QUANDO EU MORRER Quando eu morrer, não me enterrem em cova rasa - dispenso o canto dessa casa -. Não me deixem só no c...

Quando eu morrer, joguem ao vento pétalas de flores

 
 
 
QUANDO EU MORRER
Quando eu morrer, não me enterrem em cova rasa - dispenso o canto dessa casa -. Não me deixem só no cemitério, nesse espaço lúgubre, deletério. Quando eu morrer, que o meu coração seja doado e bata forte no peito de algum enamorado. Que os meus olhos sirvam para alguém ver, o que, displicente, não pude perceber. Quando eu morrer, que o meu corpo seja cremado num belo dia de sol, e eu seja da terra levado nos braços de um arrebol. Quando eu morrer, joguem as cinzas no mar, declamem um poema bonito, Netuno cobra este rito pra sua fúria aplacar. Quando eu morrer, expulsem do peito suas dores, - cumpri neste plano uma bela jornada - joguem ao vento pétalas de flores, lutei com denodo a minha cruzada. Quando eu morrer, cantem os versos que órfãos deixei - perdoem-lhes a natureza garrida - e cuidem das flores que amei pelas estradas da vida.
SÓ SE ESPANTA COM A MORTE, QUEM NÃO SABE O QUE É A VIDA
Mote: Professor Milton Marques Júnior Eu não sou de me espantar, Com as coisas deste mundo. Eu vivo cada segundo Sem medo de me encantar. Eu quero me apaixonar, Loucamente, sem medida, Sem temer a despedida, Ter alguém que me conforte, Só se espanta com a morte quem não sabe o que é a vida.

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  1. Beleza, Raniery Abrantes. Tenho um poema com esse mote. Forte abraço! Regina Lyra

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