Mostrando postagens com marcador Valéria Montenegro. Mostrar todas as postagens

Que desça sobre nós uma noite de paz, serena, balsâmica, reconfortante, r e g e n e r a d o r a . . . Pois, havendo amanhã, teremos mais, su...



Que desça sobre nós
uma noite de paz,
serena,
balsâmica,
reconfortante,
r e g e n e r a d o r a . . .

Pois,
havendo amanhã,
teremos mais,
surpresas,
emoções,
movimento,
encontros
e
desencontros,
contratempos e alegrias.

Viver é um mix de estações diferentes
no caminho fantástico,
do Trem que não para jamais.



Agora, ao despertar

Quando abertos temos os olhos d'Alma,
somos capazes de ver mais além,
tocar estrelas estirando os braços,
sentir-se pleno, mesmo sem ninguém.

Pois em nossa trilha de folgados laços,
nós percebemos que o outro também,
mesmo vazio alegando cansaço,
alguma coisa a nos dizer tem.

Vão-se perdidos tempos sem poesia,
partem amargas almas em adeus,
o nunca mais é expressão constante.

Mas Eis que o deserto triste dos humanos,
nossos iguais na terra da saudade,
carrega em si, na Sinfonia do Instante,
o inefável sabor da Eternidade.



Eximir

Eximo meu coração
das explicações
tradicionalmente
exigidas pelo vulgo.

O que observo
são corredores atapetados
de insensatos repetires,
uma alusão constante
ao arrazoado do mundo,
uma insistência triste
junto aos padrões do ordinário.

A tudo desprezo
e
continuo a peleja com o passageiro.

Por muito tempo
tenho conhecido paisagens,
temas, arranjos e passantes.

Por longas eras
tenho colecionado
quadros intocáveis
da humana jornada
entre nossos iguais.

E o diapasão que sopro
é outro
e as canções que solfejo,
são estranhas.

Tão poucos encontro
que falam minha língua,
que entendem minha lira,
que partilham minha verve.

Conto-os nos dedo e
incontinente prossigo
porque é perigosos
revelar tal isolamento.

No entanto, mais uma vez,
ouço dos ventos as mensagens
que não silenciam
a passagem pela terra
amiúda seu passo,
a permanência por aqui
ganha contornos de adeus
e preparo os sinos
para a noite irrepetível
do nunca mais.

O que mais é necessário
revelar aos sensatos ?! ter