A arte, em sua essência, sempre foi um reflexo das emoções, das experiências e das complexidades da vida humana. No entanto, o cenário contemporâneo, especialmente após a pandemia, trouxe à tona uma série de questões sobre a autenticidade e o valor da arte em nossas sociedades.
Royal Collection, Londres
Por outro lado, existe uma camada de pessoas que, atraídas pelo potencial de lucro da arte, se tornam meros consumidores dessa expressão. Elas podem não ter a mesma paixão ou compreensão profunda que caracteriza aqueles que foram “filhos da arte”. Essa diferença de motivações impacta a qualidade e a profundidade das obras que emergem nesse contexto. Quando a arte é vista apenas como um investimento ou
Galleria degli Uffizi, Florença
Além disso, a pandemia catalisou uma mudança nas dinâmicas de criação e apreciação da arte. Muitos artistas se viram forçados a repensar suas abordagens, utilizando novas plataformas e formatos para se conectar com o público. Essa adaptação trouxe à tona a necessidade de um diálogo mais profundo sobre o que significa ser um artista no mundo contemporâneo.
Para que a arte seja mais respeitada, é fundamental que haja uma revalorização do seu papel na sociedade. Isso inclui um reconhecimento de que a arte não deve ser apenas um produto de consumo, mas uma forma de resistência, um meio de questionar e de refletir sobre a condição humana. É preciso promover um espaço onde a arte possa ser discutida filosoficamente, onde a teoria e a prática se entrelacem, criando um ambiente fértil para a criação e a apreciação.
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