Pedras falando? Mas que delírio é esse? Não, eu não perdi a noção da realidade. Tudo é uma maneira ver as coisas. Nem todo mundo tem ouvido...

Pedras que falam

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Pedras falando? Mas que delírio é esse? Não, eu não perdi a noção da realidade. Tudo é uma maneira ver as coisas. Nem todo mundo tem ouvido de ouvir... Mas vejam as pirâmides, como falam no seu silêncio!... Não só falam como gritam, trazendo para o presente um distante passado, mostrando como era e como é grande a vaidade humana...

Napoleão, que era um homem culto e sensível, visitou aqueles monumento s com seus soldados. De lá de cima gritou: "Soldados! Milhares de séculos vos contemplam". Sim, as pirâmides falavam de um passado distante., e só ele as ouvia. Se o grande guerreiro fosse um homem comum, passaria indiferente diante daquelas imensas pedras.

E as montanhas? Como gritam no seu silêncio! Estou me lembrando agora de muitas delas que cercam a estrada que desemboca na cidade de Queenstown, na distante Nova Zelândia. Era como se aquelas elevações de terra tivessem alma, fizessem sermão, chamando a nossa atenção para a vida espiritual, convidando o homem a elevar seus pensamentos. E quantas pessoas passando, naquele momento, bem juntinho delas, conversando coisas banais e prosaicas. Quanta indiferença diante do maravilhoso, do sublime, do místico.

Não posso encerrar a crônica sem me reportar à branca Atenas, onde as pedras da Acrópole ainda hoje conversam com Sócrates. E foi o que vi e ouvi. As pedras, ali, são tão vigiadas, que fui apanhar uma delas, pequeninha, só para acariciá-la e fui impedido pela segurança do local. As rochas, por menor que sejam, são consideradas sagradas. Sagradas e cercadas de muita vigilância. E quem quiser que vá arranjar um outro souvenir da cidade.

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