Este vídeo é a maior prova de que sua mãe estava certa quando lhe disse para gostar dos gatos, mas nunca confiar totalmente neles.

Este vídeo é a maior prova de que sua mãe estava certa quando lhe disse para gostar dos gatos, mas nunca confiar totalmente neles.

Faltam poucos dias para o ano 2011 morrer. E vem a incômoda indagação: o que fizemos neste ano prestes a expirar? Evidente que fizemos coisa...

Faltam poucos dias para o ano 2011 morrer. E vem a incômoda indagação: o que fizemos neste ano prestes a expirar? Evidente que fizemos coisas boas e coisas más. Afinal, ninguém é santo. Mas vale a pena reconhecermos o que fizemos de negativo. O importante é refletirmos sobre nossos erros e o propósito de não repeti-los. Afinal, a vida é um teste permanente, um desafio. A vida é um curso de experiências.


Feita uma espécie de auto-exame, estejamos preparados e vigilantes para a caminhada dos novos 360 dias. Jesus, nos deu uma receita maravilhosa. Ei-la: "orai e vigiai para não entrardes em tentação". E são tantas as tentações: tentação da vaidade, do dinheiro, do sexo, da ociosidade, do poder. Mas quem está sempre em estado de vigilância e em permanente oração, evidente que se livrará do arrastamento ao mal.


Faltam poucos dias para o ano terminar. Mas, segundo o poeta Drummond:


"O último dia do ano

não é o último dia do tempo.

Outros dias virão"


Portanto, nada de tristeza, mas de muita esperança, que a vida é, sobretudo, um ato de fé. A fé é o nosso combustível nessa caminhada através do tempo. Comecemos dando graças a Deus pelo muito que recebemos e, às vezes, esquecemos. Lembre que a vida é convivência. E mais do que convivência, a vida é transcendência. Não fomos criados para a morte. Deus não nos criou para o Nada.


O importante em nossa vida é o outro. Jamais façamos dele um inimigo, e, sim, um amigo. O amigo é uma bençâo. Rico é aquele que é querido, estimado, que não guarda ressentimentos, que esquece as ofensas e está sempre pronto a perdoar.


Não esquecer jamais a grande advertência de Jesus: "amai uns aos outros como é vos amei". Disse ainda, o Mestre dos Mestres: "Meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem". E foi mais longe, chegando ao ponto de aconselhar: "amai os vossos inimigos". Lição difícil, mas não impossível, pois muitos já conseguiram atingir esse patamar na nossa marcha evolutiva. E, como disse João, Deus é amor.


Façamos nesses dias que antecedem o Ano Velho uma reflexão. Cada um converse consigo mesmo, lembrando que a felicidade não está fora e sim dentro de nós mesmos. A felicidade é, sobretudo, um estado da alma.


Nesse crepúsculo de um ano e alvorada de outro, estejamos atentos a nós mesmos, ao nosso comportamento do dia a dia. A vida é uma beleza quando estamos com a consciência tranqüila, quando contamos com bons amigos como vocês, leitores, muitos dos quais eu não conheço pessoalmente.


Jesus disse: "se teus olhos forem bons, todo o teu corpo se iluminará". É que a bondade é amor, e amor é luz.

Alguns dos logotipos abaixo são bem conhecidos e todos contêm desenhos ou símbolos escondidos, que muitas vezes passam despercebidos ao públ...

Alguns dos logotipos abaixo são bem conhecidos e todos contêm desenhos ou símbolos escondidos, que muitas vezes passam despercebidos ao público.



1FEDEX
Empresa de entregas de encomendas nos Estados Unidos, equivalente aos Correios. O espaço entre a segunda letra E e o X forma o desenho de uma seta, que sugere rapidez e precisão.

Não é só no Brasil que as obras grandiosas começam e não terminam, transformando-se em 'elefantes brancos'. Na China , um brilhant...

disneylandia abandonada na china

Não é só no Brasil que as obras grandiosas começam e não terminam, transformando-se em 'elefantes brancos'. Na China, um brilhante projeto, inspirado na Disneylândia, foi para a prancheta dos arquitetos com o nome de Wonderland e até chegou a uma etapa avançada. Mas após consumir rios do dinheiro, a construção teve que ser abandonada, principalmente devido à resistência dos fazendeiros locais, que não aceitaram perder terras de cultivo (veja o mapa no final do post).

Gostei de ver a iluminação natalina da nossa Lagoa, outrora tão esquecida. A nossa capital nasceu à beira de um rio, o Sanhauá, afluente do ...

Gostei de ver a iluminação natalina da nossa Lagoa, outrora tão esquecida. A nossa capital nasceu à beira de um rio, o Sanhauá, afluente do Paraíba. Foi ali que houve o acordo entre os nossos descobridores e os índios. A cidade, portanto, floresceu sob o signo da paz, fruto de um aperto de mão amigável.


Depois, a zona urbana foi subindo, subindo, até a chegar ao centro, onde havia o pequeno lago. A marcha do progresso, porém, não ficou ai. As habitações foram avançando e tiveram que destruir a imensa floresta, onde hoje é a movimentada Avenida Epitácio Pessoa. E era esta floresta que nos separava do mar, das praias de Tambaú e Cabo Branco, onde se encontra uma das paisagens mais bonitas do mundo, com a sua extremidade lembrando um navio encalhado.


A mata foi destruída a golpes de machado, com a força de presidiários e sob a vigilância compreensiva do presidente João Pessoa. Ao que se soube, a primeira coisa que o governante fazia, toda vez que visitava a penitenciária, era ir à cozinha para constatar se a comida que estavam dando aos presos era sadia.


A verdade é que, com a devastação da mata, a bela enseada foi descoberta. O mar tornou-se a grande atração. A Lagoa esvaziou-se, não de água, mas de gente. Sua atração ficou sendo a floração de seus flamboyants. Tudo agora, em termos turísticos, passou a se concentrar em Tambaú.


Daí a minha surpresa e alegria quando o atual edil resolveu cuidar daquele espaço central da Capital, tornando-o aprazível, inclusive com o som da música clássica. Famílias, com suas crianças, voltaram a passear na calçada da Lagoa.


Mas o que me motivou a escrever esta crônica foi ter ficado de queixo caído, ao constatar, uma noite dessas, que o lugar voltou a ser atração, principalmente nessa época de fim de ano. A iluminação ali colocada é negócio de primeiro mundo.


E o curioso é que o trânsito de carros estava intenso. Ninguém queria deixar de contemplar a iluminação refletida na água. Meus parabéns ao prefeito Luciano, que poderíamos até alterar o nome para Luzciano.


Haverá algo mais alegre do que a luz? Luz não é apenas a alegria de uma cidade, mas da própria vida. O grande Goethe, já moribundo, implorava: “Luz! Luz! Luz!”


E fica aqui a dica ao leitor: vá ver a Lagoa natalina, a Lagoa iluminada, a Lagoa fazendo inveja a Tambaú. Vá constatar o centro da Capital voltando a ser o centro de nossas atenções.

Ah, que seria de nós sem elas? Quanta variedade, sobretudo em nosso Brasil. Quanta pobreza de frutas lá fora! Nas viagens internacionais o q...


Ah, que seria de nós sem elas? Quanta variedade, sobretudo em nosso Brasil. Quanta pobreza de frutas lá fora! Nas viagens internacionais o que mais me constrange é a ausência das nossas frutas: manga, mangaba, abricó, abacaxi, laranja, banana de todos os tipos, comprida, anã, prata, maçã, melancia, araçá, jaca... Pare aí cronista, que a boca já está se enchendo d'água.


E fico pensando: como Deus foi extraordinário na criação de tantas frutas, cada qual com o seu sabor. E se ela é azeda, a exemplo do limão, desde que coloquemos açúcar, não há melhor suco. Aliás, há um ditado norte-americano que diz, se na vida lhe derem um limão, faça uma limonada.


O estrangeiro é pobre de frutas em relação a nós. E isto foi uma coisa que sempre observei. Ah se o estrangeiro fosse ao mercado aqui da Torre e visse a variedade de frutas que há lá... E as nossas frutas não são encontradas apenas nos mercados e supermercados. Elas nos chegam até nos cruzamentos de nossas avenidas, aguçando o paladar e acendendo nosso patriotismo.


Lá na Europa, no Canadá, São Francisco, não se vê tal espetáculo. Certa vez vi em Atenas um abacaxi feio, pequeno, custando 17 reais. E que azedo deveria ser.


Repito o que disse acima, que seria de nós sem as frutas. E saber que o homem que inventou, com muita empáfia, um computador ou uma nave espacial, é incapaz de criar uma simples pitomba...


E como o Divino Criador esbanjou nas frutas! Não as fez iguais. Fez frutas de difícil acesso como é o coco, exigindo um furador ou uma peixeira, mas que facilidade no descascar de uma banana! Fez fruta doce e fez fruta que pede açúcar, como é o caso do abacate. Ah, estou me lembrando de uma fruta que existia muito no sítio de minha infância, o tal do fruta-pão, que com manteiga é uma maravilha.


Fruta é um alimento que não pode faltar à mesa, devido ao teor vitamínico. Fruta para emagrecer, fruta para cura de não sei quantas enfermidades. O nosso abacaxi, por exemplo, é receitado para o emagrecimento. Diz um ditado inglês que quem come uma maçã por dia, mantém o médico longe. Aliás, outro dia, eu acordei à noite, com uma bruta azia. Pois, depois de comer uma maçã fiquei completamente aliviado...


E vem esta pergunta? Há maior prova da existência de Deus do que a variedade de frutas existentes na Natureza. Frutas que exigem uma faca para abri-la, como a jaca, e fruta acessível como um caqui... Fruta de mil sementes, como o mamão e a melancia.


Mas já está na hora de abandonar o computador e terminar a crônica, que o leitor anda ocupado com coisas mais sérias e talvez nunca tenha pensado no que o cronista acaba de escrever.

Um extenso muro separa a densamente povoada cidade de Tijuana , no México, da área urbana de San Diego , nos Estados Unidos, 33ª cidade mais...

Um extenso muro separa a densamente povoada cidade de Tijuana, no México, da área urbana de San Diego, nos Estados Unidos, 33ª cidade mais rica do mundo.

Devido à má formação de seus olhos, na gestação, Oskar veio ao mundo sem poder desfrutar do mais valioso dos sentidos: a visão. A deficiê...

Devido à má formação de seus olhos, na gestação, Oskar veio ao mundo sem poder desfrutar do mais valioso dos sentidos: a visão.

A deficiência, entretanto, não impediu o pequeno bichano de curtir os prazeres da vida felina.

Guiado pelo olfato e pelos sons dos objetos, ele tem noção do que acontece ao seu redor e não cansa de fazer piruetas. O seu passatempo favorito é azucrinar a vida do irmão e companheiro, Klaus.

É difícil resistir à sonoridade e à nostalgia proporcionadas pela velha e boa música italiana, na voz de cantores inesquecíveis, como Gigli...


É difícil resistir à sonoridade e à nostalgia proporcionadas pela velha e boa música italiana, na voz de cantores inesquecíveis, como Gigliola Cinquetti, Sergio Endrigo e Mina. Há algum tempo, encontrei um ótimo site com mais de 1600 dessas canções: o ItaliaSempre.

Se me perguntassem qual a imagem viva da vida, eu diria sem titubear: uma Orquestra Sinfônica. E por que uma sinfônica? Ora, ora, pela lição...

Se me perguntassem qual a imagem viva da vida, eu diria sem titubear: uma Orquestra Sinfônica. E por que uma sinfônica? Ora, ora, pela lição que dá no que tange aos contrastes. Afinal, nossa existência se caracteriza pela diversidade. Nada nela é uniforme. Só uma coisa é uniforme, é a mesma coisa em toda parte: o número. Seja em inglês, russo, chinês, japonês, seja em português, o número não muda. Ergamos, aqui, um brinde à Aritmética. E, aqui, para nós, a beleza da vida está nessa dança dos contrastes.


E vejamos as diferenças, os contrastes, as diversidades. Começamos pelo sinal digital, que tanto nos singulariza. E que dizer do idioma? Mas, como em toda regra há uma exceção, vejamos os japoneses e chineses como são parecidos! Não sei como eles não se confundem. Será que se identificam pelo cheiro?


Idiomas, costumes, climas, raças, tudo isso vem confirmar o que estamos dizendo. Mas não precisa ir longe nas nossas pesquisas. Está aí uma orquestra sinfônica, que caracteriza muito bem a vida. Estão aí o violino, o violoncelo, a viola, o oboé, a trompa, a flauta, o contrabaixo, o tímpano, o fagote, a tuba, o trombone, o piano, o clarinete, a harpa, o triângulo. E como é que essa diversidade consegue harmonizar-se? Tudo uma questão de harmonia. Todos os instrumentos, obedecendo às partituras, que são espécies de leis, conseguem nos dar a música que foi composta pelo compositor. Não esquecer o maestro que é como um deus regendo os contrastes.


E que seria da orquestra se cada instrumento quisesse imitar o outro? Aqui vai este aviso: seja você mesmo, mas não deixe de se harmonizar com o todo. E viva a harmonização dos contrastes.


Cada um mantendo sua singularidade. Viola é viola, violino é violino, contrabaixo é contrabaixo e pronto. É verdade que , quanto às fisionomias, há muitas semelhanças. E estão aí os gêmeos, anões, japoneses e chineses. Mas a regra geral é a da singularidade, dos contrastes, das diferenças.


A paz, a felicidade, não devem ser egoístas. O egoísmo é a maior causa das desafinações existenciais. É um câncer comendo as células, destruindo a vida.


Viva a compreensão, o amor, a compaixão. Cada um atento à partitura e ao maestro, este o deus daquele universo sonoro a que aludimos acima.


Podemos terminar a crônica citando como exemplo de harmonia dos contrastes, a família, que é uma verdadeira orquestra humana e cujos maestros são os pais. Mas, há tantas famílias desafinadas, desajustadas, comprometendo a felicidade, a compreensão, o bom entendimento. E me esqueci de outras harmonias da vida, além da orquestra e da família: o nosso corpo, com seus vários órgãos, cada um com sua missão, mas todos interagindo para nos dar saúde, que surge quando o corpo está em paz.

(colaboração de Germano Romero) Nos destinos a mim reservados, nesta vida, não estavam previstos filhos meus. Dizem que a realização de um s...

(colaboração de Germano Romero)

Nos destinos a mim reservados, nesta vida, não estavam previstos filhos meus. Dizem que a realização de um ser humano só alcança a plenitude após três feitos: plantar uma árvore, ter um filho e publicar um livro. Até agora, só me lembro de ter satisfeito apenas a primeira, se é que uma planta qualquer, ou um coqueiro pode substituir uma árvore...


Mas será que o dito popular não poderia ter se estendido a outros feitos, igualmente nobres e cheios de plenitude como, por exemplo, inventar alguma coisa útil e engenhosa? Imagine se não foram homens realizados os inventores do telefone, da energia elétrica, do computador, da roda... E as grandes criações artísticas, literárias, musicais?... Beethoven não teve filhos, não lançou livro, e não sei se plantou árvore, mas sua Nona Sinfonia vale mais que uma biblioteca inteira, um parque repleto de árvores ou uma creche cheinha de bebês... Chopin, Van Gogh e Leonardo da Vinci também não tiveram filhos, mas se perpetuaram e encantarão a humanidade com suas obras enquanto houver vida no planeta. Também não sei se plantaram árvores, nem se publicaram livros.


Criações e realizações à parte, a novidade a que quero chegar, que já não é segredo, é que publiquei um livro, já plantei um coqueiro, um pé de arruda, e outro de lichia, que não nasceu... O livro já foi chamado de “neto” pelo cronista Carlos Romero, a quem devo a inclinação e a facilidade para a escrita. E o título, Bazar de Sonhos, reflete o quanto de imaginação e desejos existem nele. Há o sonho do silêncio, absoluto, em que o espelho interior reflete-nos a consciência sem máscaras, e do qual muita gente corre com medo.


Também falo do sonho da gostosa solidão compartilhada, aquela que tem a companhia da paz, do amor, do sossego, da boa música, do amigo calado e da leitura saudável. Mas no Bazar também há o sonho mau, como o pesadelo de saber que ainda hoje existem impunes vaquejadas a maltratar animais pacíficos e indefesos, para o deleite sádico e leviano de seres insensíveis, e de gente que gosta de ver pássaros em gaiola. O pesadelo de enfrentar a impunidade dos crimes de trânsito, dos que perturbam o sossego alheio com poluição sonora, impondo sem respeito algum o pior tipo de zoada, um arremedo de forró que já chamam até de “pornô”...


Mas, fazer o quê? Ainda que de sonhos, o livro é um bazar... e como todo bazar, fala da diversidade humana, a que devemos respeitar, como se respeita a vida, que só é bela porque é múltipla e colorida. Leiam meu bazar!

Está na Bíblia que não é bom o homem ficar sozinho. Mas ele pensa que pode ficar o tempo todo isolado de tudo, esquecendo de que tudo que te...

Está na Bíblia que não é bom o homem ficar sozinho. Mas ele pensa que pode ficar o tempo todo isolado de tudo, esquecendo de que tudo que tem foi por causa dos outros. Acontece que a solidão tanto pode ser um remédio como um castigo. Que digam os prisioneiros.


Mas lembremos que solidão exige silêncio. E o silêncio é tão necessário na solidão, como ar que respiramos. Mas há também quem deteste ficar sozinho. Por que? Ora, ora, porque é na solidão que ouvimos a consciência, um tribunal íntimo, em que há juiz, advogado, promotor, escrivão, todos esses personagens de um julgamento. E haja acusações pelo que fizemos de mal feito. A consciência, às vezes, dói como fogo, arde que nem pimenta. Não se pode ter bom sono com uma consciência em brasa.


Agora estou me lembrando daquele bom homem, num hospital, cheio de dores pelo corpo todo. Aí, perguntaram-lhe onde é que não doía nele. A resposta foi: "sinto dores no corpo, menos na consciência". Feliz quem assim se sente.


Você quer saber o que é felicidade? Felicidade é ter a consciência tranquila. Informam que quando a gente sai deste mundo, lá no mundo espiritual, leva consigo um inferno ou um céu. O inferno é a consciência culpada.


Mas é na solidão, como já dissemos, que nos defrontamos conosco. Dizem que quem fala sozinho é doido. Ledo engano. Quem fala sozinho fala consigo mesmo. Logo, não fala sozinho.


Muita gente foge da consciência como o diabo da cruz. Mas Deus me livre de chamar ninguém de diabo. Se ele é nosso inimigo, que cumpramos o mandamento do "amai até o inimigo".


Deixemos o diabo e voltemos à solidão e ao silêncio. Quem faz e gosta de muito barulho é porque está com medo da consciência. O barulho faz esquecer muitas coisas. Assim como o sujeito toma álcool para esquecer muitas coisas, o mesmo ocorre com o barulho. E, aqui para nós, não está bem com a vida quem gosta de barulho. O barulho é uma fuga.


O homem que gosta do barulho esquece que o seu corpo é um templo, onde há muito silêncio. Os pulmões respirando o oxigênio, o coração distribuindo o sangue pelo organismo, o estômago cuidando da alimentação, o cérebro, lá no alto, produzindo pensamentos, tudo isso é feito no maior silêncio, enquanto o idiota se esconde no barulho.


O silêncio é divino. Jesus nunca fez barulho, embora muitos religiosos adorem a zoada, a exemplo dos fariseus que gostavam de chamar a atenção com suas orações em alta voz.


E fiquemos por aqui, lembrando que, na natureza, este templo divino, tudo é feito em silêncio e solidão.

Texto enviado por email, pela professora integrante da Academia Brasileira de Música, Ilza Nogueira, e seu esposo, violinista e professor un...

Texto enviado por email, pela professora integrante da Academia Brasileira de Música, Ilza Nogueira, e seu esposo, violinista e professor universitário Leopoldo Nogueira (foto).

A noite de ontem foi tudo de belo e emocionante: um evento que muitos se esforçam por tornar "pomposo" cativou pela singeleza, pela leveza dos pronunciamentos dos autores, pela contagiante fraternidade do "mestre de cerimônias", pela sinceridade convincente dos apresentadores das obras.

E ao final da sequência de pronunciamentos, quando os ouvintes já poderiam estar a "contar o tempo" e a "trocar a posição das pernas", estávamos todos "degustando" as palavras de Carlos, alimentados pelo seu senso de humor invejável, contagiados com sua congênita alegria.

No coquetel (por sinal, muito bem servido), podia-se sentir a continuidade de um ambiente fraternal e descontraído que foi construído durante a cerimônia, para culminar num brinde à vida e ao amor fraterno, ao luar e à brisa bemfazeja do Cabo Branco, que conspiravam a favor daquele bem estar geral. E se muitos vão a tais acontecimentos para "marcar presença", creio que, bem ao contrário, saímos todos intimamente marcados por um certo "encantamento" com que se distinguiu a noite de vocês.

Antes de poder parabenizá-los pelos livros (que ainda vamos ler e certamente apreciar), queremos agradecer-lhes pelo convite, que nos proporcionou uma noite especial e inesquecível.

Afetuosamente,

Ilza e Leopoldo Nogueira

"Duas coisas importantes numa viagem: o olhar e o pensar. Difícil ver sem refletir sobre o que vemos. Nisso, nós diferençamos dos irrac...

"Duas coisas importantes numa viagem: o olhar e o pensar. Difícil ver sem refletir sobre o que vemos. Nisso, nós diferençamos dos irracionais, que olham, mas não pensam."


"E esse olhar de despedida me dá um pouco de tristeza. Ah, se nós olhássemos as pessoas, os animais, as coisas, sempre com esse olhar de despedida! O transitório adquiriria uma aura de eternidade".


"É preciso subir em sabedoria e olhar tudo com muita compreensão e compaixão."


"Todo mundo tem uma droga na vida."


"Vejo muita gente apressada, talvez estressada, como se a vida fosse acabar, amanhã."


"Esperar, esperar, esperar, eis o verbo que mais conjugamos nessas viagens internacionais. Quanta maçada, meu Deus do céu."


"Aqui para nós, o que mais me aborrece nas viagens aéreas é aquela comidinha para doente."


"As cidades sorriem, através de suas flores e de suas luzes."


"O avião nos dá grande lição. Ensina-nos a estar sempre nas alturas, acima das mesquinharias. O metrô, coitado, vive debaixo da terra, longe do sol."


"Diz a sabedoria popular que ir a Roma e não ver o Papa é não ver nada. Parodiando o ditado, eu direi que vir a Lisboa e não provar de seu bacalhau é melhor não ter vindo, que me perdoe o leitor a insólita comparação. "


"O frio interioriza as pessoas, propicia ás reflexões."


"Decifrar idiomas é derrubar barreiras."


"Que seria da vida sem os rios e as pontes? São as pontes que superam os abismos. E aqui vai uma lição: sejamos pontes, jamais abismos."


"Nenhum povo é feliz, mesmo de barriga cheia, se lhe falta o oxigênio da liberdade."


"O sol, aqui, é como a lua. Só faz iluminar. E viva a capital paraibana, com o seu Cabo Branco, onde o sol nasce primeiro."


"Duas coisas que não faltam, aqui, cigarro na boca e celular no ouvido."


"Nada como um sorriso, mesmo que seja profissional, para nos confortar."


"Aqui para nós, leitor, eu não gosto de muito frio. Já a minha violinista adora o gelo. Ela só suporta o sol da pauta, seja ele maior ou menor."


"Entretanto, há uma coisa aqui igual em todo mundo, uma linguagem que todos entendem: o sorriso."


"Fechemos os olhos e procuremos sonhar, pois o sonho também é viagem."


"Por que há tanta alegria nas casas pobres e tanta melancolia nas residências luxuosas? "


"Tudo diminui quando a gente se eleva."


"Agora, se eu lhe disser uma coisa, você não vai acreditar. Vi sanitários, aqui, além de, rigorosamente, asseados, com música clássica."


"A gente conhece uma cidade pelo comportamento de seu povo".


"Respirar o ar de uma cidade é possuí-la"


"Curioso, eu não sinto o mínimo medo de voar. Uma ótima oportunidade para a leitura e a reflexão. E nisso meu pensamento coincide com o do filósofo Alain de Botton, em seu livro A arte de viajar. Poucos locais são mais propícios a conversas interiores do que um avião, um navio, um trem em movimento."


"Há os que viajam para fugir, os que viajam para consumir, os que viajam para se divertir e os que viajam para se instruir."


"A aeronave parece parada no espaço. E a impressão que eu tenho é que o comandante abandonou o avião".


"O que é vida senão um festival de adeus? Estamos a todo momento nos despedindo, saindo para algum lugar".


"Nos países do primeiro mundo os mendigos são brancos, gordos, discretos, bem nutridos, bebem cerveja e usam barba de profeta."

Viajar sempre com um livro de lado é uma maravilha. O velho Montaigne já dizia isso. Levava sempre um livro consigo. Aliás, a leitura já é u...

Viajar sempre com um livro de lado é uma maravilha. O velho Montaigne já dizia isso. Levava sempre um livro consigo. Aliás, a leitura já é uma viagem. Houve um escritor, cujo nome não me lembro agora, que escreveu um livro em que dizia que a melhor viagem que ele fazia era dentro de sua biblioteca.


Daí eu ter muita pena dos que viajam sem ler um livro. Gosto de ver uma pessoa lendo. Lá no Havaí, vi muitos turistas e banhistas lendo na praia, deitados na areia, ouvindo o mar e sentindo o afago da brisa. Parecia até que o mar queria ler, pois chegava perto dos leitores, com suas espumas.


Mas ler mesmo em viagem, não há local melhor do que no metrô, mesmo que esteja cheio. E que dizer do trem? Eis um ótimo espaço para a leitura, sobretudo quando está vazio.


Estou me lembrando agora de Chamonix, um dos lugares mais frios que fui na vida. Cercado de gigantescas montanhas geladas, só em olhá-las a gente sente o gelo entrando pelo corpo. Pois bem, foi nessa cidade que eu, na praça, quase li um livro todo. Preferi ler a subir pelo teleférico até às montanhas, como fizeram os meus companheiros de viagem.


Também é gostoso ler dentro de um avião, mesmo, vez por outra, sendo incomodado com aquele carrinho cheio de comida e bebida, trazido pelos comissários de bordo.


E vi, certa vez, uma senhora com os olhos voltados para as páginas de um livro, completamente alheia ao que se passava ao seu redor. Com a leitura, a viagem passa rápida.


Lendo a gente viaja duplamente. Muitas vezes, pelas estradas vazias da Austrália, com meu filho na direção do carro, deixei de contemplar a bela paisagem ao redor e ouvi Germano dizer: "deixe o livro para depois, veja o que você está perdendo". E as belas montanhas ao longe, gigantescas e silenciosas, dando lição de transcendência.


Quando estou me preparando para viajar, a primeira pergunta da minha Alaurinda, quando vai arrumar as malas, é: "quantos livros pretende levar?" Vou à biblioteca, e fico sofrendo a difícil escolha. E parece que todos os livros querem me acompanhar no seu silencioso grito: "me leve. "


A verdade, leitor, é que ler viajando é viajar duplamente.

Ouvir e ler são os dois passos essenciais para o aprendizado de um idioma. É assim que ocorre quando somos crianças. Ouvimos o que nossos ...



Ouvir e ler são os dois passos essenciais para o aprendizado de um idioma. É assim que ocorre quando somos crianças. Ouvimos o que nossos pais dizem e, naturalmente, tentamos repetir os sons. Nos primeiros anos, erramos a pronúncia e a concordância das palavras. Somos corrigidos e quando aprendemos a ler, passamos a aperfeiçoar a linguagem materna. Com o tempo, progredimos nos estudos e somos levados a desafios, que nos fazem fixar o que aprendemos.