O nome da teoria não deixa de ser estranho: de tudo. Mas é o apelido que renomados cientistas, no campo da Física, denominam a teoria “que ...

Teoria de Tudo

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O nome da teoria não deixa de ser estranho: de tudo. Mas é o apelido que renomados cientistas, no campo da Física, denominam a teoria “que visa resumir em um único conjunto de equações a origem e a natureza do cosmo, assim como as forças contidas nele” - esclarece o inglês Robert Mattheus, físico-matemático, pesquisador e repórter científico.

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A teoria propõe unir o micro e o macrocosmo, sendo também denominada Teoria da Grande Unificação (TGU). Essa união consiste em provar, na prática, o que os cálculos já revelam: a existência de uma matéria primordial, encontrada tanto no Universo quanto no átomo. Para demonstrá-la é preciso unir os métodos de estudo do Universo com os das partículas atômicas.

O estudo do Universo tem como referência a Teoria da Relatividade Geral, de Einstein, que explica a origem e formação dos planetas, estrelas, galáxias, buracos negros, big-bang, órbitas planetárias, força da gravidade, etc. O conhecimento das partículas elementares, fundamentado na Teoria Quântica do Campo, fornece esclarecimentos sobre moléculas, átomos, partículas atômicas (nêutrons, prótons e elétrons) e subatômicas (neutrinos, quarks, léptons, etc).

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A Teoria de Tudo representa, na atualidade, a busca pelo Santo Graal da Física Teórica, situação que ainda provoca frustrações, como aconteceu com Albert Einstein, o qual, a despeito da mente privilegiada que possuía, passou os 30 anos finais de sua última reencarnação na vã tentativa de combinar a teoria quântica com as forças que atuam no Universo.

Há muito investimento científico na Teoria de Tudo, acreditando-se que no futuro, não tão remoto, será possível identificar, de forma concreta, esse elemento fundamental, tendo em vista que o macro e o microcosmo apresentam profundas semelhanças entre si e que um reage sobre o outro. Isto está comprovado pela Ciência.

No livro A Gênese, de Kardec, há informações sobre esse elemento material que origina os mundos e os corpos dos seres – matéria cósmica primitiva: Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. São-lhes inerentes as forças que presidiram às metamorfoses da matéria, as leis imutáveis e necessárias que regem o mundo.

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Essas múltiplas forças, indefinidamente variadas segundo as combinações da matéria, localizadas segundo as massas, diversificadas em seus modos de ação, segundo as circunstâncias e os meios, são conhecidas na Terra sob os nomes de gravidade, coesão, afinidade, atração, magnetismo, eletricidade ativa. Os movimentos vibratórios do agente são conhecidos sob os nomes de som, calor, luz, etc. Ora, assim como só há uma substância simples, primitiva, geradora de todos os corpos, mas diversificada em suas combinações, também todas essas forças dependem de uma lei universal diversificada em seus efeitos e que, pelos desígnios eternos, foi soberanamente imposta à criação.

Na mesma obra consta que o fluido cósmico universal entra também na formação de outros mundos. Em outros mundos, elas [as forças] se apresentam sob outros aspectos, revelam outros caracteres desconhecidos na Terra e, na imensa amplidão dos céus, forças em número indefinido se têm desenvolvido numa escala inimaginável, cuja grandeza tão incapazes somos de avaliar, como o é o crustáceo, no fundo do oceano, para apreender a universalidade dos fenômenos terrestres.

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É importante destacar que, para a Ciência chegar à conclusão de que existe uma matéria primordial, cerca de 500 anos de pesquisas foram consumidos, computando-se apenas o tempo do Renascimento até os dias atuais. É algo extraordinário! Pode-se considerar marco inicial das investigações científicas, em relação à Teoria da Grande Unificação, as deduções do astrônomo italiano, Galileu Galilei (1564-1642) que, ao observar imperfeições nas montanhas e crateras da Lua, as fases do planeta Vênus e os satélites de Júpiter, concluiu que “os céus” (espaço sideral) e a Terra possuem natureza similar.

Isaac Newton (1643-1727), físico e matemático inglês, comprovou as hipóteses de Galileu, simplificando-as: os céus e a Terra têm a mesma natureza, e são governados pelas mesmas leis universais. A Teoria da Unificação adquiriu peso quando o físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) demonstrou, na prática, a união de duas forças: o magnetismo e a eletricidade. Por meio de quatro equações, Maxwell desenvolveu o eletromagnetismo – cujos benefícios tecnológicos são inumeráveis - de forma notável, simples e elegante.

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Nos últimos 200 anos surgiram outras contribuições: Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein (1879-1955), e a Teoria Quântica do físico alemão Max Planck (1858-1947), um dos pilares da Física Moderna, que iniciou a revolução quântica ao demonstrar que a energia se difunde em pequenos pacotes chamados quantuns. E o Espiritismo fornece boas referências à Teoria de Tudo. Em O Livro dos Espíritos, por exemplo, consta que a matéria é formada “de um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva”. Informa também que as diversas propriedades “são modificações que as moléculas elementares sofrem, por efeito da sua união, em certas circunstâncias”. Os Orientadores da Vida Maior fecham brilhantemente o assunto quando, em resposta à questão de Kardec dizem que “a mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades”. E enfatizam: “Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!”

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Quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade, calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam. Existem, no entanto, outras manifestações da luz, da eletricidade, do calor e da matéria, desconhecidas nas faixas da evolução humana, das quais, por enquanto, somente poderemos recolher informações pelas vias do espírito. A matéria quanto mais estudada mais se revela qual feixe de forças em temporária associação.

Temos o homem por viajante do Cosmo, respirando num vastíssimo império de ondas que se comportam como massa ou vice-versa. Identificando o Fluido Elementar ou Hálito Divino por base mantenedora de todas as associações da forma nos domínios inumeráveis do Cosmo. Nas organizações e oscilações da matéria, interpretaremos o Universo como um todo de forças dinâmicas, expressando o Pensamento do Criador. Da superestrutura dos astros à infra-estrutura subatômica, tudo está mergulhado na substância viva da Mente de Deus, como os peixes e as plantas da água estão contidos no oceano imenso.

Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria, que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos.

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E eis como Emmanuel se pronuncia a respeito: “As noções modernas da Física aproximam-se, cada vez mais, do conhecimento das leis universais, em cujo ápice repousa a diretriz divina que governa todos os mundos. Os sistemas antigos envelheceram. As concepções de ontem deram lugar a novas deduções. Estudos recentes da matéria vos fazem conhecer que os seus elementos se dissociam pela análise, que o átomo não é indivisível, que toda expressão material pode ser convertida em força e que toda energia volta ao reservatório do éter universal.

Com o tempo, as fórmulas acadêmicas se renovarão em outros conceitos da realidade transcendente, e os físicos da Terra não poderão dispensar Deus nas suas ilações, reintegrando a Natureza na sua posição de campo passivo, onde a Inteligência Divina se manifesta.

Marta Antunes de Moura é vice-presidente da Federação Espírita Brasileira

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  1. Ângela Bezerra de Castro28/5/20 17:54

    Pensei que fosse uma física escrevendo em linguagem acessível Adorei o texto , principalmente essa ideia de que o homem vive num reino de ondas transfiguradas ... Foi o que li de mais importante nos últimos tempos É assim que Exupéry sente a força de gravidade tão soberana quanto o amor .

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