impressões guardadas na lembrança...
Hoje, confio a ti amigo paciente:
acerbas angústias, vagando em minha mente
fervilhando ante a dor da traição.
Hoje confio a ti meu companheiro e amigo
gravar em símbolos o que o mundo antigo
falando apenas, perdeu na imensidão:
do tempo, do espaço, do compasso
mas as linhas que hoje aqui traço
são as veias do meu coração!
Tu és o responsável pela ascensão da fala
a um grau mais elevado e digno
dos registros que passam à autenticidade.
Minha oralidade hoje te deseja
bem como te ama com a real certeza
que gravarás meu som, em forma de gemido.
Hoje, me rendo a ti, amado confidente
relatando em lágrimas como uma criança
meus dramas angústias, antes da nascente
Hoje, mais uma vez,
confio-te meus segredos
de quem vive há muito tempo num degredo:
minhas ambiguidades, culpas e
meus medos...
A dor enviada pela solidão.
Me curvo pra ti, como aconselharam:
sábios de hoje, como os do passado
na certeza de tua origem fidalga.
És tu o meu servo, quando a ti falo
quando imprimo em ti para que salves a dança
da megera e louca, mas minha paixão!
Mas gravas também, as dores de um luto
exultação de júbilo e êxtase no minuto
do parto feliz que tive em um verão:
Trouxe para à vida, minha criação
Filho amado do meu pobre coração
que ao nascer o fez se tornar rico!
Minhas mãos...
Hoje imóveis,
como meus sentimentos
sem função, apenas lamento
comiseração, perdão sofrimento
penhorei meus sonhos
meu futuro incerto
pensei que o amor
se encontrava perto
Maia me acordou
com a triste notícia
estávamos num palco
dublê de artistas
Algumas das minhas intuições se confirmam. Minha birra com cabelo não é nova. Na minha compreensão, cabelo só atrapalha. Lavar, pentear, cortar, tudo é muito trabalhoso e dispendioso. De tanto ver nos filmes de ficção científica os alienígenas sem cabelo, tirei uma conclusão particular de que para se evoluir é preciso perder os cabelos. Na brincadeira, dizia que a grande vantagem de ser careca é gastar menos água e sabonete, e ainda economizar com shampoo e condicionador. Agora vejo ser uma verdade que não
De tempos em tempos, uma palavra, ou grupo delas, se torna “chave” e passa a aparecer em tudo quanto é discurso, nas inúmeras esferas comunicativas, principalmente midiáticas. Foi assim para “adolescências”, “gratidão”, “potência”, “inclusão”, “lugar de fala”, “povos originários”, “afetos” e, mais recentemente, “etarismo”, entre tantas outras, só para citar alguns exemplos.
Fazendo uma pesquisa simplória no Google, encontrei essa informação: “Conforme descrito no Relatório Mundial sobre Idadismo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etarismo se refere a “estereótipos (como pensamos), preconceitos (como nos sentimos) e discriminação (como agimos) direcionadas às pessoas com base na idade que têm”.
Em 31 de março de 1685, de acordo com o calendário gregoriano, nascia Johann Sebastian Bach, compositor de dimensão monumental reconhecida mundialmente. Além de numerosa e diversificada, sua obra tornou-se símbolo do estilo barroco, inspirando e influenciando muitos compositores de seu período e dos séculos seguintes.
Bach nasceu em Eisenach, uma pequena cidade situada no estado da Turíngia, Alemanha, em uma região com atmosfera predominantemente campestre.
Dizem que Deus tem um carinho especial pelos que atraem doidos e bêbados. Se é verdade, o meu crédito lá no céu é enorme. De certeza, sei que o meu colega escritor Ariano Suassuna afirmava gostar de histórias de doido, talvez até por identificação.
Se eu estiver em qualquer lugar acompanhado por dezenas de pessoas e chegar um doido ou um bêbado, adivinhem quem ele vai procurar em primeiro lugar? Meus amigos sabem disso. Poderia contar dezenas de histórias minhas com doidos.
Egon-Schiele
Porém, por falta de espaço, escolhi apenas uma para ilustrar essa condição.
Acordei com uma saudade sem tamanho daqueles cartazes atados aos troncos de fícus na cidade aonde cheguei antes do primeiro aniversário e de onde saí aos quinze anos de idade. As árvores de copas redondas, aparadinhas, em filas nos dois lados da rua, davam sombra para astros e estrelas de metade do mundo. Mas era quando abrigavam Buck Jones, Bill Elliott, Hopalong Cassidy e Roy Rogers que elas, de fato, me atraiam.
O olho no fundo do copo mira a vista e a mente com turbidez. Balança no mar do líquido embriagante, em tom de tango, bem argentino, delicioso, que domina o corpo, feito um poema cantado por Zé Ramalho, um Zeca maranhense ou Alceu pernambucano e todas as suas formas diretas e metáforas para falar do simples e o complexo, do irreal e do concreto.
A Ladeira do Alto do Céu liga a cidade baixa ao Bairro das Graças, localizado no planalto de seiscentos e vinte metros de altura. Nomes sabiamente escolhidos e adequados para a ladeira e o bairro. Durante a quaresma, o jovem e criativo pároco da cidade, para aproximar mais os moradores das solenidades da Semana Santa, resolveu “subir a montanha” em busca dos seus fiéis, nas suas casas. E, a Via Crucis com suas quatorze estações em folhetos coloridos foi colada nas fachadas das residências. Passo a passo, de suspiro em suspiro, joelhos no chão, pés descalços, na rua íngreme e sinuosa.
— O que me diz quanto a ser a literatura um gênero da ficção, e não o contrário?
– Não sei. Quero que me esclareça antes sobre o que você chama de ficção. Da literatura sabemos todos que a ideia geral e mais difundida sobre ela abrange todo e qualquer registro de linguagem escrita da qual escorra um relato de motriz mais geral no entretenimento. Embora longe de ser o único, já que a literatura situou-se num vasto espectro de abordagens que pode ir das manipulações de massa aos ensinamentos históricos, do universo infantil fantasioso aos registros documentais de viagens, batalhas, conquistas, etc. Sem falar na grande quantidade de romances que, nos dois séculos anteriores ao nosso, arrebanharam leitores atraídos pela exposição da variada gama dos sentimentos humanos expostos de forma novelesca.
Mineirinho estava ali ajeitando a cerca de seu sitiozinho todo feliz com sua vacaria. Umas quarenta cabeças, o nelore branquinho como neve e o hereford quase todo marrom, com cabeça branca e mais um pouco de branco esparramado nas patas e na barriga. Não tinha gado piquira, reses só dessas duas procedências e mais dois touros, um de cada raça para aprimorar o plantel.
Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.), filósofo grego, ao visitar o Templo de Apolo, na cidade de Atenas, na Grécia, ficou impressionado por esta inscrição entalhada no portal do santuário: “conhece-te a ti mesmo”. Essa frase o influenciou de forma a sugerir que para construir o conhecimento que está fora de todo ser humano, antes, deve-se conhecer a si mesmo. Por exemplo, uma de suas teses apresenta que
Neste ano de 2023, na Paraíba, algumas personalidades do mundo político e das artes completariam 100 anos de nascimento, o que merece uma atenção toda especial por parte dos órgãos ligados à cultura, isso porque foram homens que contribuíram para elevar o nome da nossa terra, nos seus campos de atuação.
Antigamente tinha uma expressão, “ficar para titia”, termo pejorativo para designar mulheres que não se casavam e/ou não eram escolhidas por um homem para ser seu par. Uma vez não escolhidas para o casamento, ferradas a sangue e ferro para o resto da vida. Rejeitada. Solteirona. E à margem da sociedade, do mundo e da vida. Por isso que, muitas mulheres preferiam o sacerdócio – freira, ou virar prostituta, para não ficar nesse lugar de solidão e cancelamento.