O estudo da Doutrina Espírita possibilita-nos conhecer gradativamente aqueles que foram grandes colaboradores no processo de revelação do conhecimento a toda a Humanidade.
Esse estudo permite ainda que reconheçamos em Jesus o governador espiritual do planeta, o cocriador da Terra em trabalho com Deus.
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O advento do Espiritismo também haveria de contar com um elenco de colaboradores altamente capacitados para apresentar a Terceira Revelação inicialmente ao Ocidente e, depois, a todo o mundo.
A revelação espírita foi coordenada por um Espírito que se identificou a Allan Kardec como a Verdade1, manifestando o cunho da mensagem que descortinou os horizontes do mundo espiritual aos encarnados na Terra.
Mas, quem é o Espírito Verdade?
Seria uma plêiade de Espíritos superiores ou o próprio Jesus?
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A explicação de Kardec para não reproduzir a assinatura é a seguinte:
Esta comunicação, obtida por um dos melhores médiuns da Sociedade Espírita de Paris, foi assinada com um nome que o respeito não nos permite reproduzir, senão sob todas as reservas, tão grande seria o insigne favor de sua autenticidade e porque dele se há muitas vezes abusado demais, em comunicações evidentemente apócrifas. Esse nome é o de Jesus de Nazaré [...]2
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Kardec foi muito cuidadoso, como era regra em seu perfil comportamental, fazendo sobrepujar a razão sobre todas as coisas. Explica que preferiu omitir a assinatura para que não houvesse estímulo a manifestações apócrifas com a insígnia de Jesus ou do Cristo, o que era comum acontecer.
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Na comunicação acima apenas uma coisa reconhecemos: é a superioridade incontestável da linguagem e das ideias, deixando que cada um julgue por si mesmo se aquele de quem ela traz o nome não a renegaria.1
O mais recente tradutor das obras básicas, Evandro Noleto Bezerra, acrescenta ao final da mensagem em O Livro dos Médiuns uma nota explicativa com o seguinte teor:
Com alguns acréscimos, supressões e modificações, esta mensagem do Espírito de Verdade foi inserida por Allan Kardec no capítulo VI de O Evangelho segundo o Espiritismo, que trata do advento do Consolador prometido por Jesus. Pelo estilo e elevação da linguagem, muitos a atribuem ao próprio Cristo. 3
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Apesar de toda a cautela, Kardec selecionou para composição de O Evangelho segundo o Espiritismo4, a mesma mensagem, com pequenas variações. Observemos que esta obra (ESE, 1. ed. 1864, 3. ed.definitiva em 1866) é posterior a O Livro dos Médiuns (LM, 1. ed. 1861, 2. ed.definitiva também em 1861), o que poderia suscitar a deliberada intenção do Codificador em manter o registro das mensagens, mesmo com a identificação diferenciada de autoria. Uma assinada pelo Espírito de Verdade e outra, atribuída a Jesus de Nazaré.
Mas, afinal, o Espírito de Verdade seria o próprio Jesus?
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Eis uma lição para todos nós, no sentido de não nos preocuparmos excessivamente com a identificação do autor espiritual, quando o mesmo deseja permanecer no anonimato. Quando se apresenta com o nome de uma personalidade famosa, cumpre-nos averiguar se o conteúdo textual não colide com a ascendência moral do suposto autor. Assim como Kardec teve todo o cuidado de fazer, também precisamos examinar com cautela o assunto.
Por outro lado, não há porque omitirmos o nome da entidade manifestante em caso de mensagem de conteúdo elevado, quando o mesmo se identifica com algum nome. Na maioria das vezes, os Espíritos superiores adotam pseudônimos. E mesmo que seja o nome de uma personalidade, não havendo nada que se contraponha à possível autenticidade, não há motivo para que não se considere a denominação apresentada pelo autor espiritual.
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Recomendamos desta maneira, ao prezado leitor, ater-se à relevância das mensagens objeto de referência, atentando sobremodo para os ensinamentos “amai-vos e instruí-vos”, fulcro da sábia diretriz daquele que se autocognominou como o caminho, a verdade e a vida, e afirmou que ninguém iria ao Pai senão por Ele.
NOTA:
A expressão Espírito de Verdade ou Espírito da Verdade é utilizada por autores encarnados e espirituais como sinônimo. O uso de uma ou outra expressão é decorrente da preferência de cada autor, sendo a primeira mais comum.
A expressão Espírito de Verdade ou Espírito da Verdade é utilizada por autores encarnados e espirituais como sinônimo. O uso de uma ou outra expressão é decorrente da preferência de cada autor, sendo a primeira mais comum.