“O que alguém não teria conseguido executar justo com essa força que é necessária para desatar os fortes e potentes laços da vida”. O poet...
Abrindo a mente para o sofrimento
No sábado 19 de janeiro de 1924, a primeira página do jornal “A União - Orgao do Partido Republicano da Parahyba do Norte” trazia uma maté...
Um livro feito por encomenda e que resiste ao tempo
Faz algum tempo uma minoria ruidosa de poetas resolveu decretar que poemas não d...
Haikais aforismáticos
Pompei Revisito o silêncio das trevas. Sonhos adormecidos, desfeitos por gestos que precedem a consciência. Sigo nos séculos,...
O silêncio das trevas
Revisito o silêncio das trevas. Sonhos adormecidos, desfeitos por gestos que precedem a consciência. Sigo nos séculos, interrompido no ventre da mãe. Restos calcinados, dispersos, estremados, entrecortados pelo espanto. O céu sabe das cinzas. Sempre soube... E aproveitou-se da inocência dos que não me conheceram para dizer que me negaram a existência
Para economizar o dinheiro do transporte, caminhava até a escola após o almoço — o sol do Equador tostando a pele jovem. No fim do mês, c...
Freddie
No ano de 2012, fui a um encontro de Clássicas, em Ascea Marina, um balneário de Salerno, no mar Tirreno. Depois de passar um dia em Pompe...
Uma visita ao Museu de Nápoles
Profundo mergulho Profundo mergulho no sem medida do tempo, no limite oco do espaço. Borbulhas ? Sopro ? Bocejo ? Dentes...
O Amor é cor de rosa
Profundo mergulho no sem medida do tempo, no limite oco do espaço. Borbulhas ? Sopro ? Bocejo ? Dentes à mostra ? - Suspiro … Línguas que buscam a sinfonia muda do silêncio Palavras se escrevem onde não existe nem tela
A compreensão filosófica e científica da palavra Revelação apresenta sentido distinto da religiosa, e, em consequência, os métodos de inv...
Revelação
Para os filósofos, revelação é a “manifestação da verdade ou da realidade suprema aos homens”, o que não deixa de ser algo inatingível, uma vez que, à medida que o homem progride, ampliam-se os horizontes do seu conhecimento. A Ciência compreende revelação como a descoberta e o entendimento das leis que regem a Natureza, ou, ainda, a invenção de algo que favoreça o progresso humano.
Um colega se refugiou num sítio. Deixou o asfalto para viver em contato mais próximo com a natureza. Ou seja, ser fiel à vocação ecológic...
Fugindo do estresse
Especializei-me em poemas longos. Alguns são “tratados poético-filosóficos”, tipo VIDA ABERTA, que foi finalista de poesia do último Jabu...
Marco do Mundo
Presidente Bolsonaro, alguns amigos são absolutamente desnecessários porque só nos dão prejuízos. Sua equipe econômica está fazendo isso c...
Faça isso não, capitão
Noves fora a péssima imagem que o parcelamento do pagamento dos precatórios deixará na imagem do Brasil junto aos investidores, o prejuízo econômico à nação será avassalador.
“Pílulas de Vida do Dr. Ross fazem bem ao fígado de todos nós”. Quem, entre os mais adentrados, não ouvia isso o tempo inteiro no rádio d...
No tempo do Dr. Ross
O Dr. Ross dos anúncios impressos e cantados por vozes masculinas e femininas nos aparelhos do tipo bunda quente (alusão às válvulas incandescentes que existiam antes da invenção dos transistores), foi o farmacêutico Sydney Ross dono do laboratório americano que desenvolveu esse medicamento por volta de 1890, ao que se conta.
Para que servia? Pois bem, para males que iam da prisão de ventre ao intestino frouxo, passando pelo sangue impuro. Com raízes e extratos vegetais na sua composição, as pílulas, de cor rosa, eram apresentadas em propaganda de 1940 como “o remédio que corrige mais erros do que qualquer outra descoberta da ciência moderna”. Servia, até contra divórcio, se a encrenca entre marido e mulher decorresse apenas do mal humor acarretado pela digestão difícil, como neste anúncio se pode ver.
As notas do jingle das Pílulas de Vida, de tão populares, serviram para musicar o deboche de Alvarenga e Ranchinho à campanha política de Plínio Salgado, nos idos de 1955. “Plínio Salgado quando abre a voz faz mal ao fígado de todos nós”, cantava aquela que por muito tempo foi a dupla caipira mais famosa do País.
Fossem tão antenados quanto seus ancestrais, os caipiras modernos (hoje, eles preferem o termo “sertanejo”, as guitarras e os chapéus de cowboy) teriam em muitas expressões da política atual motivos para a zombaria de norte a sul. E, assim, prestariam um enorme serviço à Nação.
Mas, em plena madrugada, ocorre-me perguntar por que diabo fui eu lembrar do Dr. Ross. Deve ser por causa da pandemia, essa coisa brutal que nos obriga à reclusão. O isolamento, de fato, inverte o metabolismo, tira o sono de quem precisa dormir e faz o pensamento voar ao destino invariável: o passado. Nunca tive tanta saudade dos meus verdes anos. Agora mesmo, sinto falta até do óleo de fígado de bacalhau.
O restaurante situava-se estrategicamente em um terreno inclinado, exatamente “uma ladeira”, tendo seu estacionamento em sentido perpendic...
Indiferença
Neste ultimo fim de semana, andei retomando algumas leituras, no caso, Malba Tahan (Júlio César de Mello e Souza), um autor capaz de traze...
Parentes lá para trás
As folhas das castanholas formam um tapete de cor terral quebradiço pela calçada, pela grama. Caem no final do inverno como um outono às a...
Aleatoriedades
Olhando os guajirus que despontam em floração na manhã umedecida, sentei-me a contemplar com imensa gratidão o raiar do novo ...