Caríssimo Germano, vez por outra recorro, com uma certa renitência, e pergunto-me se você tem ciência da dadivosa importância de sua ...

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painel escritores ambiente carlos romero
Caríssimo Germano, vez por outra recorro, com uma certa renitência, e pergunto-me se você tem ciência da dadivosa importância de sua contribuição à cultura, exercendo a sua nobre função de menestrel literário. Pelas suas mãos se cristaliza quase um Thesaurus de belos e profundos textos de dezenas de autores que nele expõem suas perplexidades, lindas lembranças, sentimentos afetuosos, veias poéticas, cotidianos inusitados, paixões reprimidas, alegrias memoráveis, afagos, repentes iracundos e tantos outros escritos, que deles poder-se-ia se confeccionar uma rica taxonomia dos assuntos emergentes.

Impressiona-me esta sua grandeza oceânica que permite que nela desaguem os fluentes literatos, com os seus mais heterodoxos e íntimos desejos de expressarem corajosamente os seus rebentos literários. Enfrentam o vernáculo,
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ALCR
trazem à tona palavras e imagens insepultas, expondo os seus então silentes sentimentos, e que se subordinam sem medo ao enunciado freudiano: “a minha imagem é a imagem dos outros.

A sua generosa paciência franciscana, com extremado e delicado respeito, acolhe fraternalmente os frutos de tantas intimidades e desejos. E creio que, ao nunca esboçar nenhuma reprimenda limitante e preconceituosa, você se torna guardião e confessor, na melhor expressão cristã dos sentimentos que são depositados em suas mãos. Com seu comportamento, quase um sacerdócio, se oferece e reparte com todos ecumenicamente num ofertório benevolente o que nos é dedicado. Com paciência, acolhimento, e generosidade, acode as palavras que muitas vezes são remanescentes da via crucis de cada um. Segue a rota mais uma vez freudiana: “o que não sai pela boca resvala pelas extremidades do corpo”. Adoece-nos.

A sua conduta irretocável pode lhe conferir os atributos de um distinguido, que contribui para a formação de seres, cujas mentes e corações fazem genuflexões à cultura, à educação e à consciência humana.

A Educação e a Cultura sempre estiveram nas veredas da minha vida. Tanto é assim que, quando da elaboração da Lei Orgânica de João Pessoa, em 1989, sendo vereador, fui apenas intérprete/autor, e aprovamos minha Emenda criando a Fundação de Cultura de João Pessoa, secundado pelo grande jornalista Raimundo Nonato, por Carlos Aranha e por muitos outros do meio artístico e cultural. É hoje a Funjope. Quis que fizéssemos uma homenagem ao grande Pedro (de todos) Santos, mas as discordâncias não permitiram. Cumpri a minha missão.

Você e outro grande amigo, Rubens Nóbrega, a quem devo iguais homenagens, têm uma enorme importância ao adotarem uma conduta civilizatória, e serem spallas, ao publicizarem livremente os pensamentos e os aguçados sentimentos lavrados em dezenas de formidáveis textos, abraçando seus, que se debruçam nas suas janelas abertas para o mundo.

Meus distinguidos e profundos respeitos pela sua solene e admirável caminhada.

Deo Gratias.

Engenho Laranjeiras, 04 de junho, 2022.

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  1. Ângela Bezerra de Castro7/6/22 12:19

    Aplaudo o texto de Barreto. Você merece cada um dos elogios. O ALCR é hoje um ponto de encontro da Paraíba, onde se expressam vozes plurais. Sua contribuição à Cultura é incalculável. E o mais importante: Carlos Romero continua presente.

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  2. Anônimo7/6/22 23:55

    👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

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  3. Francisco Barreto em seu ode fala por todos os escribas e leitores desse ambiente coletivo de leitura, cuja qualidade decorre da inspiração do seu inesquecível titular.
    Parabéns, Barreto!

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