Dizem que o amor é capaz de tudo e só Deus – em seu livro etéreo – poderia explicar certos acontecimentos. Uma jovem esposa de um c...

A eternidade do amor

conto cronica mediunidade

Dizem que o amor é capaz de tudo e só Deus – em seu livro etéreo – poderia explicar certos acontecimentos.

Uma jovem esposa de um caminhoneiro havia brigado com ele seriamente antes de o esposo partir para uma longa viagem por este imenso Brasil.

Amargurada, já arrependida pelo que dissera, nele estava pensando quando à porta bateram.

Para seu espanto, era o marido, que lhe trazia flores e disse:

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– Meu amor, vim te pedir desculpas. Não quero brigar com você. Eu te amo e não posso ir a lugar algum sem o teu beijo e o teu abraço.

Comovida, ela o abraçou ternamente. No entanto, notou algo de estranho que não sabia explicar. Apenas sentia. Por isso, perguntou:

– Na verdade, você voltou?

Ele nada respondeu. Ficou a olhá-la e falou:

– Vou apenas tomar um banho e regressar.

Assim fez. Ela ouvia o chuveiro. Pegou as roupas limpas e colocou para ele no banheiro.

Nesse instante, o telefone tocou.

– Minha senhora, houve um acidente com seu marido na rodovia... e ele faleceu.

– Meu marido está aqui e, no momento, está tomando banho!
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Sem acreditar, quase gritando, ela explicou:

O policial, sabendo que a negação primeira quase sempre ocorre quando a morte ceifa um ente querido, pediu:

– Por favor, vá ver se ele está, de fato, tomando banho.

– Mas... a água está caindo, eu ouço o barulho.

– Senhora, vá até lá...

Ela obedeceu e, estarrecida, só a água caía. Não havia ninguém tomando banho.

Ao voltar ao telefone, só ouviu a voz longínqua do policial, que falava para que ela se dirigisse ao local do acidente.

Não ouviu mais nada.

Desmaiou e foi levada ao hospital mais próximo, ainda com uma das rosas que ele trouxera nas mãos.

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