“Ó copeiro, que a chegada do novo amanhecer traga bênçãos;
Traz o vinho, pois a escuridão foi derrotada.”Hafez-e Shirazi
Anualmente, na grande área geográfica que abrange a Ásia Ocidental e Central — mormente em países como o Irão, o Afeganistão, o Azerbaijão, o Tajiquistão, o Uzbequistão, o Turquemenistão e Arménia —, durante o período entre o pôr-do-sol do último dia do Outono (30 de Azar do calendário persa ou Jalaali, equivalente ao dia 21 de dezembro gregoriano) e o nascer
Tenho lido aqui e acolá, em Face de poetas amigos, textos sobre críticas que estariam sendo feitas às críticas de Amador Ribeiro Neto a livros de poetas lançados ultimamente no país. Não vi essas críticas, mas me fio na conversa de amigos para saber que elas existiram, sim.
Não me lembrava mais desse título dado por Luiz Hugo Guimarães à sua experiência de encarcerado do regime de 1964 na ilha de Fernando de Noronha. Publicado há 36 anos, reencontrado por acaso entre meus livros injustamente fora da estante, por alguma razão me dá as caras.
No final de 1636, a presença dos holandeses em parte do Nordeste brasileiro se aproximava dos sete anos. A conquista do território pelos flamengos esbarrara em uma obstinada reação de guerrilhas locais, o que restringia a área ocupada a uma estreita faixa litorânea de cerca de 70 km que ia de Natal até Porto Calvo, no atual Estado de Alagoas, onde estavam concentradas as forças de resistência comandadas pelo Conde Bagnuolo, militar napolitano a serviço do governo espanhol. Naquele momento,
Acompanhei moradores de rua com seus cães e pude perceber que, mesmo vivendo em situações desfavoráveis, esses indivíduos são capazes de acolher e cuidar dos companheiros caninos, oferecendo certos tratamentos que, às vezes, não podem dar a si mesmos. No trato com os animais, essas pessoas revelam um zelo especial com a alimentação e a higiene, gerando
Dizem que os provérbios, mesmo os que estão na Bíblia, mas adquiriram popularidade, constituem a sabedoria do povo. Mas “povo” é turbamulta, pluralidade de pessoas, de ideias, de pensamentos, uma abstração, em suma. Um pequeno levantamento de provérbios populares mostra que as lições da choldra ou da arraia-miúda são desencontradas ou opostas. Alguns destes provérbios talvez sejam desconhecidos de muitos por serem pouco divulgados ou por conterem expressões específicas, de pouco uso generalizado,
À noite, jogavam pedras pela janela, que quebravam a vidraça da sala onde aconteciam as reuniões mediúnicas, assustando e perturbando os pioneiros do movimento espírita paraibano.
A lei maior do Universo é o movimento. Para Platão, a imortalidade da alma se dá por ela estar sempre em movimento. Com a Literatura não poderia ser diferente. O movimento é que permite a literatura alimentar-se de literatura e espalhar-se, incessante e ilimitadamente, em vasos comunicantes. É o que teoricamente se chama de intertextualidade ou de
Um dos momentos marcantes da minha vida foi o testemunho dado à Comissão da Verdade sobre o assassinato de Zuzu Angel. Não pelo fato em si, mas pela necessidade de comprovação do que eu dissera. Muita pressão para desmentir meu depoimento. Graças a um tremendo jornalista da Folha de São Paulo (acho que Mário Magalhães) fez-se uma reconstituição do meu relato, em que até o tempo de deslocamento do meu apartamento ao local do “acidente” foi cronometrado, sem falar na simulação por computador da trajetória do veículo.
Zuzu Angel Instituto Zuzu Angel
Nas edições diárias da Folha o assunto era destaque. Toda manhã eu falava com o jornalista para esclarecer algum ponto e um dia ele me informou que a última dúvida havia sido esclarecida; como eu poderia ter visto a cena no escuro da madrugada? O próprio jornalista conseguira uma fotografia que mostrava a forte iluminação das lâmpadas dos postes no local. Meu relato foi confirmado e o resto faz parte da história do Brasil.
A releitura do texto Cartografia da solidão: memórias de um jovem leitor, do escritor Bruno Gaudêncio, publicado no livro Confesso que li (Editora Ideia, 2012), me conduz até as memórias de minhas leituras feitas também na adolescência Nas “memórias de um jovem leitor”, Bruno relembra, entre outras leituras, o romance Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo. Foi um livro tão marcante que guardou na sua estante até hoje, esse fato me fez lembrar O Tempo e o Vento, leitura que fiz na adolescência, mas o meu livro teve um destino bem trágico.
Eu a conheci, pessoalmente, anos atrás, quando até ela fui conduzido pelo ex-presidente do Tribunal de Contas da Paraíba André Carlo Torres. Já sabia da voz calma e doce e do enorme talento musical daquela a quem então era apresentado. Simpática, afável, sem afetação, encantava-me, ainda, em razão de um brinde de André, o filho: o álbum no qual a mãe entoa peças belíssimas contendo poemas do icônico Antonio Maria.
A vida é repleta de altos e baixos, um mosaico de experiências que moldam quem somos.
Se tivéssemos a oportunidade de voltar no tempo, a primeira questão que nos vem à mente é o que faríamos.
Cottonbro St.
A tentação de corrigir erros, de evitar falhas ou até mesmo de reviver momentos felizes é uma reflexão comum. No entanto, a verdadeira essência da vida reside em aprender com o passado, em transformar cada erro em uma lição valiosa que nos guia rumo a um futuro mais iluminado.
As conquistas são, sem dúvida, momentos de alegria e realização. Elas nos motivam a continuar, a buscar novos objetivos e a acreditar em nossas capacidades.
Contudo, são as falhas que realmente nos ensinam. Cada tropeço é uma oportunidade de crescimento, um convite para refletir sobre nossas escolhas e ações.
Ao olharmos para trás, podemos perceber que as dificuldades enfrentadas nos tornaram mais resilientes, mais empáticos e mais sábios.
R. Lach
A gratidão é um elemento fundamental nesse processo de aprendizado. Agradecer pelas experiências, tanto boas quanto ruins, é reconhecer que cada uma delas contribuiu para a nossa formação.
O dom da vida é precioso, e ao valorizá-lo, aprendemos a viver de maneira mais plena.
D. Gonzales
A gratidão transforma nossa perspectiva, permitindo que enxerguemos a beleza nas pequenas coisas e nas lições que a vida nos oferece diariamente.
Repetir tudo de novo pode parecer tentador, mas a verdade é que cada momento, cada escolha, é única. O que realmente importa é o que fazemos com as experiências acumuladas.
A capacidade de refletir e aprender é o que nos distingue. Ao invés de desejar voltar e mudar o passado, devemos nos concentrar em como usar o que aprendemos para moldar um futuro melhor.
A vida é um contínuo ciclo de aprendizado. Cada dia é uma nova chance de ser uma pessoa melhor, de fazer escolhas que nos aproximem de nossos valores e objetivos.
O importante é estar aberto a essa evolução, a essa transformação constante que nos leva a nos tornarmos versões mais autênticas de nós mesmos.
C. Parascheva
Por fim, a reflexão sobre o passado deve nos inspirar a viver o presente de maneira consciente. Devemos abraçar cada momento, aprender com nossas experiências e, acima de tudo, agradecer pelo caminho percorrido.
Afinal, a vida, com suas conquistas e arrependimentos, é um presente que deve ser valorizado e vivido intensamente. É nesse equilíbrio entre aprendizado e gratidão que encontramos o verdadeiro significado da existência.
Há momentos em que desejamos que a vida pudesse ser pausada e o tempo hesitasse um pouco, antes de prosseguir, deixando-nos suspensos entre o antes e o depois de uma partida. Quando alguém que amamos vai embora, algo dentro de nós implode. Não é apenas a despedida de um outro corpo, de uma voz ou de um toque; é o sonho desfeito, a expectativa quebrada e o adeus ao que poderia ter sido.