Paraíba, 24 de julho de 2022

Pauta Cultural (Ep. 51)

Paraíba, 24 de julho de 2022

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Em recente entrevista à Folha de S. Paulo, Maurício de Sousa, criador das histórias em quadrinhos protagonizadas pela “Turma da Mônica”, falou sobre seus atuais projetos. Após a criação da nova série disponibilizada no GloboPlay, que estreou no dia 21 de julho, informou que mais 13 filmes e séries vêm por aí.

Nesses próximos trabalhos, o cartunista de 86 anos, membro da Academia Paulista de Letras, anunciou a inclusão de personagens do mundo homoafetivo, a fim de acompanhar os novos tempos como “segredo para manter o sucesso, observando e copiando a realidade, com cuidado para não ficar para trás”. O primeiro personagem já será incluído em breve n'A Turma da Mônica, e sobre ele Maurício garante: “Será um personagem positivo em todos os sentidos”.

A Turma da Mônica, em nova versão do Globoplay
Filho e pai juntos na arte dos quadrinhos: Mauro e Maurício de Sousa
O artista plástico paraibano Sérgio Lucena, há vários anos radicado em São Paulo, integra a 37ª edição do Panorama da Arte Brasileira, intitulada ‘Sob as Cinzas, Brasas’, aberta no último sábado, dia 23. Na sua participação está incluída a série de pinturas "Teatro do meu Fascínio", desenvolvida entre 2019 e 2020.

Sérgio Lucena
Sérgio considera este período de seu trabalho como uma volta ao espaço cênico, estrutura formal de sua pintura no início da carreira nos anos 1980. Ressalta ele: “me declaro em defesa das coisas que sempre me foram sagradas e cuja origem está na natureza; minha mãe divina”.

Arte Sérgio Lucena

Com a curadoria de Cristiana Tejo, Vanessa Davidson, Claudinei Roberto e Cauê Alves, o panorama acontece nas emblemáticas datas do bicentenário de independência do Brasil e do centenário da Semana Modernista de 22.


Durante os seis meses de sua duração, o evento inclui, além das exposições, conversas com artistas, visitas mediadas, oficinas e debates sobre patrimônio, história e arte.
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Bruno Gaudêncio
Bruno Gaudêncio, escritor paraibano e doutor em História, lançará “O Caderno Perdido de René Thiollier”, livro que será apresentado pelo poeta Félix Araújo. Trata-se de uma narrativa montada no proscênio, em background, da centenária Semana de 22.

Sem a merecida relevância na história do modernismo brasileiro, o cronista paulista René Thiollier é recontado com trechos de suas memórias nesta nova obra de Bruno Gaudêncio, que discorre também sobre outros personagens, como o cantor compositor Belchior

Wikimedia
O livro foi editado pela Sal da Terra (2022) e classificado em 1º lugar no concurso “A Arte da Escrita”, promovido neste ano pela União Brasileira de Escritores (Seção PB). As ilustrações inéditas são de autoria de Thuca Kércia, mestre em História, esposa de Bruno.

Thuca Kércia

O lançamento acontecerá na Livraria Nobel, em Campina Grande (PB), no próximo dia 30 de julho, às 10h30.
Francisco Gil Messias
O escritor Francisco Gil Messias, ex-procurador-geral da Universidade Federal da Paraíba, lançará, pela editora Ideia, no próximo dia 1º de setembro, uma coletânea de crônicas, artigos e ensaios, em sessão de autógrafos para convidados.

O evento será realizado às 17h30 no “Centro de Estudos Jurídicos José Fernandes de Andrade”, localizado na Av. Rio Grande do Sul, Bairro dos Estados, na capital paraibana.

Colaborador permanente por vários anos em jornais e portais de literatura, Francisco Gil Messias escreve às segundas-feiras no ALCR, ambiente virtual em que já reúne mais de 100 textos.

“Este livro não deixa de ser fruto da árvore generosa plantada pelo Ambiente de Leitura Carlos Romero, na verdade um dos responsáveis pelo livro, pois vários textos que constam do volume foram nele publicados” — confessa o autor.
No próximo dia 12 de agosto, será a vez dos escritores Milton Marques Júnior e Astênio Fernandes lançarem “Poetas da abolição”, trabalho literário em torno de uma conferência do escritor paraibano José Américo de Almeida.

Milton Marques Júnior
Astênio Fernandes

Em 1921, a convite do “Grêmio Cívico Literário 24 de Março”, o ex-ministro proferiu palestra, em que, segundo o professor Milton Marques Júnior, “discorreu criticamente sobre a chaga da escravidão, comentando alguns poemas voltados ao tema, ressaltando a participação de alguns dos mais importantes poetas brasileiros (a exemplo de Castro Alves) e a contribuição ímpar de políticos, jornalistas e ativistas que lutaram pela abolição da escravatura, como José do Patrocínio e Luiz Gama”.

O livro foi editado pela Ideia. O lançamento será na Fundação Casa de José Américo, na capital paraibana, às 16h.

A propósito, Milton Marques tem produzido resenhas com as introduções de seus textos e ensaios literários, em vídeos publicados no Facebook e no Instagram. O vídeo mais recente, dedicado aos seus alunos, traz a análise sobre um trecho da obra Os Sertões, de Euclides da Cunha.

Confira outros vídeos nos canais do escritor e professor Milton Marques Júnior no Facebook e Instagram.
O segundo livro de Michelle Obama foi anunciado recentemente e será publicado no próximo mês de novembro pela editora multinacional Penguin Random House.

Após o primeiro livro (“Minha história”) ter se tornado um best-seller, com mais de 17 milhões de títulos vendidos, traduzido em 50 idiomas, o editor Markus Dohle, CEO da Penguin Random, tem cultivado grande expectativa sobre este lançamento. Segundo ele, Michelle Obama é o caso mais bem-sucedido no mercado norte-americano em seu gênero.

O novo livro — intitulado “Nossa luz interior: superação em tempos incertos” — traz reflexões da ex-primeira dama dos Estados Unidos sobre os desafios do poder e sua influência nas transformações pessoais. Diz ela, em entrevista:

“Nós nos tornamos mais ousados em meio ao brilho. Se você conhece sua luz, conhece a si mesmo. Uma luz alimenta a outra. Uma família forte dá força a outras. Uma comunidade engajada pode inflamar aquelas ao seu redor. Este é o poder da luz que carregamos".
Michelle e Barack Obama, com as filhas Sasha e Malia
No Brasil, o livro será lançado pela Objetiva, do Grupo Companhia das Letras.
No próximo dia 29 de julho ocorrerá o Sarau Poético da Confraria de Malagrida com a participação de nomes da música, artes plásticas, poesia e literatura, a exemplo de Larissa Rodrigues, Jeovania P. Poesia, Grupo Poética Evocare, Marineuma de Oliveira, Chico Luís, Tereza Bernardo, Carllyto Campos, Margarida Santos, Merlânio Maia, Zezita Matos e Igor Gregório.

O encontro dá continuidade ao Projeto Cultural Escadaria da Malagrida, inaugurado em abril passado. A produtora cultural Ednamay Cirilo, presidente da Associação Cultural e Recreativa Anjo Azul, uma das fundadoras da confraria, destaca a figura central deste Sarau Poético: a professora e poeta paraibana Anayde Beiriz, “mulher contestada pelos padrões estéticos de uma sociedade machista provinciana que perdura em pleno século XXI”.

“Há muitos fatos obscuros ocorridos na Revolução de 30 que precisam ser conhecidos, e para isso é necessário fazer a leitura do mais recente livro de Valeska Asfora - uma pesquisa sobre Anayde - que será relançado no Sarau”, reforça Ednamay.

Ednamay Cirilo

A poeta Marineuma de Oliveira relatou ao ALCR:

“Participar do evento em homenagem a Anayde Beiriz, organizado pela Confraria Malagrida, é muito significativo, principalmente por ser um movimento de ocupação do Centro Histórico, que dá visibilidade à arte que defendemos, além de fazer referência a fatos históricos tão importantes para os paraibanos”.

O sarau contará com performances, feira criativa, brechó, exposições de arte, música e muita poesia, a partir das 17h, na Escadaria da Malagrida, ao lado da antiga Faculdade de Direito, no Centro Histórico da capital paraibana.
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No último dia 9 de julho, um grupo de mulheres — organizado pelo “Sarau Selváticas”, em parceria com a Editora Triluna, reuniu-se no Hotel Globo e desse encontro resultou uma foto histórica! "Fiquei impressionada com o número de mulheres (escritoras) tão jovens. Que bom que as meninas estão furando o bloqueio da escrita canônica", diz Ana Adelaide Peixoto no texto “Uma foto histórica”.
Enquanto nos países onde as gestões urbanas humanistas priorizam cada vez mais o pedestre, criando espaços públicos como passeios, praças e parques, aqui no Brasil, e, infelizmente, na capital da Paraíba, privilegiam-se os carros e abandonam-se as calçadas. O jornalista Petrônio Souto, cultor do patrimônio histórico e defensor da qualidade de vida urbana, faz seu alerta no texto “A volta da CIdade Verde”.
Os caminhos que uma obra de arte percorre no imaginário do artista, desde a primeira ideia conceptiva à realização, são bem mais complexos do que pode supor o espectador. Segundo o escritor W.J. Solha, autor do forte e expressivo Retrato de Cristo, "cada quadro tem uma longa história".
Caix@ Postal
"Que maravilha saber da história do velho Neiva! Fiz muitas fotos com ele. Era amigo de Papai, o jornalista Nilo Tavares."
Clotilde Tavares ▪ 14.07.2022
Comentário sobre o texto “Da fotografia à grafia”, de Juca Pontes.


"Um olhar atento revelando uma realidade destruidora… Acordar é preciso! Parabéns Marluce!!"
Lenita Faissal ▪ 22.07.2022
Comentário sobre o texto “Conceitos ambivalentes”, de Marluce Castor.


"Que texto fantástico sobre a sintonia entre a música, a dança, o corpo e o sentimento. Uma coisa incrível é que como a Terra está se movendo o tempo todo sem a gente perceber, se ela parasse de se mover de repente, a gente continuaria em movimento, e as árvores e as casas seriam arremessados. Só agora tive a oportunidade de conhecer Dalcroze e suas magníficas contribuições para a dança e a música. Estava escutando as músicas que ele compôs, e me imaginei num balé clássico ou numa peça de teatro musical, em que os personagens eram do campo, acabando de acordar, ou se reencontrando depois de uma longa viagem, matando assim a saudade. Realmente, quando dançamos ao som de uma música, podemos expressar nossos sentimentos, emoções, de maneira leve, sem regras ou rigor clássico. E isso é arte! Parabéns, titio, pela excelente crônica!"
Raíssa Viana Romero ▪ 17.07.2022
Comentário sobre o texto Dalcroze: música, ritmo e movimento, de Germano Romero.


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  1. Imperdível o lançamento do livro do poeta e cronista Gil Messias! Dia 01 de setembro nós faremos presente! FERNANDO AQUINO

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