Mostrando postagens com marcador Petrônio Souto. Mostrar todas as postagens

Nasci em 1949, ano em que os comunistas venciam a guerra civil na China e soviéticos e americanos intensificavam a disputa pela hegemonia ...

sabedoria idade velhice contemplacao saber viver melhor idade
Nasci em 1949, ano em que os comunistas venciam a guerra civil na China e soviéticos e americanos intensificavam a disputa pela hegemonia mundial. Portanto, vim ao mundo ainda nos primórdios da Guerra Fria. Em certa medida, sem exagero, depois de tudo que presenciei na História, durante todos esses anos, posso me imaginar um sobrevivente.

Não tem erro: sopé da Ladeira São Francisco, à direita: Rua Augusto Simões (antigo Beco dos Milagres), nº 59. No muro da casa está incrust...

historia preservacao fonte agua paraiba
Não tem erro: sopé da Ladeira São Francisco, à direita: Rua Augusto Simões (antigo Beco dos Milagres), nº 59. No muro da casa está incrustada uma relíquia da cidade: A Fonte dos Milagres. Talvez os atuais moradores da residência nem saibam o que têm nas mãos.

Volta e meia me pedem para falar sobre a campanha de 1986, aquela em que Burity deu um banho de votos em Marcondes Gadelha na disputa pel...

politica historia redes sociais
Volta e meia me pedem para falar sobre a campanha de 1986, aquela em que Burity deu um banho de votos em Marcondes Gadelha na disputa pelo governo do Estado. Na época, aqui na Capital, só existiam três emissoras de ondas médias (as rádios Tabajara, Arapuan e Correio) e duas de freqüência modulada (Arapuan e Correio). As FMs adotavam a linha "vitrolão": somente música e notícias curtas, quase telegráficas. O quente ainda eram as AMs. Segundo avaliações trimestrais do Ibope,

Quem conhece bem João Pessoa sabe da história que vou contar. É a história do “frade sem cabeça” que aparecia, altas horas da noite, sain...

Quem conhece bem João Pessoa sabe da história que vou contar. É a história do “frade sem cabeça” que aparecia, altas horas da noite, saindo clandestinamente do Convento dos Franciscanos e indo para a “Fonte dos Milagres” (hoje completamente destruída), no sopé da ladeira de São Francisco.

O ano de 1968 começa com o fim do programa "Jovem Guarda" (17 de janeiro) e termina com o AI-5 (13 de dezembro). De quebra, houv...

1968 ditadura movimento estudantil odisseia 2001
O ano de 1968 começa com o fim do programa "Jovem Guarda" (17 de janeiro) e termina com o AI-5 (13 de dezembro). De quebra, houve o famoso Maio de Paris, a Passeata dos Cem Mil, o fim da Primavera de Praga, as mortes de Gagarin e Chatô - e os assassinatos de Edson Luís, Martin Luther King e Bob Kennedy. Para fechar o firo, Paulo VI acha de condenar o uso de anticoncepcionais, publicando a encíclica "Humanae vitae" (Da vida humana).

As coisas estão muito desequilibradas. As ideias, digamos, progressistas ocuparam todos os espaços com a velocidade da luz. Na verdade c...

As coisas estão muito desequilibradas. As ideias, digamos, progressistas ocuparam todos os espaços com a velocidade da luz. Na verdade conquistaram a hegemonia. A mídia é o dínamo do rolo compressor, até porque a turma da vanguarda é bastante influente nos meios de comunicação.

Pertinho do carnaval, eles saíam às ruas em comissão pedindo dinheiro aos moradores. Eram pessoas conhecidas, pobres, honestas e muito que...

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Pertinho do carnaval, eles saíam às ruas em comissão pedindo dinheiro aos moradores. Eram pessoas conhecidas, pobres, honestas e muito queridas no Roggers, bairro que mudou de nome porque o dono da única linha de ônibus não sabia escrever “nome de gringo”. Sempre às manhãs de domingo, lá iam eles: Luís Monteiro, Agostinho Tomáz, Henrique Nascimento, Mário Teixeira, Eulálio Martins, Severino Lima, Edilson Paiva, Severino Almeida, Pedro Coutinho (pai do desembargador Júlio Aurélio), entre outros cidadãos comuns, recolhendo contribuições para o carnaval. Recebidos com satisfação aonde chegavam, os organizadores do carnaval do Roggers formavam

Salvo engano, a Parábola do Filho Pródigo está no Evangelho de Lucas. Se não me falha a memória, é o capítulo 15, versículos 11 e seguint...

amor paterno filial
Salvo engano, a Parábola do Filho Pródigo está no Evangelho de Lucas. Se não me falha a memória, é o capítulo 15, versículos 11 e seguintes. Embora sem ser religioso de carteirinha, meu pai sempre destacava essa passagem bíblica.

O sujeito que teve a infeliz ideia de botar aqueles quiosques nas praias de Tambaú e Cabo Branco detesta o mar. Veja: com o estacionament...

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O sujeito que teve a infeliz ideia de botar aqueles quiosques nas praias de Tambaú e Cabo Branco detesta o mar. Veja: com o estacionamento de veículos do lado da calçadinha (apesar da ciclovia) e o paredão formado pelas “ilhas” de quiosques, quem passa de automóvel ou de ônibus, ou mesmo quem caminha na calçada, não consegue enxergar direito a grande estrela do local - o mar.

Por conta da briga EUA e URSS pela hegemonia no planeta, muita gente "dançou", em todas as latitudes e longitudes. A guerra dele...

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Por conta da briga EUA e URSS pela hegemonia no planeta, muita gente "dançou", em todas as latitudes e longitudes. A guerra deles botou (e ainda bota) a humanidade literalmente numa fria, perturbando pessoas simples e anônimas, nos lugares mais remotos do mundo.

Perto de completar 73 anos, experimento brusca mudança na vida. Passei a encarar o mundo de forma bem diferente. Tornei-me uma pessoa ex...

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Perto de completar 73 anos, experimento brusca mudança na vida. Passei a encarar o mundo de forma bem diferente. Tornei-me uma pessoa exageradamente cética, um tanto quanto passiva - mas, em compensação, bem mais sossegada, tranquila, na verdade aliviada, depois de mais de 50 anos de trabalho duro.

O consumismo desenfreado, estimulado pela mídia, cria expectativas inalcançáveis nas pessoas — e quase sempre provoca frustração, que por ...

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O consumismo desenfreado, estimulado pela mídia, cria expectativas inalcançáveis nas pessoas — e quase sempre provoca frustração, que por sua vez alimenta a violência. Logo, um ambiente de justiça e paz só será possível se formos capazes de mudar nossos padrões de consumo e os próprios valores da sociedade contemporânea, tarefa que pode vir a ser o 13º trabalho de Hércules, já que, pelo rolar da carruagem, nenhuma força humana tem se mostrado capaz de operar mudanças.

O estuário dos rios Sanhauá e Paraíba está morrendo! No feriado do carnaval de 2001, naveguei a região que compreende áreas dos municípios...

meio ambiente degradacao rio estuario paraiba porto mangue
O estuário dos rios Sanhauá e Paraíba está morrendo! No feriado do carnaval de 2001, naveguei a região que compreende áreas dos municípios de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Lucena e Cabedelo. E voltei revoltado. O que, afinal, andam ou andaram fazendo os governadores e prefeitos dessas cidades? Sem qualquer preocupação com a ecologia, não é exagero dizer que, ao longo do tempo, eles vêm perpetrando o que se poderia chamar de crime de lesa-humanidade!

Não tem aquele livro que faz a pessoa mudar de rumo? Pois a história do caçador mongol, exemplo de humildade e sabedoria, contada pelo exp...

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Não tem aquele livro que faz a pessoa mudar de rumo? Pois a história do caçador mongol, exemplo de humildade e sabedoria, contada pelo explorador e escritor russo Vladimir Arsenyev, e recontada no cinema, de forma encantadora, pelo mestre Akira Kurosawa, me deu outra visão de mundo, me fez outra pessoa. Sem exagero.

Já fui assistente de direção e ator de cinema. Na primeira metade dos anos 70, fazendo o Curso de Direito, fui assistente de direção de Ba...

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Já fui assistente de direção e ator de cinema. Na primeira metade dos anos 70, fazendo o Curso de Direito, fui assistente de direção de Barreto Neto no curta-metragem “O Estranho Caso de Leila”, em super 8, com Anco Márcio e Fernando Castro como protagonistas.

Barretinho e Fernando Castro eram meus colegas de trabalho na Secretaria de Divulgação e Turismo (atual Secom), mas não me recordo onde Anco Márcio trabalhava na época.

Caminho pelas ruas de João Pessoa como um índio na Avenida Paulista. Esse é o mal dos nascidos e criados na cidade. Qualquer mudança, al...

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Caminho pelas ruas de João Pessoa como um índio na Avenida Paulista. Esse é o mal dos nascidos e criados na cidade. Qualquer mudança, alguma fachada em ruínas, um contemporâneo que morre, um galho de árvore que tomba, tudo nos diz respeito. Outro dia, fiquei de baixo astral ao acompanhar a derrubada de uma caramboleira, em Tambiá. Ela fora a sombra gostosa do encontro com a primeira namorada. A velha casa transformada em clínica e a caramboleira retirada para dar lugar ao estacionamento. Perdi o dia.

Roggers foi o sítio de um inglês, Richard Roggers, que aqui chegou, na primeira metade do Século XIX. Teria sido um viajante que largou o...

cronica nostalgia paraiba porto ingleses
Roggers foi o sítio de um inglês, Richard Roggers, que aqui chegou, na primeira metade do Século XIX. Teria sido um viajante que largou o navio, no Porto do Varadouro, seduzido pelas belezas do lugar. Aqui, fez fortuna; casou-se com uma morena bem brasileira, dona Francisca Romana, e foi feliz para sempre, nos trópicos.

Quem me contou foi Otinaldo Lourenço, uma espécie de museu do rádio paraibano, falecido em fevereiro passado, vítima de complicações prov...

cronica nostalgia bolero embromation
Quem me contou foi Otinaldo Lourenço, uma espécie de museu do rádio paraibano, falecido em fevereiro passado, vítima de complicações provocadas pela Covid-19: O velho Venâncio era um homem enorme e sua ignorância tinha o tamanho do corpo dele, gigantesca. Morava na João Machado, rua de grã-finos, em frente à Cândida Vargas. Era um ex-motorista que se tornou dono da linha de marinetes do Comércio, aqui em João Pessoa.

Nasci em João Pessoa em 1949, mas passei os cinco primeiros anos de minha infância em Alagoa Grande, para onde meus pais foram transferido...

cronica nostalgia viagem brejo paraibano
Nasci em João Pessoa em 1949, mas passei os cinco primeiros anos de minha infância em Alagoa Grande, para onde meus pais foram transferidos. Papai, coletor federal; mamãe, professora do grupo escolar e dona da única escola de datilografia da cidade, que, aliás, funcionava no terraço da nossa casa. Portanto, usava o trem João Pessoa—Alagoa Grande—João Pessoa com a mesma freqüência com que usava os bondes da capital.

Detesto o barulho, todas as formas de barulho, inclusive o onipresente ruído dos equipamentos eletrônicos. Não uso smartphone, ainda conve...

reflexao privacidade tecnologia
Detesto o barulho, todas as formas de barulho, inclusive o onipresente ruído dos equipamentos eletrônicos. Não uso smartphone, ainda converso pelo telefone fixo. Smartphone é para quem quer e precisa ser localizado rapidamente ou para quem quer ser o primeiro a saber das coisas. Não é mais o meu caso.