Em muitas casas os pés de acerola estão enfeitados feito árvores de Natal já há algumas semanas. Dezenas de bolinhas vermelhas contrastam com o verde dos seus galhos. Alhures, o cenário do verão que se apresenta decora com cajus amarelos e vermelhos a doce fruteira e muitas fronteiras. A nova estação leva ornamentos frutíferos de muitos tons, vários gostos, constante desfrutar.
O jambeiro entapeta o chão de florzinhas róseas em muitas calçadas como anúncio que a florada antecipa a frutada, antes de surgirem o saboroso fruto rubro sangue.
Rajendra Biswal
Nova estação onde o trem da transformação avança e o ambiente se alegra. Goiabeiras revelam o fruto verde de interior avermelhado; pelo terreno as melancias são grandes bolas pesadas recheadas de conteúdo vermelho e caroços negros; os reis abacaxis enfeitam os campos com suas coroas e suculento interior.
Se as flores chegaram antes multicolorindo a primavera antecessora, agora há o calor inconfundível que só é aplacado por um vento leste que desembarca do mar por breves momentos. A natureza só se importa com o espetáculo e explode em sabores. Pelos quintais de casas mais gentis e matos que ainda escapam à voracidade humana ainda se encontram. São presentes para todos a chegada do verão, natalinas criações da estação quente.
Nicik220
É possível configurar que a passagem para janeiro significa, obrigatoriamente, alegria do tempo em coloridos e sabores de frutas. Gosto que já se inicia em dezembro e avança dia a dia. Com o verão, as pancadas de chuva que soltam desenfreadas, súbitas e rapidamente de grupos de nuvens aparentemente despretensiosas. Que mal molham a terra e já se retiram.
No divertido cenário das terras frutíferas, mesmo o fruto roubado tem gosto de aventura, meninice, desafio, rito de passagem. Des(fruta)mento dos dias, que a cada novo mês são como frutas a serem colhidas, provadas, consumidas como nutrientes brincantes. Sim, a cada fruta colhida do pé e levada à boca há uma infância com gosto de ser livre que viaja pelos pés, que nada pelos galhos de tantas árvores e avoa pela mente em gosto de viver.
Felipevannoni