Eis-me aqui presente depois de uma longa e exaustiva semana para deixar pública minha gratidão em relação à Sua Excelência, o Arcebi...

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Eis-me aqui presente depois de uma longa e exaustiva semana para deixar pública minha gratidão em relação à Sua Excelência, o Arcebispo da Paraíba. Quão nobre de sentimentos e também quão corajoso foi esse prelado (se é que assim a ele posso me ferir) em atender ao rogo daqueles que vivem sob o manto protetor de suas preces e bênçãos. Súplicas que chegavam eivadas de angustias e apreensões. Fiz-me à revelia, procurador dessa gente e daí minha ousadia em escrever uma carta, publicá-la em nossos veículos de comunicação e endereçada à nossa maior autoridade eclesiástica? Por quê? Vou explicar.

"Escrever é uma maneira de Sangrar" Conceição Evaristo Becos da Memória é o título do livro (Rio de Janeiro: Pallas, 2...

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"Escrever é uma maneira de Sangrar"
Conceição Evaristo

Becos da Memória é o título do livro (Rio de Janeiro: Pallas, 2017) da escritora, poeta, ensaísta mineira Conceição Evaristo, ganhadora do Jabuti 2015. Conheci Conceição nos anos 2000, por ocasião dos Seminários Mulher e Literatura, por intermédio da minha amiga e co-orientadora do Doutorado, professora da UFSC, Simone Schmidt, que escreve o posfácio do livro. Depois a encontrei com minha amiga Flávia Santos, colega no DLEM-UFPb, especialista nessa autora

...carro versus homem. Erundina, quando prefeita de São Paulo, andou cobrando um imposto - não tenho detalhes - que mexeu com a popula...

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...carro versus homem. Erundina, quando prefeita de São Paulo, andou cobrando um imposto - não tenho detalhes - que mexeu com a população do automóvel. Não pagou mais caro (até a Justiça condenou-a) em razão de sua história, da biografia que por natureza e princípio obstinadamente construiu e assentou na consciência popular. Manteve-se deputada, mesmo pagando caro a sua coerência. Há poucos dias apareceu numa pontinha, os cabelos brancos cobrindo-lhe o rosto, quase desaparecendo, entre os que perfilavam o palanque de Lula aliado de Alckmin.

Estarei sempre inteiro, de corpo e alma, em tudo aquilo que escrevo. Conversando com estrelas, borboletas, nuvens que passam, passari...

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Estarei sempre inteiro, de corpo e alma, em tudo aquilo que escrevo. Conversando com estrelas, borboletas, nuvens que passam, passarinhos que cantam na minha janela, e fazendo-os conversar com vocês também”
Basta este parágrafo para definir a essência de um homem como Carlos Romero.

Com a curiosidade espantada e encantada das crianças, a sabedoria de quem já viveu um bocado e viu muita coisa, ele continuava achando que sempre há muitas maneiras de aprender. Uma delas é escrevendo, lendo e viajando.

Quando dobrei a esquina da Avenida João Machado no sentido da Rua João Amorim, mudei de lado da calçada para passar em frente da casa o...

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Quando dobrei a esquina da Avenida João Machado no sentido da Rua João Amorim, mudei de lado da calçada para passar em frente da casa onde depositei os sonhos de repórter foca, na redação de A União. Parei no tempo e reduzi o passo, enquanto voltei à época quando nos anos entrantes de 1980 me encantava com o ambiente transformado em espojeiro.

Sábado, 6 de agosto de 2022. 5h30. O relógio na cabeceira da cama chama atenção para a hora de despertar. O dia amanhece com o primor...

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Sábado, 6 de agosto de 2022. 5h30. O relógio na cabeceira da cama chama atenção para a hora de despertar. O dia amanhece com o primoroso canto matinal dos pássaros, com as lágrimas do orvalho ruindo diante dos nossos pés, mãos, gestos e olhares.

Próximo dali, nos esperam, a mim e ao meu filho Tao, o jornalista José Nunes e o fotógrafo Antônio David, para nos unirmos ao publicitário Alberto Arcela, em companhia dos queridos Roberta e Paulo Emmanuel.

... ou uma história prodigiosa num Domingo ensolarado. Era o primeiro Domingo de 2021. Cedo. Praia do Bessa ensolarada. Resolvemos...

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... ou uma história prodigiosa num Domingo ensolarado.

Era o primeiro Domingo de 2021. Cedo. Praia do Bessa ensolarada. Resolvemos procurar um lugar sossegado, longe de qualquer aglomeração, em busca de um prudente banho de sol e de mar. Armamos a sombrinha e as cadeiras e ficamos nos espreguiçando. Aline prefere um sol direto e ficou ali em colóquio com o Astro-Rei. Preferi me resguardar debaixo da sombrinha e saquei “Machado de Assis Historiador”, de Sidney Chalhoub, para prosseguir a leitura de algumas páginas.

Conheço gente que não tem muito respeito pelo Dia dos Pais. Acha-o tão-somente ...

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Conheço gente que não tem muito respeito pelo Dia dos Pais. Acha-o tão-somente uma jogada comercial. De certo modo esse preconceito se explica: o pai não tem nem de longe o prestígio que tem a mãe. O chamado amor materno, tão decantado em verso e prosa, gesta-se nas entranhas do ser. Começamos fundidos com essa mulher que nos acarinha e nutre depois de abrir para nós as portas do mundo. Mãe é mãe.

ALUVIÕES Um minuto mais e a cidade Some, setada por Raios bruxos, despejados Do ocaso Um minuto só e ela desaparece...

ALUVIÕES
Um minuto mais e a cidade Some, setada por Raios bruxos, despejados Do ocaso Um minuto só e ela desaparece Dragada por seu Porto Onde ainda vejo aquela mulher Desse porto, o do Capim: Adoecida no leito A pobre mulher se deflagra Por um filete verde De candeia Um minuto mais e a cidade É acuada por um cão Pisoteada pelos cascos De nova revolução Sulcada pelas rodas

No livro "Funes, o Memorioso", Jorge Luís Borges conta a saga de um jovem de 19 anos que caiu do cavalo e sofreu um terrível...

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No livro "Funes, o Memorioso", Jorge Luís Borges conta a saga de um jovem de 19 anos que caiu do cavalo e sofreu um terrível mal. Desde então, ele não consegue esquecer nada. Além dos novos pensamentos, os antigos e mais profundos transbordam a todo momento.

Borges convida a refletir nossas vidas a partir da construção afetiva da memória. Ele sugere que precisamos esquecer para sobreviver, porque existem verdades que a vida repele; devemos deixar pra trás lembranças sem conteúdo afetivo;

Jô Soares, ao morrer na sexta-feira, 5 de agosto, era um patrimônio nacional. Para além do clichê, isto significa que ele tinha alcança...

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Jô Soares, ao morrer na sexta-feira, 5 de agosto, era um patrimônio nacional. Para além do clichê, isto significa que ele tinha alcançado uma notoriedade e um respeito praticamente unânimes por parte dos brasileiros, de tal modo que passou a ser visto como uma das riquezas humanas e culturais do país, orgulho da raça. Não é pouca coisa, sabemos, principalmente porque ele foi antes de tudo um comediante, ramo artístico nem sempre levado a sério, até porque dedica-se a nos fazer rir, mesmo que com toda seriedade crítica, como era o caso. E também porque o Brasil, nos últimos tempos, não tem contado com muitas figuras do seu naipe, mas, pelo contrário, tem se despovoado cada vez mais de homens e mulheres credores da admiração pública.

Paraíba, 7 de agosto de 2022

Paraíba, 7 de agosto de 2022

NÁUTICA ODISSEIA PARAIBANA Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com...

NÁUTICA ODISSEIA PARAIBANA
Canto I Corcéis e cavaleiros destacados De tradicionais praias paraibanas Partiram com destinos planejados Pra outras litorais vistas praianas Movidos sem temor pela coragem Do rico e grande desafio da viagem

O gesto de paparicar netos, que extrapola o carisma de pai, ecoou no Dia dos Avôs. Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um n...

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O gesto de paparicar netos, que extrapola o carisma de pai, ecoou no Dia dos Avôs.

Numa perspectiva de vida longa, quando nasce um neto, completa-se o ciclo da existência humana.

Como pesquisador de sentimentos íntimos, recolhemos os netos em gestos dos filhos, nos mistérios do amor de pai.

A passagem de efemérides, como a do segundo centenário da nossa Independência, faz com que algumas figuras históricas daquele momento s...

A passagem de efemérides, como a do segundo centenário da nossa Independência, faz com que algumas figuras históricas daquele momento sejam rememoradas (em regra, são as mesmas de sempre) enquanto outros personagens, que tiveram papéis até relevantes nos acontecimentos, permanecem relegados a notas de rodapés ou a registros em velhos livros escritos no tempo em que os feitos dos homens se sobrepunham aos fatos históricos. É o caso de João Severiano Maciel da Costa, personagem que teve estreita vinculação com a então Província da Paraíba. Mesmo quando se usa o título de Marquês de Queluz, com que foi agraciado pelo Imperador Pedro I,

Caro Humberto Melo, Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me...

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Caro Humberto Melo,

Não quis incomodá-lo, por mais que saiba a hora do amanhecer dos homens da nossa idade. É que acordei julgando-me na calçada de livraria de Otacílio Gama, as mulheres de xale ou de mantilha se protegendo do sol molhado daquele fim de inverno para assistirem cedinho à missa da Misericórdia.

(Esse “sol molhado,” você sabe, é coisa do “Quarto minguante” do poeta José Américo. O poeta que ele escondeu na prosa desde a primeira novela.)