O tema do conhecimento sem experiência é amplamente discutido na filosofia, especialmente na epistemologia. Essa discussão envolve tanto pensadores clássicos quanto contemporâneos que investigam as origens e a essência do conhecimento.
René Descartes (1596—1650)
Em contrapartida, empiristas como John Locke e David Hume defendem que todo conhecimento surge da experiência. Locke, em seu "Ensaio sobre o Entendimento Humano", afirma que a mente humana é uma tábula rasa ao nascer, e que todas as ideias são formadas por meio das experiências sensoriais. Hume questiona a noção de causalidade, argumentando que nossas crenças sobre o mundo resultam de hábitos e experiências passadas, em vez de uma compreensão racional inata.

David Hume (1711—1776)

John Locke (1632—1704)
A filosofia contemporânea continua a explorar essas tensões. Immanuel Kant, por exemplo, busca uma síntese entre racionalismo e empirismo. Ele argumenta que, embora o conhecimento comece com a experiência, não se limita a ela. Kant introduz a ideia de que existem categorias e estruturas mentais que moldam nossa percepção do mundo, permitindo o acesso a certas verdades universais.
Immanuel Kant (1724—1804)
Em resumo, a discussão sobre conhecimento sem experiência revela uma diversidade de perspectivas filosóficas que desafiam a ideia de que o saber deve necessariamente resultar da experiência. Essa reflexão proporciona uma visão mais profunda sobre a natureza do conhecimento humano, mostrando como a razão, a experiência e as estruturas mentais interagem na construção do saber.